Primeiro Acto
"O Candeeiro", quase há dois aninhos em exibição, justifica que o actual Executivo Municipal aprecie a riqueza lúdica que encerra. Rindo de quem se meteu na história...
"O Candeeiro", quase há dois aninhos em exibição, justifica que o actual Executivo Municipal aprecie a riqueza lúdica que encerra. Rindo de quem se meteu na história...
Até Junho de 2012, era esta a bela imagem da esquina da Volta do Duche e da Câmara Municipal
Num solarengo dia de Junho de 2012, com algumas bocas abertas, é instalado na esquina da Volta do Duche com o Largo Dr. Vergílio Horta, um curioso candeeiro, com uma bola de cristal (clique por favor), sugerindo uma câmara escondida.
Ainda se a bola de cristal fizesse milagres...
Era muita a ansiedade, especialmente de especialistas históricos.
Imagem após instalação do candeeiro vocacionado para DJ/Espião (o carro é adorno...)
Um botão espalharia musiquinhas, outro alarmaria "em caso de perigo" (autoridades, a postos, chegariam antes de se esfregar um olho...). De súbito, alguém avança e aplica um cinturão negro sobre os ditos úteis (botões) ...para evitar o seu uso abusivo...
Nos boquiabertos, há quem louve a castração do candeeiro logo no primeiro dia!
Segundo Acto
Os "Electrões". Psicologicamente treinado para DJ/Espião - conforme o comando ou visionamento - o candeeiro tinha de comer uns electrõezinhos, manjar inacessível quando a rede pública está desligada. Faltava uma solução discreta e engenhosa...
Mesmo ao lado, uma Tasca seria o local ideal para levar os alimentares electrões até ao candeeiro, permitindo-lhe servir os anónimos mas elevados intentos da instalação.
Instalado um contador de electrões (ainda hoje lá estava), a "papinha" chegava ao candeeiro dentro de um tubo em inox, provando as preocupações com a higiene.
Algumas dúvidas tornaram-se públicas: - Seria o contador considerado "extensão municipal"? Quem pagaria a factura dos electrões consumidos ?
Os espectadores mais pensantes, meditavam: "Se faz serviço durante o dia, não pode estar ligado à rede da noite. Para acender à noite, não pode comer electrões de dia". Um pouco como a história do velho, o rapaz e o burro, adaptada a uma autarquia.
Agora acende à noite, alimentado pela Rede Pública. Foi oferecido à EDP?
Terceiro Acto
Oferta? Quem aceitou a doação? "Uma fonte do gabinete de comunicação camarário" trazia à colação que o candeeiro tinha sido oferecido por uma "empresa da especialidade", conforme foi noticiado no blogue Tudo sobre Sintra.
Ora, nestas coisas, apesar dos actores saberem as deixas, tornaram-se misteriosas as ausências do sonoplasta e, mais preocupante, do Contra Regra, que deveriam legalizar a oferta em sessão competente e espalhar as virtudes no minarete.
Como sucede em muitas peças, os espectadores agitam-se - face ao despropósito da peça e do local - e são confrontados com um Quadrilema, melhor, com a Teoria do Desconhecimento: É DJ? É Espião? Oferecido? Comprado?
Esta a verdade que nunca se apurou, perante tamanha obra, de gabarito local.
Na Apoteose, pois há sempre uma apoteose nestas coisas, registou-se o brilho das honrarias silenciosas, "quem cala consente" e "o calado é o melhor".
UM CANDEEIRO DESINSERIDO DO LOCAL
Em primeiro lugar, diremos que aquele modelo de candeeiro (com cinco lanternas) seria mais ajustado no centro ou em quatro cantos de uma grande praça e nunca numa esquina com as características daquela onde foi instalado.
Depois, temos aquela aspecto negro, totalmente oposto à luz do local e à edificação tão bela como o edifício dos Paços do Concelho de Sintra.
Que motivações ou razões subjazem à quase despropositada colocação de um candeeiro com qualidades e equipamento que levantam tão justificadas dúvidas?
Uma coisa é certa, é expectável que o actual Executivo Camarário venha a suportar os custos com a remoção deste candeeiro que fere a histórica imagem do local, uma má herança da anterior gestão camarária.
Pergunta-se: que entidade responde legalmente pelo candeeiro?
Aplausos? Há sempre quem goste destas coisas...
