segunda-feira, 7 de julho de 2014

SINTRA: "FONTES" E DEFESA DO PATRIMÓNIO DOCUMENTAL

É convicção que, muitos de nós, sentimos curiosidade pela recuperação de dados históricos e passados, recordando modos de vida, projectos que não passaram disso, as diferenças da sociedade, funcionamento e respectivas estruturas.

Para isso, sempre que não fomos nós a viver, torna-se necessária a recolha nos locais adequados e bibliotecas, passar páginas, ler pormenores curiosos, organizar os tempos e os modos, transportando depois o resultado das nossas recolhas. 

É aqui que queremos chegar: IDENTIFICAR AS FONTES É UM GESTO DIGNO.

Gravura do Centro Histórico. Em primeiro plano o "Esguicho" ou "Repucho"  agora no Jardim da Preta anexo ao Palácio Nacional de Sintra, com entrada paga para se observar. (Foto obtida na Sintriana)

Ter a preocupação de indicar onde recolhemos a sabedoria do estudo não representa humildade mas sim respeito pelos documentos consultados e pelos Arquivos.

Por aqui, salvo alguma distracção de que peço me relevem, é na Biblioteca Municipal de Sintra, especialmente na Sintriana, que recolho a quase totalidade das curiosidades por vezes aqui recordadas, facto que me dá muita satisfação.

Claro que se podem exibir extensos e desenvolvidos Tratados se consultarmos centenas de obras que outros fizeram, não indicando "fontes", tornando-nos destacados especialistas disto e daquilo, até de História. Mas não é a mesma coisa...

A indicação das "Fontes", além de digna é prova de higiene intelectual.

Era assim onde hoje há esplanadas do Café Paris e Hotel Central (Fonte: Sintriana)

Defesa e preservação do Património Documental

Há alguns meses - soube-o casualmente - documentos muito antigos, actas de uma congregação e alguns outros, foram encontrados no antigo arquivo da Junta de Freguesia de S. Pedro de Penaferrim e levados certamente para melhor guarda.

Ora, nos tempos recentes, têm surgido peças escritas que - salvo erro meu - parecem relacionadas com o espólio acima referido, mas não indicando a "Fonte" ou referindo o Arquivo de onde possam ter sido retiradas após consulta.

Tal facto, pese a convicção de que o espólio, pelo seu valor histórico para Sintra e S.Pedro, se encontra devidamente protegido, levanta a questão de se saber - inequivocamente - onde deverá estar depositado para a devida conservação.

A conservação da riqueza documental ligado ao nosso concelho implica - de certeza - com regras que não se compadecem com a possibilidade de, por isto ou aquilo, uns tantos especialistas a manusearem fora do controlo de técnicos qualificados.

Tem a palavra a Câmara Municipal de Sintra e a sua Divisão Cultural, porque tal património, certamente, deverá estar na sua posse para a salvaguarda institucional.

Antes que possa ser tarde.

7 comentários:

António disse...

Em qualquer país minimamente civilizado será sempre este o procedimento legal, para não dizer obrigatório. Em Portugal e especialmente em Sintra, tenho algumas dúvidas se será este o tipo de orientação em vigor.

Anónimo disse...

Mas afinal a quem se refere.

De nome aos bois e não esteja a lancar suspeitas quem sabe infundadas.
E fácil esconder-se. Fale de frente. Consegue'?

Anonimo

Fernando Castelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Castelo disse...

Caro Anónimo, não sendo especialista em linguagem bovina ou taurina, imaginará as dificuldades que tenho em responder. Para mim as fontes são essenciais e - salvo opinião melhor e não anónima - indicá-las só incomodará quem se quiser mostrar de forma menos bonita. Pelo sei comentário receio que o meu escrito tenha razão. De qq forma a documentação histôrica deve estar em poder de serviços especializados da CMS e, só depois, apreciados por leitores segundo regras fixadas. Os meus cumprimentos


Anónimo disse...

Caro Fernando Castelo.


Desculpe a linguagem tauromática.
Quanto as fontes elas deverão ser claras. Estou de acordo consigo.

Bom trabalho.

Um aficionado seu

Anónimo disse...

Sr. Castelo e seu aficionado,

As fontes não podem ser presa de ninguém nem dos serviços municipalizados. que querem manter
o poder. As fontes são de quem as pesquisa e lhe dá relevo mas sempre indicando onde as foi buscar.

Cumprimentos

José Fontes

Fernando Castelo disse...

Caro Visitante José Fontes, obrigado pelas suas palavras que honram o nome. As fontes são a água que completa o nosso conhecimento e, sem elas, muitos "catedráticos" da nossa praça teriam muita sede, melhor não brilhariam tanto, o que era uma perda irreparável para quem busque notoriedade. Por outro lado, saberá melhor que eu segundo admito, dos documentos a que me referi onde estão devidamente guardados? Que condições de segurança estão a protegê-los? Que técnicos devidamente credenciados os estão a manipular?Que inventário foi feito? Qum lhes pode aceder? Qaulquer um? Ou já há alguem com autorização oficial para lhes mexer? Se tudo isso está a ser respeitado tudo bem, então o que tem aparecido sem fontes (não Fontes) nada tem a ver com o que citei no meu artigo. E, sem dúvida, é nod serviços municipais competentes q os documentos históricos devem estar, salvo melhor opinião. Um abraço e obrigado des Seattle.