Imagine que, enquanto aguarda pelo comboio na estação de Sintra, resolve olhar para os céus, esperando que algo de bom caia para resolver pequenos problemas.
De súbito notará algo estranho, parecendo um cogumelo de dimensões apreciáveis, talvez não venenoso, que é uma pena ali ter crescido. Ou será um ovo de avestruz?
Ao lado, num sussurro, alguém sugere tratar-se de um ninho, quiçá de ave rara (que em Sintra as há...) chocando ovos, para salvaguardar alguma espécie do Éden.
Em silêncio observa o ninho, mas logo é vítima de uma agressão sonora, estridente, a partir do alto, sem oposição dos defensores do espírito do lugar.
Já descobriu de que se trata? Não? Então vamos explicar...
É uma campainha...uma barulhenta campainha, pronta a tocar a qualquer hora do dia ou da noite, mesmo que ninguém a atenda, incomodando nas horas de silêncio.
Em baixo, numa estrutura modelar encontra-se o aparelho a que a campainha reporta, melhor dizendo, de que a campainha re...toca.
A "qualidade" dos autarcas também se vê nestas coisas
No espaço destinado aos peões, permitiu-se a colocação - sem respeito por eles - deste obstáculo, estilizado, bonito, desrespeitador da vivência em sociedade.
Ressalve-se que esta situação não é de agora. Foi herdada de um Executivo Camarário que esteve por cá 12 anos, sendo Vereador do Ambiente e presidente da Junta os mesmos políticos que nos prometiam "Dedicação"...
Resta apelar-se aos novos Autarcas no sentido desta situação ser resolvida a bem da imagem de Sintra, da dignidade do local, do ambiente e da protecção da árvore...
Alguém teve responsabilidades neste desleixo...talvez os sintrenses!
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