Assim foi castrado o candeeiro...no que se refere aos botões...
Segundo Acto
Os "Electrões". Psicologicamente treinado para DJ/Espião - conforme o comando ou visionamento - o candeeiro tinha de comer uns electrõezinhos, manjar inacessível quando a rede pública está desligada. Faltava uma solução discreta e engenhosa...
Mesmo ao lado, uma Tasca seria o local ideal para levar os alimentares electrões até ao candeeiro, permitindo-lhe servir os anónimos mas elevados intentos da instalação.
Instalado um contador de electrões (ainda hoje lá estava), a "papinha" chegava ao candeeiro dentro de um tubo em inox, provando as preocupações com a higiene.
Com toda a higiene, a papinha chegava ao candeeiro dentro destes tubos
Os espectadores mais pensantes, meditavam: "Se faz serviço durante o dia, não pode estar ligado à rede da noite. Para acender à noite, não pode comer electrões de dia". Um pouco como a história do velho, o rapaz e o burro, adaptada a uma autarquia.
Agora acende à noite, alimentado pela Rede Pública. Foi oferecido à EDP?
Terceiro Acto
Oferta? Quem aceitou a doação? "Uma fonte do gabinete de comunicação camarário" trazia à colação que o candeeiro tinha sido oferecido por uma "empresa da especialidade", conforme foi noticiado no blogue Tudo sobre Sintra.
Ora, nestas coisas, apesar dos actores saberem as deixas, tornaram-se misteriosas as ausências do sonoplasta e, mais preocupante, do Contra Regra, que deveriam legalizar a oferta em sessão competente e espalhar as virtudes no minarete.
Como sucede em muitas peças, os espectadores agitam-se - face ao despropósito da peça e do local - e são confrontados com um Quadrilema, melhor, com a Teoria do Desconhecimento: É DJ? É Espião? Oferecido? Comprado?
Esta a verdade que nunca se apurou, perante tamanha obra, de gabarito local.
Na Apoteose, pois há sempre uma apoteose nestas coisas, registou-se o brilho das honrarias silenciosas, "quem cala consente" e "o calado é o melhor".
UM CANDEEIRO DESINSERIDO DO LOCAL
Em primeiro lugar, diremos que aquele modelo de candeeiro (com cinco lanternas) seria mais ajustado no centro ou em quatro cantos de uma grande praça e nunca numa esquina com as características daquela onde foi instalado.
Depois, temos aquela aspecto negro, totalmente oposto à luz do local e à edificação tão bela como o edifício dos Paços do Concelho de Sintra.
Que motivações ou razões subjazem à quase despropositada colocação de um candeeiro com qualidades e equipamento que levantam tão justificadas dúvidas?
Uma coisa é certa, é expectável que o actual Executivo Camarário venha a suportar os custos com a remoção deste candeeiro que fere a histórica imagem do local, uma má herança da anterior gestão camarária.
Pergunta-se: que entidade responde legalmente pelo candeeiro?
Aplausos? Há sempre quem goste destas coisas...
Artigos anteriores:
15 de Junho de 2013 - SINTRA: HISTÓRIA DO CANDEEIRO TRIPLAMENTE CASTRADO
http://retalhos-de-sintra.blogspot.pt/search?q=CANDEEIRO
6 de Julho de 2012 - SINTRA:CANDEEIRO CURIOSO, OU A BOLA DE CRISTAL
19 de Julho de 2012 - SINTRA: PARA A HISTÓRIA DO CANDEEIRO VIGILANTE…
11 de Outubro de 2012 - SINTRA: CANDEEIRO NEGRO ADENSA MISTÉRIOS…
2 comentários:
Candeeiros em Sintra é sempre um problema. Neste caso aqui contado hoje, ou muito me engano ou vai acontecer como a história do menino virgem e da ta sabidona, não vou contar a história, mas termina assim: Diz a tia, então isso faz-se à tia? Diz o menino assustado quer que tire tia? Bem, diz a TiTi, não, "já que está deixa estar". Assim vai acontecer aquela aberração naquele local. Quem se safou já foi o Manel!
Caro António, só a sua visita me fazia rir logo pela manhã. Obrigado pela visita e pela história. Mas, ao fim e ao cabo, de quem é o candeeiro? Até já me contaram uma história de um comando... Um abraço
Fernando Castelo
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