Ausente do país, com o grato apoio de um familiar na manutenção do blogue, não deixei de procurar saber notícias de Portugal e Sintra.
Nada mais difícil. Portugal quase desapareceu dos noticiários. As nossas Têvês internacionais são pouco acessíveis porque não são procuradas.
De Sintra, nada. O Glorioso Éden é muito mais para consumo interno.
Entre riquíssimos patrimónios e sua administração local, apurei que os políticos, na sua esmagadora maioria (dito pelos administrados) se dedicam exclusivamente aos cargos para que foram eleitos, procurando, sim, cumprir com os compromissos assumidos.
Aliás, ao longo de muitos anos, em parte alguma do mundo (excepto por cá) me apercebi de alguns políticos que tão descaradamente misturassem os cargos com outras façanhas, numa frenética busca de ascensão.
Pode dizer-se que o político-telenovela é Português e bem nosso. Joga por episódios. Lança dicas nuns dias e finge nada ter dito noutros. Anseia por fotos. Diz o que não disse e raras vezes fará o que disse.
O político dos folhetins sabe, porque lhe terão explicado, que as telenovelas têm audiência. Logo é bom aparecer, colocar-se em boas posições para que as câmaras o foquem ou enfoquem. É um técnico das técnicas do folhetim.
Este estilo político, com custos elevadíssimos para a sociedade, não consegue vingar na maior parte dos países. Os eleitores cheiram-nos à distância, isto é, vêem-nos e rapidamente os arredam dos lugares que ocupam.
Daí que os locais com património histórico de valor incalculável sejam respeitados em níveis que para nós causam espanto. Vi agentes da autoridade a proibir – por uma questão de respeito – que pessoas se sentassem nas escadarias de um monumento ou na berma de um fontanário…
Claro que muitos desses autarcas também se debatem com dificuldades financeiras para responder às necessidades, mas não vão recorrer ao crédito para financiar relvas sintéticas. Aplicam o dinheiro no desenvolvimento económico e estabelecem estruturas comerciais adequadas ao turismo.
Sabem, sem falsa fanfarronice, gerir as dificuldades com que se deparam todos os dias, sem necessidade de se mostrarem ou exibirem. São eleitos para tomar decisões e arranjar soluções.
Se tivermos em conta o que se passa por cá. Se nos lembrarmos da triste história da Fonte Neo-Manuelina da Estefânia. Se até se permite caravanismo selvagem junto ao Centro Histórico, não é preciso dizer mais nada…
2 comentários:
De facto ao longo dos tempos tenho vindo a conhecer um número cada vez maior deste tipo de vedetas-frustradas. Gostam das luzes, gostam das câmaras (gostam menos da "acção"), fazem poses, esticam pescoços, mostram-se descontraídos e exageradamente sociáveis - são uns porreiraços! O calor dos focos de iluminação fá-los sentirem-se bem, mas é quando o microfone chega que a alegria transborda. É nesse momento que tudo pára, que ninguém fala só para os ouvir. E ali ficam durante o tempo que lhes deixarem, por vezes a falar de tudo menos a responder à questão que lhes foi colocada. Afinal, o importante é que os outros os oiçam e que eles se oiçam a eles próprios também.
Quando tudo acaba uma leve sensação de tristeza volta, apenas compensada pelas entrevistas que passam nas tvs no dia seguinte (tanto trabalho para tão pouco tempo de estrelato...).
Já tenho pensado: será que estas pessoas não têm família, amigos (de verdade), colegas à sua volta que lhe digam que o lugar dos artistas não é está nos cargos que ocupam?! Será que nunca ninguém lhes falou baixinho ao ouvido e lhes explicou que nas profissões que (mal) escolheram não são precisos actores mas sim quem cumpra promessas e goste do que realmente faz? Espero, francamente, que um dia todas essas pessoas tenham a oportunidade de ouvir uma voz - bem ao estilo de uma apresentadora de TV - gritar-lhes: "Pr'ó Palco!". É lá o vosso lugar.
Como eu vejo os n/políticos,não à dúvida que são os bons actores e interpretam muito bens o papel que desempenham, não concordo com os administrativos,(os políticos) não cumprem com o que prometem durante a campanha eleitoral. Vivo numa freguesia do Concelho , onde nada se tem feito,quanto ao número exagerado de funcionários,como tanto se tem falado na comunicação social, (tudo se deve aos políticos
quando tomam posse nomeiam os assessores), antes do final de mandato fazem concursos para passar os ditos( senhores/as) aos quadros, e assim sucessivamente.(eis o que se passa nas empresas municipais, descaradamente nomeações politicas, não foi à muito que o Presidente da Junta de Pero Pinheiro foi nomeado para a administração da educa). E muitos outros,no decorrer dos mandatos ,nas Juntas passe a mesma coisa. lá se vão encaixando os amigalhaços, e os que já existiam vão marcando passo.
Quando necessitam de verbas aumenta-se o iva o Irs etc. (Governo),as autarquias aumentam as taxas e o povo paga, assim aguardamos pelos próximos capítulos.!!!
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