faz-me recordar os meus tempos de criança,quando durante o mês de Setembro, vinhão da zona cheleiros e Ericeira ,os vendedores que lhe chamavam de saloios, com um burrico com uma albarda e dois cestos de calhau, vender as deliciosas pêras ,francesas,pêras, rochas e umas mais pequeninas que lhe chamavam lembe-os- -dedos, e mais tarde, para Outubro as maçãs,assim ccmo o homem das castanhas quentes,trazia duas sacas uma de pano com outra de papel tipo saco de farinha de pão(uma dentro da outra) e apregoava quem quer castanhas quentes e boas,ora toda a criançada corria para casa pedir dinheiro e um recipiente para as castanhas, meu Deus que alegria. E que saudades destes tempos,que as crianças brincavam,na rua saltavam à corda,à apanhada, às escondidas,à macaca e etc. não havia computadores nem consolas.mas eram também felizes.
Eram as peras carapinheiras e as maçãs riscadas que se conservavam debaixo da cama durante meses.
Andei durante uns anos à procura de uma pereira carapinheira e não conseguia encontrar. Até que um dia, há uns quatro anos, consegui que em S. João das Lampas me dispensassem uma.
Confesso-lhe que, há momentos, comi uma dessas peras...ainda com o sabor de outrora. Outros sabores não são possíveis de recuperar, tal como o pão que faço em minha casa e no forno de lenha já não sabe ao mesmo porque as farinhas são diferentes.
Veja bem que ia comprar a farinha a um moinho para os lados de Alvarinhos, mas a ASAE agora cria problemas e acabou. Assim se dá cabo da história e dos sabores.
Quanto aos jovens de hoje, já não se usam arcos e ganchetas, as fisgas com que se apanhavam pássaros passaram a ser pistolas a sério, jogar ao eixo passou de moda.
Íamos a Monserrate e um guarda florestal que estava ao portão via se levavamos sacos e, volta não volta, viamos uma cabeça a espreitar-nos...porque era proibido levar farnel para lá.
Já agora, os dois túmulos etruscos que haviam lá no parque, um dizem (não acredito)que foi nas enxurradas o outro está em Odrinhas.
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faz-me recordar os meus tempos de criança,quando durante o mês de Setembro, vinhão da zona cheleiros e Ericeira ,os vendedores que lhe chamavam de saloios, com um burrico com uma albarda e dois cestos de calhau, vender as deliciosas pêras ,francesas,pêras, rochas e umas mais pequeninas que lhe chamavam lembe-os- -dedos, e mais tarde, para Outubro as maçãs,assim ccmo o homem das castanhas quentes,trazia duas sacas uma de pano com outra de papel tipo saco de farinha de pão(uma dentro da outra) e apregoava quem quer castanhas quentes e boas,ora toda a criançada corria para casa pedir dinheiro e um recipiente para as castanhas, meu Deus que alegria. E que saudades destes tempos,que as crianças brincavam,na rua saltavam à corda,à apanhada, às escondidas,à macaca e etc. não havia computadores nem consolas.mas eram também felizes.
Caro Amadeu,
Eram as peras carapinheiras e as maçãs riscadas que se conservavam debaixo da cama durante meses.
Andei durante uns anos à procura de uma pereira carapinheira e não conseguia encontrar. Até que um dia, há uns quatro anos, consegui que em S. João das Lampas me dispensassem uma.
Confesso-lhe que, há momentos, comi uma dessas peras...ainda com o sabor de outrora. Outros sabores não são possíveis de recuperar, tal como o pão que faço em minha casa e no forno de lenha já não sabe ao mesmo porque as farinhas são diferentes.
Veja bem que ia comprar a farinha a um moinho para os lados de Alvarinhos, mas a ASAE agora cria problemas e acabou. Assim se dá cabo da história e dos sabores.
Quanto aos jovens de hoje, já não se usam arcos e ganchetas, as fisgas com que se apanhavam pássaros passaram a ser pistolas a sério, jogar ao eixo passou de moda.
Íamos a Monserrate e um guarda florestal que estava ao portão via se levavamos sacos e, volta não volta, viamos uma cabeça a espreitar-nos...porque era proibido levar farnel para lá.
Já agora, os dois túmulos etruscos que haviam lá no parque, um dizem (não acredito)que foi nas enxurradas o outro está em Odrinhas.
Enfim, é bom recordar esses tempos.
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