É convicção que, muitos de nós, sentimos curiosidade pela recuperação de dados históricos e passados, recordando modos de vida, projectos que não passaram disso, as diferenças da sociedade, funcionamento e respectivas estruturas.
Para isso, sempre que não fomos nós a viver, torna-se necessária a recolha nos locais adequados e bibliotecas, passar páginas, ler pormenores curiosos, organizar os tempos e os modos, transportando depois o resultado das nossas recolhas.
É aqui que queremos chegar: IDENTIFICAR AS FONTES É UM GESTO DIGNO.
Gravura do Centro Histórico. Em primeiro plano o "Esguicho" ou "Repucho" agora no Jardim da Preta anexo ao Palácio Nacional de Sintra, com entrada paga para se observar. (Foto obtida na Sintriana)
Ter a preocupação de indicar onde recolhemos a sabedoria do estudo não representa humildade mas sim respeito pelos documentos consultados e pelos Arquivos.
Por aqui, salvo alguma distracção de que peço me relevem, é na Biblioteca Municipal de Sintra, especialmente na Sintriana, que recolho a quase totalidade das curiosidades por vezes aqui recordadas, facto que me dá muita satisfação.
Claro que se podem exibir extensos e desenvolvidos Tratados se consultarmos centenas de obras que outros fizeram, não indicando "fontes", tornando-nos destacados especialistas disto e daquilo, até de História. Mas não é a mesma coisa...
A indicação das "Fontes", além de digna é prova de higiene intelectual.
Era assim onde hoje há esplanadas do Café Paris e Hotel Central (Fonte: Sintriana)
Defesa e preservação do Património Documental
Há alguns meses - soube-o casualmente - documentos muito antigos, actas de uma congregação e alguns outros, foram encontrados no antigo arquivo da Junta de Freguesia de S. Pedro de Penaferrim e levados certamente para melhor guarda.
Ora, nos tempos recentes, têm surgido peças escritas que - salvo erro meu - parecem relacionadas com o espólio acima referido, mas não indicando a "Fonte" ou referindo o Arquivo de onde possam ter sido retiradas após consulta.
Tal facto, pese a convicção de que o espólio, pelo seu valor histórico para Sintra e S.Pedro, se encontra devidamente protegido, levanta a questão de se saber - inequivocamente - onde deverá estar depositado para a devida conservação.
A conservação da riqueza documental ligado ao nosso concelho implica - de certeza - com regras que não se compadecem com a possibilidade de, por isto ou aquilo, uns tantos especialistas a manusearem fora do controlo de técnicos qualificados.
Tem a palavra a Câmara Municipal de Sintra e a sua Divisão Cultural, porque tal património, certamente, deverá estar na sua posse para a salvaguarda institucional.
A conservação da riqueza documental ligado ao nosso concelho implica - de certeza - com regras que não se compadecem com a possibilidade de, por isto ou aquilo, uns tantos especialistas a manusearem fora do controlo de técnicos qualificados.
Tem a palavra a Câmara Municipal de Sintra e a sua Divisão Cultural, porque tal património, certamente, deverá estar na sua posse para a salvaguarda institucional.
Antes que possa ser tarde.
7 comentários:
Em qualquer país minimamente civilizado será sempre este o procedimento legal, para não dizer obrigatório. Em Portugal e especialmente em Sintra, tenho algumas dúvidas se será este o tipo de orientação em vigor.
Mas afinal a quem se refere.
De nome aos bois e não esteja a lancar suspeitas quem sabe infundadas.
E fácil esconder-se. Fale de frente. Consegue'?
Anonimo
Caro Anónimo, não sendo especialista em linguagem bovina ou taurina, imaginará as dificuldades que tenho em responder. Para mim as fontes são essenciais e - salvo opinião melhor e não anónima - indicá-las só incomodará quem se quiser mostrar de forma menos bonita. Pelo sei comentário receio que o meu escrito tenha razão. De qq forma a documentação histôrica deve estar em poder de serviços especializados da CMS e, só depois, apreciados por leitores segundo regras fixadas. Os meus cumprimentos
Caro Fernando Castelo.
Desculpe a linguagem tauromática.
Quanto as fontes elas deverão ser claras. Estou de acordo consigo.
Bom trabalho.
Um aficionado seu
Sr. Castelo e seu aficionado,
As fontes não podem ser presa de ninguém nem dos serviços municipalizados. que querem manter
o poder. As fontes são de quem as pesquisa e lhe dá relevo mas sempre indicando onde as foi buscar.
Cumprimentos
José Fontes
Caro Visitante José Fontes, obrigado pelas suas palavras que honram o nome. As fontes são a água que completa o nosso conhecimento e, sem elas, muitos "catedráticos" da nossa praça teriam muita sede, melhor não brilhariam tanto, o que era uma perda irreparável para quem busque notoriedade. Por outro lado, saberá melhor que eu segundo admito, dos documentos a que me referi onde estão devidamente guardados? Que condições de segurança estão a protegê-los? Que técnicos devidamente credenciados os estão a manipular?Que inventário foi feito? Qum lhes pode aceder? Qaulquer um? Ou já há alguem com autorização oficial para lhes mexer? Se tudo isso está a ser respeitado tudo bem, então o que tem aparecido sem fontes (não Fontes) nada tem a ver com o que citei no meu artigo. E, sem dúvida, é nod serviços municipais competentes q os documentos históricos devem estar, salvo melhor opinião. Um abraço e obrigado des Seattle.
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