A
ROSA ESCARLATE
Vi uma rosa chorando,
Escondida no quintal,
Perguntei-lhe: - Desde quando,
Fugiste do teu rosal?
Logo lágrimas brotaram,
Em pingos...como cristais.
Sobre veludo ficaram,
Eram segredos florais.
De veludo escarlate,
Julguei querer um carinho,
Doce como chocolate,
À beira do meu caminho.
O pretexto foi limpá-la,
talvez mesmo com amor,
Chorou mais, ao abraçá-la,
Picou-me, causou-me dor.
Roubei então com rudeza,
Duas lágrimas pequenas,
para meus olhos molhar.
Tinham ardor de tristeza,
Muitas mágoas e penas,
Difíceis de apagar.
Lágrimas lhe fui tirando,
Com o dedo que picou,
Esquecido de tal mal.
O veludo foi voltando
E tão bonita ficou:
A rosa do meu quintal!
Sintra, 27 de Maio de 2018
Com votos de Bom Domingo para os estimados visitantes deste blogue.
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