O estranho posicionamento, adverso à decisão municipal, depressa esmoreceu e passou ao esquecimento. As palmas serranas resguardaram-se no silêncio.
O negócio foi lembrado na Sessão de Câmara do passado dia 30 de Setembro, quando o Presidente prestou informações úteis à meditação de personalidades do burgo:
Disse o Presidente da Câmara: "Veio a saber que quando o Parque Monte da Lua queria comprar o Hotel Neto o hotel era do Parque Monte da Lua mas a candidatura ao JESSICA (*) era da Câmara porque só as Câmaras se podem candidatar ao JESSICA. Quer dizer que a Câmara era responsável mas a propriedade era do Parque Monte da Lua. Se isso tivesse ido para a frente era um problema gravíssimo como se vai ver. A Câmara retomou o acordo com o JESSICA mas quando veio o protocolo para assinaturas, os bons serviços da Sra. Vereadora Piedade Mendes vieram dizer que afinal a taxa não era de 1,7. A taxa é de 2,48."
Não valerá a pena dizer mais perante esclarecimentos tão claros.
Ao sabermos (agora) da realidade, notamos que em seu tempo não surgiram prévias informações privilegiadas que teriam sido tão úteis aos historiadores.
Ruínas do Hotel Netto, com a Serra ao fundo. Quando acabará esta imagem?
Decorridos alguns meses, nada mais se veio a saber sobre a concretização ou não da compra das ruínas do Hotel Netto e custos com a mesma relacionados.
Por outro lado, as ruínas do Hotel Netto têm um proprietário privado, pelo que à Câmara deveria incumbir a respectiva citação para as obras de recuperação exigíveis.
Claro que a Câmara também tem telhados de vidro pelas recuperações que não faz no Centro Histórico, um mau exemplo que se tem arrastado ao longo de muitos anos.
Sendo certo que estas imagens devem acabar, também é indispensável saber-se o reflexo financeiro nos munícipes com estimativa da rentabilidade e destino do bem.
(*) JESSICA: Apoio Europeu Conjunto ao Investimento Sustentável em Zonas Urbanas
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