Os nossos Sonhos
Ao longo de muitos anos, os caminhos tortos ou, melhor dizendo, de curvas e contracurvas, deram-nos ensejo a recordar essas fases, certamente de pouco mérito.
Foram desabafos, sonhos e desilusões, observações do quotidiano, recordações de grupos e de pessoas que, na nossa vida, justificaram momentos para a posteridade.
Num modesto Álbum intitulado "Em Pedaços Vos digo", foram sendo guardadas palavras soltas, para "Ti, que não és o melhor que tenho. Porque és tudo".
De lá se retirou esta pequena inconfidência.
O SONHO
Difícil a dobra do encanto
que está no invisível.
Faz rugir forte,
na mudez.
Segura no peito a dor
do silencioso.
Chegar ao fim do dia
sem o hálito quente
do sol da vida.
Contar, pelas estrelas,
o dia que nada deixou
à partida.
Se eu pudesse,
já hoje,
dar-te o beijo
que nos falta,
teria outra
ribalta
no imaginário.
Seria o beijo do encanto,
Ou da fábula macilenta
que termina bem.
Como nos contos
da infância,
há sempre alguém.
Difícil é esperar,
apenas.
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