NOTA PRÉVIA
No passado domingo, anunciei para hoje a continuação do meu relato sobre a Noruega.
Os trágicos acontecimentos de anteontem, fizeram-me repensar na publicação do texto já preparado, pelo sofrimento que envolve toda a Nação Norueguesa. Os noruegueses, utilizadores dos direitos da liberdade, vivem estes momentos dolorosos com a força que herdaram de várias civilizações, entre elas a viking. Seguirão sempre em frente.
A "Roda da Vida", no Parque das Estátuas em Oslo, deu-me a certeza de que a publicação é a melhor forma de homenagear as vítimas e manifestar aos noruegueses a minha solidariedade.
A "Roda da Vida", no Parque das Estátuas em Oslo, deu-me a certeza de que a publicação é a melhor forma de homenagear as vítimas e manifestar aos noruegueses a minha solidariedade.
Tudo o que se faz é por dedicação. Existe um apreço especial pelos professores que, por lá, se dedicam e vivem para o ensino, pelo que não admira que seja um dos países com os mais elevados indicadores de formação escolar e cultural.
Os noruegueses, na sua esmagadora maioria, não ocupam cargos políticos por ambições de carreira ou por vaidades pessoais. Fazem-no por obrigação cívica.
Os políticos noruegueses não precisam de prometer para ganhar votos. Ou podem e fazem ou não podem. Algumas das mentirolas ocidentais, a serem feitas por aquelas paragens, levavam os políticos a clínicas psiquiátricas e ao seu internamento (pelo menos).
Quando escolhidos para cargos da administração ou kommune, procuram sê-lo por um só mandato, no qual se sentem honrosamente obrigados para com a sua terra ou o seu município. Passado o mandato, onde defendem os bens dos administrados em vez de os esbanjarem, regressam felizes às suas profissões e locais de trabalho.
Os políticos noruegueses não precisam de prometer para ganhar votos. Ou podem e fazem ou não podem. Algumas das mentirolas ocidentais, a serem feitas por aquelas paragens, levavam os políticos a clínicas psiquiátricas e ao seu internamento (pelo menos).
Quando escolhidos para cargos da administração ou kommune, procuram sê-lo por um só mandato, no qual se sentem honrosamente obrigados para com a sua terra ou o seu município. Passado o mandato, onde defendem os bens dos administrados em vez de os esbanjarem, regressam felizes às suas profissões e locais de trabalho.
A sociedade funciona estruturada, organizada, onde cada um sabe o seu papel e cumpre com as suas obrigações. A maior preocupação é o bem-estar geral e o respeito pelas pessoas.
Quando se abre uma vala numa rua, é vulgar ver-se logo a máquina que a irá tapar e pavimentar, para que ninguém seja incomodado.
Não admira, pois, que seja um país solidário com a recuperação de bens históricos. Os dois coretos que abaixo apresentamos espelham o seu respeito pela preservação:
Hammerfest |
Bergen |
País preocupado com a cultura, oferece museus dos mais variados, em espaços grandes ou pequenos, mas onde há sempre algo com muito interesse para ser conhecido. O Museu Polar, em Tromsö, de que não mostro fotos, é uma casa pequena para recordar Amudsen.
Em Alta, podemos apreciar o Museu Rupestre, conservado com os maiores cuidados:
Nas Lofoten há o muito interessante museu do bacalhau:
A Noruega também é natureza, com a impressionante Kjosfossen, uma queda de água entre Myrdal e o Sognefjord, a ser vista quando da paragem do comboio da Fläm Railway:
Em Bergen os pobres são lembrados, como este à porta de um banco:
Em Oslo, não se pode perder o Museu Viking. Mas, pela grandiosidade, o Parque das Estátuas é imperdível:
Por tudo isto e muito mais, compreende-se o orgulho dos noruegueses e os seus sentimentos colectivos.
É a vitória da organização, empenho, respeito e, acima de tudo, da moral pública.
3 comentários:
Sr Castelo obrigado pelos seus textos que muito me ensinam e que gosto de ler.
Daniel Custódio
Fiquei realmente à espera desta publicação, é um país maravilhoso, onde à trabalho ,onde se respeita o próximo,onde não à corrupção,onde existe civilização, para onde alguns dos nossos jovens (licenciados) tem ido à procura de trabalho uma vez que o país que os viu nascer, crescer, estudar,não lhes dá trabalho.
Caro Senhor Castelo, junto-me às suas palavras de apreço por quem tanto respeita a vida de cada Ser. É por isso que os últimos acontecimentos neste bonito país tanto chocam cada um dos seus cidadãos. Pela vergonha perante o mundo mas, sobretudo, por alguém ter quebrado a corrente, a tal que torna esta uma nação tão nobre e merecedora da nossa mais sincera admiração.
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