segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

SINTRA: A FALTA DO CENTRO DE SAÚDE SINTRA-SUL

Qualquer munícipe atento, notará no dia-a-dia a falência da conversão, numa apelidada União, das três Juntas de Freguesia que, antes, existiam em Sintra.

Discordámos sempre da decisão, enquanto era notória a união entre miopia política e ambições desmedidas, com preço a pagar pelos habitantes das freguesias extintas.
Um pouco por todo o lado, mais a Sul de S. Pedro, os sinais de abandono estão nos rostos de quantos - para serem eleitos - programavam a defesa das populações.

Só este estado de coisas terá justificado que, na Presidência Aberta de 7.11.2014, o Presidente Camarário não fosse levado a visitar o território esquecido pela União.

A Sul de tal União - mais de metade da sua área - milhares de munícipes e Empresas no maior Núcleo Empresarial de Sintra foram inibidos do convívio com o Presidente.

A falhada deslocalização do Centro de Saúde

Mesmo com implicações menos positivas, mudar o Centro de Saúde de Sintra para uma construção/caixote a 700 metros do actual, seria a boa alternativa local. 

Praticamente seria a única possível, já que eventuais sugestões para a proximidade de estruturas desportivas, além de não ser bom princípio sofreria de difíceis acessos.

A recusa do Ministério da Saúde terá sido justificada, admitindo-se que faça parte de criação de uma Rede de Centros de Saúde que envolva o território da Zona Sul.

Um Centro de Saúde na Zona Sul reduziria utentes dos Centros de Sintra e Colares e residentes em Ranholas, Vale Flores, Abrunheira, Linhó, Manique de Cima e Beloura.

Neste cenário, a recusa do Ministério da Saúde pode abrir portas para um Centro de Saúde na periferia, onde as pessoas querem ser tratadas nas devidas condições.

O Centro de Saúde da Abrunheira

Não vivendo de utopias, em 2000 escrevemos ao Ministério da Saúde expondo as dificuldades sentidas pelas populações do território SUL de Sintra, sugerindo um Centro de Saúde na Abrunheira, por ser a aldeia mais populosa e quase no centro.

A resposta recebida, que abaixo reproduzimos, mostra a "inteira disponibilidade" para encontrar soluções, como se pode confirmar:


Desta resposta tão clara, tivemos o cuidado da rápida entrega à Presidente de Câmara de então, nunca mais se vindo a saber qual a evolução do processo.

Agora, perante a indiferença de políticos e unionistas que se esqueceram das franjas populacionais que os elegeram, espera-se que seja o governo a dizer o que pretende.

Até hoje, temos alertado para as graves carências do território Sul de Sintra. É altura de esperarmos por soluções que tardam, a bem de quem lá vive e da saúde pública.

É nossa convicção que tal é possível. 

Esperamos o empenho da Vereação respectiva e restantes membros do Executivo Camarário para, finalmente, termos um Centro de Saúde no Sul do território.




2 comentários:

António disse...

Na esperança que os espiões deste "Blog" por aqui deem uma olhadela de fininho e sem ninguém perceber, fica aqui o meu comentário. Estávamos então no Ano 2000 e com um processo com pernas para andar, mas, mais uma vez tratando-se da Abrunheira lá foi tudo para cesto dos papéis,(Arquivo grande) assim vai acontecendo em 2015. Falar de uma extensão do Centro de Saúde a Sul de S. Pedro tem pouco interesse para os intelectuais residentes no burgo, mas também estes, pouco se importam com as péssimas condições do Centro de Saúde de Sintra, (eles vão ao privado)uma verdadeira moldura do terceiro Mundo para turista ver. Esta caricata solução de gastar 800 mil euros no "caixote", é uma forma encapuçada de reabilitar aquele mamarracho, porque para Centro de Saúde e naquele local, só por imaginação de um ET. Somos eleitores votamos em S. Pedro, somos doentes vamos para Sintra ou para a Várzea, ironia do destino. Quanto ao falar da Presidência aberta, para quê vir conhecer a Abrunheira? Por aqui está tudo bem, todos sabem onde fica o Trilho e qual o melhor dia para o repasto, perder tempo com coisas tão simples para quê? Por vezes chego a pensar que nos querem dar o mesmo tratamento que é dado ao enclave do Barrunchal.

Fernando Castelo disse...

Caro António, é sempre bom não desistirmos, pelo menos para vergonha deles. Aliás, quando se passeiam "engrupados" ou "canaferrados", há sempre alguma vergonha que sentem embora disfarçam com uma ou outra manobra de diversão. Um abraço e grato pela sua visita.