Luís Patrício no Facebook (13.4.2012): “Fernando Seara agora mesmo no Conselho
Nacional do PSD: "Quero deixar aqui bem claro
que direi sim a todos os candidatos aprovados pelo Partido e direi não a todos aqueles
que não o foram, sem exceção."”
A mensagem de Luís Patrício – antigo vereador,
respeitável sintrense (residente) que poderia ter sido candidato – apoiante muito
próximo de Pedro Pinto, fazia admitir que, a curto prazo, acabaria a tolerância
do PSD. Porquê?
Porque seria impróprio admitir que Fernando Seara,
proferindo tão doutrinária demarcação junto dos seus pares, o fizesse como
restrita limpeza de alma.
Decorrido este tempo, Fernando Seara, do PSD na
Câmara de Sintra, continua a ter como Vice-Presidente Marco Almeida que, nas votações
camarárias, se vincula de pedra e cal ao partido pelo qual ambos foram eleitos.
Recentemente, na aberrante Lei (de Relvas) para a
Extinção de Freguesias, Marco Almeida esteve com Seara, PSD e CDS, daí
resultando danos para os cidadãos locais.
Na Informação Institucional constante do site da CMS,
Marco Almeida continua vinculado à Coligação Mais Sintra e não na iniludível qualidade
de “Independente”.
Neste quadro, numa eventual saída de Fernando
Seara antes do fim do mandato, quem assumiria o lugar de Presidente? Com que
representatividade?
As palavras de Fernando Seara, se passadas à
prática, confinariam Marco Almeida ao espaço que invoca de “independente”, sem intimidades partidárias nas entrelinhas.
A história será mesmo assim?
Estou convencido que Fernando Seara já saberá que
o seu Vice se anuncia como candidato “suprapartidário”
– portanto acima do PSD – facto que
não é impeditivo de continuar a delegar-lhe confiança pessoal…mas noutra
qualidade.
Por outro lado, não se entende o político que, em
Reuniões de Câmara, integra a Coligação Mais Sintra e, saindo delas, possa usar
o suprachapéu da “independência”.
É óbvio que, ao mudar o chapéu para candidato “suprapartidário”
ou “independente”, Marco Almeida logo
abdica da viatura camarária que lhe está atribuída.
Só que os chapéus
se interligam: - o “sim” usado
por Fernando Seara perante Pedro Pinto, o “nim”
que permite a Seara delegar no seu Vice-Presidente, os dois que Marco Almeida ajusta
aos seus interesses e o maior, quase guarda-chuva,
do PSD.
A consideração pelos sintrenses justifica uma
explicação (que tarda) por parte do PSD, pois muitos dos seus membros vão
girando à volta de Marco Almeida. Evitar-se-ia que se pense numa convergência
que use um falso fraccionismo.
Em tese, na perspectiva da derrota do PSD, a
candidatura de Marco Almeida poderia segurar os votos de descontentes e
desiludidos, possibilitando a continuação da maioria que governa Sintra há 12
anos. Com um Presidente facilmente removível…
Os princípios éticos e de transparência
republicanos impõem-se, pelo que é urgente que o PSD esclareça os eleitores, na
defesa inalienável dos conceitos democráticos.
SINTRA MERECE MAIS...PARA QUE ACABEM OS PARAQUEDISTAS!
3 comentários:
Sem duvida uma análise interessante,a sua, gostava de o ver desenvolver o papel de algumas outras personagens neste tabuleiro, como oooooé o caso dos Presidentes de Junta, tipo Casinhas do PSD, ou Fátima Campos do PS.
Não conhecia o seu blogue, que o José Carlos Domingues partilhou no Facebook.
Estimado Anónimo,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Se tiver a paciência de ver neste blogue as várias peças sobre o Fontanário da Estefânia, notará as insuficiências do Presidente de Junta de Santa Maria, no caso Casinhas, que chegou a datar o roubo ao período anterior...quando foi com ele no cargo. Isso prova algo.
De Fátima Campos, que a título pessoal muito considero, ainda não consegui compreender. Porque questões e divergências internas de partidos são uma coisa que, de forma alguma, justificam outros posicionamentos que, certamente, a limitação de mandatos influenciou.
Receba um abraço,
Esta é a Historia que faltava para de forma serena chamar os bois pelos nomes.
A etica nao se vende em nome da vaidade e dos falsos liders.
O respeito pelo eleitor e o sentido do servico sao valores que dominam accao politica.
A verdade ira vencer o jogo dos incompetentes
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