terça-feira, 20 de março de 2018

SINTRA: E SE CONDICIONASSEM AS CONFUSÕES?

Insustentáveis levezas que nos "condicionam"...

Nos últimos dias (estão sempre a acontecer...) lemos duas fantásticas notícias, daquelas que, em épocas eleitorais, nos levam sempre a meditar. 

Vamos a elas 

Trânsito condicionado ou baralhado?

É penoso lermos alterações em matéria de trânsito que não passam de simples baralhação em vez de soluções para as anormalidades há muitos anos conhecidas.

As medidas anunciadas para 26 deste mês são mais protectoras de carros Serra acima e das receita do estacionamentos do que do ambiente e das pessoas. 

Trânsito que desce passa a subir ou o inverso. Mais viaturas descerão a Calçada da Pena entroncada com a da Penalva, agora com viaturas que sobem por Santa Maria.




A devassidão da Calçada da Pena está à vista. Os Senhores Presidente e Vice-Presidente gostariam de viver aqui? Com Autocarros, carros, tuk-tuks e por aí fora? 

Imagine-se o desassossego nessas urbes que fizeram a história de Sintra. 

A baralhação anunciada é o cair do pano sobre a incapacidade dos políticos sentirem o que é um Centro Histórico e adequá-lo a regras como se faz por esse mundo fora.

Em quantos Centros Históricos, mais ricos ou pobres, carros e autocarros não deixam os passageiros distantes, com os visitantes acedendo a pé até eles?

Concomitantemente há transportes públicos com veículos de menor porte - mas só esses e exclusivamente - para quem não opte por caminhar a pé. 

Porque toma a Câmara opções tão confusas, abrindo caminho ao parqueamento selvagem na Pena...e fomentando o estacionamento poluidor na Volta do Duche? 

Os tristes exemplos de incêndios e poluição não dizem nada à Câmara?

Alguns dos milhões propalados deveriam (isso sim) aplicar-se em dois ou três silos com cave e até dois pisos acima do solo, aí recolhendo milhares de carros.

Silos com custos que poderiam incluir transferes, Zonas Históricas, Palácios e Museus (incluindo Odrinhas e o Eléctrico) em viaturas não poluentes.

Curiosa (ou estranhamente...) no "novo" condicionamento não há alusões ao que será o mais acessível de todos os parques: O do Ramalhão. 



Vídeo recolhido esta manhã. Segundo disseram no local alguns motoristas dirigiram-se aqui por recomendação das autoridades...mas este nem consta da Planta...

Isto seria demasiado para a cabeça de alguns decisores? Não acreditamos.

Quem mostra e quem elege os destinos?

Como a credibilidade do Jornal de Sintra não admite dúvidas, no passado dia 16 de Março, sem indicação de fontes e sob responsabilidade da Directora noticiava:

               "Sintra eleita um dos destinos mais sustentáveis do mundo"

Seria um trabalho de investigação muito interessante saber-se quem esteve no terreno e com que contactos se obtêm estas tão altas classificações "do mundo". 

É certo que uma outra categoria superou a "do mundo", mas essa já era só a "Melhor do Planeta", distinguindo o Arquipélago dos Açores que daqui saudamos.

Sintra (Vila) consta na Categoria de "Melhores Cidades e Comunidades", "a nível mundial" por "proteger a sua cultura e tradições", "envolvendo a comunidade local na defesa de um turismo sustentável e contra o chamado "turismo de massas"".

Exactamente isso que lemos, não há volta a dar. 

Esta de "turismo sustentável" e contra o "turismo de massas" arrumou-nos. 

Talvez tenha a ver com o condicionamento do trânsito agora anunciado...

Apenas diremos que Sintra não merece.



Sem comentários: