Por força do protocolo de cooperação celebrado em Dezembro de 2008(*) com a Associação de Turismo de Lisboa, o turismo de Sintra passou a ser dirigido, praticamente, por uma entidade externa, facto que passou ao lado das elites locais.
Dessa forma, a parceria com a ATL, prevista para quatro anos, passou a contar ou foi alimentada com 1,2 milhões de euros, em fracções de 300.000 € anuais(***), dinheiro a que a Câmara de Sintra teria direito como contrapartidas da zona de jogo do Estoril.
A partir daí, uma entidade não sintrense passaria a fazer a concepção e coordenação da presença de Sintra na Bolsa de Turismo de Lisboa e implementar a marca "Sintra - Capital do Romantismo". Sintra feita generosa pagadora dos serviços.
Claro que nada disto se relacionou com as eleições que se aproximavam...
O Vereador do Turismo, respeitável sintrense, falando na "complementaridade entre Lisboa e Sintra"(**), preocupava-se com a "questão das dormidas" e "se trabalharmos em conjunto podemos captar mais turistas(...)". Não integrou o Executivo seguinte...
Mudaram-se as caras no turismo e como evoluiu?
Os Serviços camarários ligados ao Turismo, onde existiam profissionais altamente qualificados e que davam a cara por Sintra, nomeadamente no Posto do Turismo do Centro Histórico e Estação da CP., deram lugar a caras protocolizadas de fora.
Na Estação da CP, talvez a primeira porta de entrada em Sintra, os profissionais camarários garantiam um horário contínuo entre as 9 e 19 horas e, em certas épocas, até às 20 horas. Só encerrava quatro dias por ano.
Hoje, para ajudar à avaliação da qualidade com que se recebem visitas, podemos ver um cartaz suficientemente elucidativo sobre a evolução turística verificada:
Outro Plano, desta vez "Plano Estratégico do Turismo" (PET)
Celebrado o PET, vieram as obras no Edifício do Turismo, surpreendendo muitos sintrenses uma viatura onde se fazia o atendimento dos visitantes da "Sintra - Capital do Romantismo". Havia quem lhe chamasse a carrinha das farturas.
Vieram as Autárquicas de 2009 e outro Vereador do Turismo que diria à revista Turisver (20.11.2010): "(...) um dos objectivos (...) é deixar de associar Sintra a uma etapa num roteiro turístico para eleger o concelho a destino turístico assumido (...)".
Estava dado o mote para Sintra assumir o seu destino, mas o Vereador do Turismo tornar-se-ia também deputado na Assembleia da República em Junho de 2011.
Na verdade, comprovando a importância dada pelo Executivo Camarário ao Turismo de Sintra e sua implementação, tal Pelouro foi mantido sob responsabilidade de um Vereador que tinha por prioridade o cargo no Órgão máximo da República.
Neste quadro, valeu a dinâmica progressivamente assumida pela Parques de Sintra - Monte da Lua, empresa de capitais públicos com mérito na recuperação de palácios e parques, mesmo sem responsabilidades pelo turismo de Sintra.
Uma dinâmica própria para Sintra
Sem deixar de fazer parte de um arco turístico da região de Lisboa, parece justificar-se que seja Sintra a aplicar os seus fundos financeiros na promoção das atracções turísticas do seu território, incentivando mais estadias com maior número de camas.
Será que os actuais responsáveis pela gestão de Sintra estão a avaliar as relação entre as contrapartidas pagas e o benefício obtido com algumas publicações aqui e ali? Ou melhor seria uma gestão própria, devidamente focalizada nos mercados?
Sintra reúne todas as condições para - sem intermediários - recorrer à sua promoção externa, nomeadamente em mercados que já foram relevantes como o alemão e americano, mas sem a dependência de uma entidade gestora de concorrências.
Decorridos os quatro anos previstos para o PET, nada se sabe sobre a sua renovação ou revogação, e que é fundamental para uma nova visão promocional de Sintra.
Finalmente, ainda relacionado com as contrapartidas da zona de jogo do Estoril, sabendo-se como foram aplicadas as de 2009 e seguintes, seria do mais alto interesse saber-se como foram aplicadas as verbas dos anos anteriores.
(*) - Publituris|Destinos - 09 de Janeiro 2009
(**) - (cidadeVIVA-07 de Julho 2009)
(***)- Especial|Publituris - 24 de Julho 2009
Dessa forma, a parceria com a ATL, prevista para quatro anos, passou a contar ou foi alimentada com 1,2 milhões de euros, em fracções de 300.000 € anuais(***), dinheiro a que a Câmara de Sintra teria direito como contrapartidas da zona de jogo do Estoril.
A partir daí, uma entidade não sintrense passaria a fazer a concepção e coordenação da presença de Sintra na Bolsa de Turismo de Lisboa e implementar a marca "Sintra - Capital do Romantismo". Sintra feita generosa pagadora dos serviços.
Claro que nada disto se relacionou com as eleições que se aproximavam...
O Vereador do Turismo, respeitável sintrense, falando na "complementaridade entre Lisboa e Sintra"(**), preocupava-se com a "questão das dormidas" e "se trabalharmos em conjunto podemos captar mais turistas(...)". Não integrou o Executivo seguinte...
Mudaram-se as caras no turismo e como evoluiu?
Os Serviços camarários ligados ao Turismo, onde existiam profissionais altamente qualificados e que davam a cara por Sintra, nomeadamente no Posto do Turismo do Centro Histórico e Estação da CP., deram lugar a caras protocolizadas de fora.
Na Estação da CP, talvez a primeira porta de entrada em Sintra, os profissionais camarários garantiam um horário contínuo entre as 9 e 19 horas e, em certas épocas, até às 20 horas. Só encerrava quatro dias por ano.
Hoje, para ajudar à avaliação da qualidade com que se recebem visitas, podemos ver um cartaz suficientemente elucidativo sobre a evolução turística verificada:
Por debaixo do mapa, à mão: "Lunch break from 12:20 - 14:30
The next i point can be found at the historic center, near Palácio da Vila. Thank you"
The next i point can be found at the historic center, near Palácio da Vila. Thank you"
Outro Plano, desta vez "Plano Estratégico do Turismo" (PET)
Celebrado o PET, vieram as obras no Edifício do Turismo, surpreendendo muitos sintrenses uma viatura onde se fazia o atendimento dos visitantes da "Sintra - Capital do Romantismo". Havia quem lhe chamasse a carrinha das farturas.
Vieram as Autárquicas de 2009 e outro Vereador do Turismo que diria à revista Turisver (20.11.2010): "(...) um dos objectivos (...) é deixar de associar Sintra a uma etapa num roteiro turístico para eleger o concelho a destino turístico assumido (...)".
Estava dado o mote para Sintra assumir o seu destino, mas o Vereador do Turismo tornar-se-ia também deputado na Assembleia da República em Junho de 2011.
Na verdade, comprovando a importância dada pelo Executivo Camarário ao Turismo de Sintra e sua implementação, tal Pelouro foi mantido sob responsabilidade de um Vereador que tinha por prioridade o cargo no Órgão máximo da República.
Neste quadro, valeu a dinâmica progressivamente assumida pela Parques de Sintra - Monte da Lua, empresa de capitais públicos com mérito na recuperação de palácios e parques, mesmo sem responsabilidades pelo turismo de Sintra.
Uma dinâmica própria para Sintra
Sem deixar de fazer parte de um arco turístico da região de Lisboa, parece justificar-se que seja Sintra a aplicar os seus fundos financeiros na promoção das atracções turísticas do seu território, incentivando mais estadias com maior número de camas.
Será que os actuais responsáveis pela gestão de Sintra estão a avaliar as relação entre as contrapartidas pagas e o benefício obtido com algumas publicações aqui e ali? Ou melhor seria uma gestão própria, devidamente focalizada nos mercados?
Sintra reúne todas as condições para - sem intermediários - recorrer à sua promoção externa, nomeadamente em mercados que já foram relevantes como o alemão e americano, mas sem a dependência de uma entidade gestora de concorrências.
Decorridos os quatro anos previstos para o PET, nada se sabe sobre a sua renovação ou revogação, e que é fundamental para uma nova visão promocional de Sintra.
Finalmente, ainda relacionado com as contrapartidas da zona de jogo do Estoril, sabendo-se como foram aplicadas as de 2009 e seguintes, seria do mais alto interesse saber-se como foram aplicadas as verbas dos anos anteriores.
(*) - Publituris|Destinos - 09 de Janeiro 2009
(**) - (cidadeVIVA-07 de Julho 2009)
(***)- Especial|Publituris - 24 de Julho 2009
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