É sempre bom não se darem razões para a recepção de notícias privilegiadas: - a difusão simultânea torna-nos mais iguais na partilha, sem qualquer tique pessoal.
Assim sucedeu com a Newsletter nº.9|27 de junho de 2014, difundida em nome da Câmara Municipal de Sintra e putativa transmissora de uma boa nova.
Os Paços do Concelho, na imagem difundida pela Newsletter nº. 9
A mensagem - sem destaque mas implícita - rapidamente alegrou o coração de alguns sintrenses (dois telefonaram-me logo) admitindo-se que S.Pedro fizera desaparecer aquele candeeiro negro, equipado para espião e castrado nos seus botões.
Preparava-se o agradecimento. O candeeiro (cuja história nunca se soube) deixava de ser uma aberração num espaço nobre. Começou a recear-se que fosse comprado por alguma empresa endinheirada e montado onde dantes havia o Esguicho.
Ora, mandando a verdade que se confirmem as peças noticiosas, uma rápida visita à proximidade dos Paços do Concelho viria a causar - a meias com a desilusão - dúvidas sobre o embelezamento que tal candeeiro empresta à esquina e seus adeptos.
Ao invés da Newsletter da Câmara Municipal, esta é a imagem que se "aprecia" desde 2012
Assim colocada a situação, entre outras dúvidas que podem assaltar quem goste de apreciar o belo edifício inaugurado em 1909 e projectado por Adães Bermudes, fica na dúvida se a Newsletter é vítima de uma desatenção técnica ou intencional.
Por outro lado, num local limpo entre 1909 e 2012, podemos estar perante um novo estilo paisagístico descontínuo, justificando - nesse entendimento - que se medalhe toda uma equipa participativa, nomeadamente quem accione o "comando à distância".
Para já, a Câmara Municipal, pela sua Newsletter, enferma de uma dicotomia: - Ou manda desmontar o candeeiro falhado como espião e castrado nos botões, ou coloca uma fotografia do local que corresponda à verdade daquilo que é a imagem real.
Pela minha parte, como protesto, embora não faça falta nenhuma, não irei assistir ao içar da bandeira nos Paços do Concelho.
3 comentários:
Mas afinal o que se passa?
O que se passa tem uma triste história: o candeeiro, a ser colocado nesse local, deveria obedecer a um enquadramento que tornasse tudo mais bonito. Aquele, sabe-se lá quem tinha medo do local ao ponto de precisar de lá instalar um candeeiro com câmaras disfarçadas, é uma agressão. Por outro lado, nas imagens da Câmara ou Newsletter, das duas uma: ou o candeeiro está bem e então passem a imagem institucional com ele, ou deve ser eliminado das fotos e, então tirem-no. Assim divulgada a Imagem - sem candeeiro, quando ele está lá - tem há uma desadequação.
Os meus agradecimentos pelo esclarecimento.
Tem razão o seu comentário.
Continue atento
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