domingo, 27 de maio de 2018

ROSA ESCARLATE


A ROSA ESCARLATE

Vi uma rosa chorando,
Escondida no quintal,
Perguntei-lhe: - Desde quando,
Fugiste do teu rosal?

Logo lágrimas brotaram,
Em pingos...como cristais.
Sobre veludo ficaram,
Eram segredos florais.

De veludo escarlate,
Julguei querer um carinho,
Doce como chocolate,
À beira do meu caminho.

O pretexto foi limpá-la,
talvez mesmo com amor,
Chorou mais, ao abraçá-la,
Picou-me, causou-me dor.

Roubei então com rudeza,
Duas lágrimas pequenas,
para meus olhos molhar.
Tinham ardor de tristeza,
Muitas mágoas e penas,
Difíceis de apagar.



Lágrimas lhe fui tirando,
Com o dedo que picou,
Esquecido de tal mal.
O veludo foi voltando
E tão bonita ficou:
A rosa do meu quintal!


Sintra, 27 de Maio de 2018


Com votos de Bom Domingo para os estimados visitantes deste blogue. 


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