terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SINTRA: MUSEU DO BRINQUEDO VIABILIZADO...

Através do TudosobreSintra, em artigo ontem publicado, ficamos a saber que a Fundação Montepio firmou (ontem) um "protocolo de cooperação com o Museu do Brinquedo que "garantirá a solvência financeira"".

Por seu turno, a administração deverá "angariar patrocinadores, visitantes e amigos" para garantir a sustentabilidade a médio e longo prazo".

Como contrapartida do apoio da Fundação Montepio, os associados do Montepio - Associação Mutualista e seus familiares terão condições preferenciais de acesso a exposições e actividades, tal como utentes de instituições de solidariedade social.

A notícia enche-nos de alegria, depois das preocupações aqui manifestadas em 1 de Junho de 2013 e que em baixo reproduzimos.

Obrigado à Fundação Montepio.

VISITE O MUSEU DO BRINQUEDO!

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Publicado em 1 de Junho de 2013

SINTRA: MUSEU DO BRINQUEDO, PATRIMÓNIO CULTURAL


Aguardo há três dias que um porta-voz camarário ou afim, aborde a postura da Câmara Municipal de Sintra relacionada com o Museu do Brinquedo, já que para uma   reportagem da RTP1 "ninguém se mostrou disponível" para o fazer.

No site camarário, sabe-se que o "Departamento de Cultura" (não da...) é do âmbito do Senhor Presidente da Câmara, pelo que a indisponibilidade foi ao mais alto nível.

Foi uma ingratidão "ninguém" se mostrar "disponível" para a RTP, tão dedicada a directos com alguns políticos de Sintra, recordando-se - entre outros - aquele passeio de trem em que o Eléctrico de Sintra foi convertido em "comboiozinho"...

O Museu do Brinquedo de Sintra não é uma questão de indisponibilidade. É um património mundialmente conhecido que honra Sintra e deve ser salvaguardado.


Compreende-se o imenso sofrimento da Senhora Directora do Museu, cujo marido construiu o sonho de deixar em Sintra um Museu para as futuras gerações.

Elegantemente, entre o temor da perda e a esperança por uma solução, a Sra. D. Ana Arbués Moreira enfatiza as responsabilidades do Governo, torneando as camarárias.

Na carta recebida do Presidente de Câmara - Sr. Dr. Fernando Seara - considera-se que "as instalações, espaços e equipamentos não são necessários para o Município".

Na mesma carta, que o Município não tem forma de providenciar "uma utilização e gestão similar à agora assegurada pela Fundação", "seja pela ausência de qualquer programação, seja, principalmente, pela falta de um acervo material equiparável".

Alude o Presidente da Câmara à "indisponibilidade dos meios financeiros, técnicos e humanos a alocar a uma tal realidade", deixando uma riqueza textual relevante:

"A par da inexistência da cultura procedimental e dos conhecimentos específicos habilitantes". (destacado nosso).

Mas o que é isto? Que falta de sensibilidade e enquadramento cultural permitem que um Museu (público ou privado) passe por momentos de incerteza como este, admitindo-se a sua deslocalização para outro município?

Já este ano a Câmara fez cedências de utilização de imóveis, suportou milhares de euros em apoios financeiros a entidades privadas, a danças, com protocolos de cedência e contratos-programa, e o Museu do Brinquedo é que está na corda bamba?

A realidade é outra: - O  Museu do Brinquedo não dá votos. É das crianças e dos adultos que gostam dele. Se desse votos, logo surgiria um qualquer Road Runner em viatura camarária, empenhado na "defesa desse património cultural de Sintra".

Ao fim de 12 anos do Sr. Dr. Fernando Seara como estando de presidente e do Dr. Marco Almeida estar como Vice-Presidente, só nos faltava mais uma preocupação, desta vez sobre a existência do Museu do Brinquedo.

Hoje, o Museu do Brinquedo é das crianças e do seu Dia Mundial. Amanhã será de nós todos, sintrenses e visitantes, homens e mulheres que nele se recordam, que por algumas das suas peças deixam cair umas lágrimas.

O Museu do Brinquedo não fechará porque os sintrenses NÃO DEIXARÃO.

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