quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SINTRA E AS FANTASIAS PÓS E PRÉ-ELEITORAIS

Para a avaliação dos últimos 10 anos da vida em Sintra, diga-se que os autarcas no poder foram rigorosamente escolhidos (ou validados) pelo Sr. Dr. Fernando Seara, devendo-se a toda a “equipa” o abaixamento da qualidade de vida no concelho.
Com a sua aquiescência, os vários eleitos que prometeram dedicação e, por sua vez, a sua corrente na Assembleia Municipal, contribuíram para a elevada queda de Sintra no índice do desenvolvimento económico e social, como é sabido e sentido.
Entre 2004 e 2006, Sintra passou de um significativo 5º lugar no ranking global dos concelhos do continente para um inaceitável 42º lugar, quando existiam condições que permitiriam satisfazer o bem-estar e anseios dos habitantes.
Claro que temos tido, em alturas estratégicas, algum foguetório de que foi feito o devido aproveitamento. Tivemos protocolos, pedras de lançamento, até um SATU, tudo tão virtual que justificará um balanço mais aprofundado. Não faltaram – e parece que não faltam – as atitudes misericordiosas e as boas acções.
Tanta coisa dita e tão pouca feita com incidência efectiva na vida quotidiana, tiveram a arte de adormecer os munícipes, cavar-lhes o campo da indiferença sem que se apercebam da realidade em que vivem nem visionem o futuro que os espera.
Este quadro de alheamento progressivo dos eleitores é útil para a rotação de cabeças de forma a garantirem-se as mesmas políticas e os mesmos agentes, numa estratégia com evidentes contornos cirúrgicos.
Baixou a qualidade estrutural da sociedade sintrense, mas as dívidas resultantes da governação dos últimos anos atingiram níveis nunca imagináveis.
O desemprego tem aumentado a um ritmo assustador, com maior incidência naqueles com mais habilitações literárias, facto que só por si prova a falência do executivo.
Vejamos, então, dois dos patamares em que todos os dedicados autarcas estão co-responsabilizados.
Faltam os resultados de 2011, mas em 2010 o Passivo (exigível) era de 133.888.391,56 euros (99.696.837,58 € a Médio e Longo Prazo + 34.191.553,98 € a Curto Prazo) contra 75.028.992,67 em 2002 (69.742.354,90 € a MLP + 5.286.636,77 € a CP).
Quanto a Desemprego, entre Janeiro e Dezembro de 2010 os inscritos aumentaram de 1734, atingindo o total de 19.868 (17.185 em 2004). Desempregados com maior nível de escolaridade foram os mais penalizados (1679 com Curso superior + 5734 com o Secundário + 5193 com o 3º Ciclo EB), reflectindo a involução do concelho.
Em tese, o concelho de Sintra não foi salvo por estes 10 anos de gestão a cargo do Sr. Dr. Fernando Seara, período em que mais se endividou sem reflexos.
Por isso, não há nenhum putativo salvador que possa sair dos autarcas que votaram e apoiaram as políticas, gastos e endividamentos ocorridos nos últimos 10 anos.
Mais do mesmo…não, obrigado.



1 comentário:

Madalena Varela disse...

Pois é meu caro amigo, mas ele também tem tido um bom exemplo de boa gestão que vem da ilha da Madeira!