quinta-feira, 21 de março de 2013

DIA MUNDIAL DA POESIA (2) - A MINHA FLAUTA...

 
A MINHA FLAUTA
 
Tenho uma flauta, de corpo tão belo,
Brilhante e firme, pronta a tocar.
Passo-lhe os dedos, geme docemente,
num lamento terno, com pauta ausente.
 
Num canto da casa, flauta no regaço,
Sinto-lhe o peso, seu louco arfar.
Música só minha, sofrida de gente,
Escala de sonho, contigo na frente.
 
Não importam fífias,
Não importa nada.
Só ela me dá,
o dom de voar,
 
Para ao pé de ti, e do teu chamar,
Sedento de tudo, e do teu amor.
Sobre ondas voando, sem me cansar,
não largo a flauta, que me dá vigor.
 
E lá vou correndo, sem a orquestrar,
por montes e vales, com sol ou com dó.
É ela no fundo, que me faz vibrar:
com a minha flauta, não estarei só!
 
 
 
 
 

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