FAZ HOJE UM ANO QUE A CONTAGEM DOS DIAS COMEÇOU...
Quando em 31 de Maio do ano passado iniciei a contagem dos dias posteriores à retirada da cuba e pedestal centenário fontanário da Estefânia, estava muito longe de pensar que o desligamento autárquico fosse tão longe.
Confiava que os mais elevados responsáveis autárquicos - Presidente e Vice-Presidente, este com o Pelouro do Ambiente - tomassem as medidas adequadas para a rápida recuperação da parte superior que tinha sido roubada, seguindo-se a recolocação no local adequado.
Ambos terão de saber - obrigatóriamente - quem ordenou que a parte não roubada fosse retirada do local. Aliás, com rapidez inaudita, o pavimento foi reparado sem deixar o mínimo sinal do fontanário, contrariando a tradicional cultura dos buracos.
Que mistério envolve esta fonte?
Há ódios? Há traumas que fazem deste património sede de alguma vingança?
Na realidade, não pode ser por falta de dinheiro que a parte danificada não tem sido reconstruída, já que se trata de um património histórico a preservar. Se atentarmos nas distribuições feitas para outros fins, os custos desta recuperação seriam irrisórios.
Por outro lado, existem no concelho estruturas artísticas de recuperação e escultura que resolveriam, facilmente, a estética do fontanário.
A comunicação camarária convergente
A última informação sobre o fontanário foi dada em 27 de Setembro de 2010, pela Sr.ª Directora do Departamento de Cultura, Turismo, Juventude e Desporto. Dizia que a estrutura tinha sido recolhida pelos serviços camarários, "aguardando-se a concepção da cantaria em falta, após o que será, instalada a fonte no seu local de origem”.
Curiosamente, foi a mesma Sr.ª Directora que, em 23.2.2010, me respondeu sobre os antigos azulejos do Palácio Valenças, informando que os mesmos se encontravam na Reserva dos Museus Municipais para serem cuidadosamente analisados.
Passam os anos e o fatalismo sintrense, em vez de acabar, desenvolve-se.
ATÉ QUANDO?