"Tão sintrense como os que vivem entre Casal de Cambra e Cabo da Roca ou entre São João das Lampas e o Barrunchal.Ser-se sintrense é um estado de espírito, de amor a esta terra bafejada por riquezas naturais,tantas vezes desrespeitadas.O mais importante em Sintra é procurar que a grande maioria das 500 mil pessoas(*) que por cá vivem possam ter melhores condições de vida, ofertas culturais e justiça social. É com esses que me preocupo. (*)Não é verdade. Somos 377.835 pelo Census 2011. Alguns políticos sintrenses é que diziam 500 mil...eles saberão porquê".
(Assim começou no dia 8 de Março de 2011 e assim se manteve até hoje)
(Ainda há espaço)
Um dia para despedidas!
Hoje é um dia difícil para nós! Este blogue despede-se dos Amigos que nos visitaram e criaram opinião sobre quem vinga à custa de falsas ideologias.
Foram 12 anos de caminhada desde 8 de Março de 2011, 1262 mensagens, 983 comentários e, por publicar, ainda ficam guardados 116 artigos. 649305 visitas.
Julgamos que a nossa mensagem original foi cumprida, espelhando verdades ocultadas, jogos de poder e "vanguardas" defensoras que nos traíram.
Deplorámos a teia do servilismo bacoco "cheirando" ao regime fascista com alvissareiros e louvadores em busca de recompensas, prémios ou vaidades pessoais.
Em 12 anos fizemos um pouco da nossa história de Povo, do sofrimento à indiferença, sem procurarmos mordomias, viagens, negócios ou cargos oferecidos.
Falámos do quadro da União Nacional fascista que se faz da "geração de abril" e lutador "pela liberdade", unido aos que gritavam "Povo não quer fascistas no poder".
Não esquecemos o alvissareiro "bem informado" que em 2018 nos mentiu ao anunciar a reposição da pedonal sobre a Via Férrea, que fora desmontada em 2011.
Lembrámos o Museu do Brinquedo tirado às crianças, o Netto dito para Pousada mas vendido e a Pousada que pagámos e agora tem aquisição recomendada.
Citámos o campeão do "Me congratulo" no Parque da Cavaleira e do "Concordo" na Pousada, com os reflexos conhecidos no dinheiro dos munícipes.
Com o pretexto de "fruição coletiva" e "intervenção cultural do município" comprámos a Mont Fleuri por 2.800.000€ mas lá não entramos e passou a uso quase exclusivo.
Iludem-se 400.000 habitantes com um dito "Hospital" que se configura como Unidade Local de Saúde, sem Banco de Urgências 24 horas por dia e camas para externos.
De tudo isto, que benefícios redundaram para os municipes? Qual a relação entre a receita dos impostos e a aplicação homogénea a que TODOS temos direito?
Políticos que almejam votos alhearam-se de, no corredor Cacém-Queluz, a maior movimentação diária ser no sentido oposto a Sintra...desde que votem.
Neste "figurino" de gestão, vimos o edil sintrense no Metro de Lisboa em campanha eleitoral mas não exige que o mesmo venha servir o populoso Concelho de Sintra.
Porquê? Porque tal iria conduzir a movimentos para a criação de outro concelho na parte oriental deste vasto território sintrense, gerido por outra comunidade.
Vive-se da política das mentirolas, do licenciado que o não é, do "vai fazer-se" e não se faz, de tolices misturadas com patetices que se esvaziam com o tempo.
Na política de Tachos e Tachados, tal como cogumelos, os "empregados do poder" multiplicam-se enquanto o Povo que trabalha se sacrifica e os suporta.
Criámos uma sociedade em que, de quatro em quatro anos, não escolhemos quem nos governe bem mas quem irá ter mordomias e usufruto de cargos.
As vaidades de Sintra omitem que há quem viva num autocarro, quem use caminhos de lama e buracos e de tudo os responsáveis se finjam "desconhecedores".
A responsabilidade é de todos nós, a degradação é tão pronunciada que trai pequenos e grandes sonhos de Abril, perdendo-se o espírito de cidadãos.
As sociedades apodrecem quando haja benesses caso a caso, prémios e mordomias para quem tenha qualidades de venerador, grato e obrigado.
Tal estado de coisas apenas serve para quem viva pelo poder, que a tudo recorra para se exibir, se mostrar influente, quando a prática tudo pode desmentir.
A despedida...
Em primeiro lugar para os 147 seguidores que se identificaram na nossa página e nos honraram com o seu nome, que sentimos sempre ao nosso lado. Obrigado.
Em segundo lugar a especial gratidão ao Movimento Defensor dos Sintrenses que nas suas páginas sempre nos acolheu e nas quais nos ligámos aos leitores.
Aos Leitores que, pesem eventuais divergências, comungaram as preocupações para se atingir uma sociedade mais justa, expressamos o nosso apreço.
Perdemos Amigos mas nunca deixámos de sê-lo. Comungando nos objetivos do melhor para Sintra e Suas Gentes, entendemos que a vida não lhes será é fácil.
Em 12 anos, só num executivo a "Oposição Não Submissa" se manifestou, sendo a quase indiferença de outros o melhor "serviço" ao alheamento.
Neste cenário de indiferença não nos revemos.
Um abraço fraterno
Fernando Castelo
2.11.2023