É uma verdade que, quando interesses futuros estão em jogo, logo vemos o empenho de umas tantas almas – vindas de fora – que nos enchem o coração de encantos.
Sempre para o nosso bem, sem a mira de subsídios ou desinteressados apoios, ciclicamente alguém nos insinua que, desta vez, sim, é que é.
Oferecem-nos, sem custos adicionais, pavilhões auditivos onde do abastado ao pedinte todos serão escutados. Apresentam-se como veículos, veja-se bem, para a felicidade colectiva, livre de ideologias, crenças religiosas e outras profissões de fé.
Depois de 10 anos de privação do sentido de ouvir, aprovando as decisões que levaram ao mais brutal passivo exigível de que há memória, sem medidas de desenvolvimento que contrariassem o galopante aumento do desemprego, dá para ver que a caixinha de Pandora continuará a ser um mito.
Ciclovias virtuais, mais de 100 áreas clandestinas adiadas, transportes públicos desajustados, Centro Histórico e património por respeitar, são referências.
Terá sido por “culpa de outros”?
Dá para ver o caminheiro que nos aponta desinteressadamente o caminho da felicidade participativa da base à cúpula, com independência militante, escutando o que não foi escutado em 10 anos. Como é boa a intenção. Muito boa…
Dá para ver patrões e empregados mancomunados, políticos e protegidos, cortes estruturadas e quase hierarquizadas, actores pouco solidários com quantos se cruzam com eles no dia a dia, mas agora subitamente empenhados na contrição.
Chegámos à fase de preparo de campanhas, depois virá a altura da conversão de projectos em plataformas de apoiantes, fazendo augurar uma renhida luta pelos lugares disponíveis logo que no horizonte brilhe a estrelinha.
Sintra precisa de sintrenses com pensamento independente, descomprometidos e disponíveis para projectos de evolução e não para garantir clientelismos atrofiadores.
Terão de ser os sintrenses a escolher sintrenses com o perfil adequado a conduzir Sintra para um futuro de progresso, respeito efectivo pelas suas raízes, pelas suas gentes e pela melhoria da qualidade de vida.
De falsas dedicações já estamos fartos.
Dá para ver.
4 comentários:
Estimado Anónimo, funcionário público,
Compreendo perfeitamente a sua indignação perante a campanha que se desenha e custos associados.
No entanto, quando existirem provas inequívocas que possam ser publicadas, não deixarei de tomar em consideração as suas palavras.
Por agora, apenas no vago sobre a utilização de meios públicos e apoios escondidos, tomei a liberdade de não publicar o seu comentário, para evitar eventuais "ofensas" sentidas por quem não se preocupa em ofender-nos.
Creia na minha disponibilidade para divulgar a matéria indicada por si.
Um abraço,
Fernando Castelo
NOTA: Até para que quem quer publicidade...não a tenha por aqui.
Estimado Fernando Castelo,
Fez muito bem em não divulgar o meu desabafo.
Tirou-me o peso de poder estar a ser má lingua.
Bom trabalho
Funcionario publico
Caro Anónimo, funcionário público,
Acredite que estou plenamente convencido da sua razão e que, de forma disfarçada umas vezes e noutras às claras, as campanhas a médio prazo sem que os partidos ainda tenham decidido, podem descaír para a utilização de bens e equipamentos que são mantidos pela sociedade.
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São formas de pressão e, por vezes, as varejeiras logo se sentem atraídas, em busca do que possa vir a seguircomo "alimento".
Tenho visto de tudo. O que me escreveu não é estranho.
Vamos aguardar pelo avanço do processo e, com mais precisão, dê notícias.
Um abraço,
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