Como se sabe – não é preciso ver a Ficha Técnica – a edição da “Sintra Cultural” está cometida ao denominado Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Sintra, sendo seu Director o Dr. Fernando Roboredo Seara, Presidente da edilidade.
Este ano, além da Edição normal de Setembro (69), as festas da Nossa Senhora do Cabo Espichel justificaram uma Edição Especial da “Sintra Cultural”, com datas de eventos e pormenores de índole histórica.
Com algum espanto, nomeadamente entre comerciantes, nas três últimas laudas da Edição Especial (páginas 26, 27 e 28) constam anúncios publicitários de um restaurante, de uma antiga fábrica de queijadas finas e de uma empresa não sintrense que há anos vem instalando iluminações festivas.
Segundo se julga saber, a maioria de comerciantes e empresários desconheceriam a possibilidade de serem anunciantes da revista propriedade da Câmara Municipal.
Tendo em vista a transparência dos procedimentos e se evitarem mal entendidos, o dito Gabinete de Imprensa da Câmara ou, com mais justificação, o Senhor Director da “Sintra Cultural” deveriam esclarecer:
1. Que razões que levaram a “Sintra Cultural”, na Edição Especial, a servir de veículo publicitário, em regime exclusivo para apenas três entidades?
2. Se o comércio local foi informado da possibilidade de anunciar no espaço camarário que a "Sintra Cultural" representa.
3. Sendo as Festas relacionadas com a Freguesia de Santa Maria e São Miguel, qual a razão de envolver um anunciante de S. Martinho e outro externo a Sintra?
4. Como foram fixados os custos do espaço anunciante?
5. Qual a receita entrada nos cofres da Câmara Municipal de Sintra, relacionada com os anúncios publicados na Edição Especial da “Sintra Cultural”?
Certamente que comerciantes e munícipes têm todo o desejo de conhecer – até para aplicação futura – quais os critérios para anunciar numa revista Camarária.
2 comentários:
Depois de ler esta noticia, fez-me recordar quando fiz parte da Comissão de festas em hora de Nº Senhora do Cabo, (quando passou pela minha freguesia), foram monentos que nunca mais esquecerei.Embora foi um trabalho arduo que todos os elementos tivemos( mas mereceu apena), desde contactar as entidades, empresas, comercio e particulares, para que nos podessem apoiar, a Câmara demos um subsídio, e apoiomos com Os Ranchos,bandas e outros grupos. Também tivemos apoio da Junta, com pessoa, palco, instalações e toda a logistica possível. Também tivemos todo o apoio e colaboração por parte da Igreja. Quando recordo tudo isto sinto uma grande felicidade, orgulho de ter feito parte desta (famila), um grande bem haja.
Agora voltando à sua noticia:- penso que se está a referir ao livro( programas das festas),esta costuma ser feito e editado pela comissão de festas, sendo assim os anúnciantes contribuiram para a sua edição.
Estimado Senhor Amadeu,
Obviamente que o meu artigo apenas pretende abordar a questão da Edição Especial da revista Sintra Cultural.
As Festas da Nossa Senhora do Cabo Espichel fazem parte da nossa vida. Guardo, com todo o carinho e acima de tudo respeito, um filme da penúltima dessas festas.
Também, como é natural e normal, a Câmara deve garantir apoios para esta realização - quando dá tanto dinheiro por aí a outras coisas bem diferentes.
A razão de ter feito um artigo prende-se com o facto da Câmara ser responsável por uma Edição Especial da Revista Sintra Cultural publicar uns anúncios aparentemente seleccionados (por quem?)quando - segundo penso - nesse tipo de documentos estar interdita a publicidade.
Por outro lado, sendo anúncios publicados numa Revista camarária, a receita só poderá ter sido para a Câmara. Outra situação seria mal interpretada e incorrecta.
Acresce o facto de não existirem - ou não deveriam existir - comerciantes e empresários de primeira e de segunda, pelo que a escolha dos três anunciantes - sem que outros pudessem também aproveitar a "oferta" - não se reveste de grandes virtudes.
Cumprimentos,
Fernando Castelo
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