quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

SINTRA: AVISO DE UM PERIGO, "ARRASTÃO" CANINO


Ontem, por volta das 17 horas, quem passou no entroncamento da EN9 com a Rua das Cevadinhas (liga a Escola Nacional de Bombeiros ao Ramalhão) teve uma visão de perigo eminente para quem ali passasse a pé e de danos nos veículos. 

Uma matilha com cerca de duas dezenas de cães semi selvagens, saiu do arvoredo junto a um alcunhado parque de estacionamento e, talvez pela chuva, vieram "manifestar-se" entre viaturas, ameaçando atirar-se a quem abrisse vidros. 

Este o parque que dignamente a Câmara disponibiliza para viaturas turísticas

Naquela mata, por detrás destas viaturas, ao longo dos anos têm-se juntado animais perdidos ou abandonados que alguém alimenta, facto que não preocupará a Câmara, entusiasmada entre ciclovias ou estacionamentos pagos em locais históricos.

De tal "arrastão" ficámos impedidos de tirar fotos porque estando a chover tornava-se perigoso abrir os vidros, tal a ameaça que nos rodeava, com cães de variados portes e todos fortemente agressivos. 

Ficámos preocupados porque nesse mesmo local passam, a certas horas, pessoas que a pé se destinam à ENB ou dela se dirigem para as paragens de autocarro.

Será que nos Serviços Camarários, até sanitários, ninguém sabe disto? Que pena Sua Excelência não dar uma voltinha pelo local, a pé, fazendo prospecção.   

Fica o AVISO, para que pessoas e bens sejam defendidos urgentemente. 

Sintra: Concelho de "importação" de canídeos

Há anos, escutando-nos os Autarcas com o devido respeito, merecendo a valorização dos alertas, colocámos este problema numa sessão camarária, pois em Sintra entram animais abandonados ou perdidos e que chegam vindos dos Concelhos vizinhos.

De outra vez, escrevemos sugerindo uma linha gratuita (800 xxx xxx), por exemplo no canil, que funcionaria em dois sentidos: Informação sobre animais que se notam perdidos e tentativas de localizar animais cujo controlo os donos perderam. 

Tal sugestão não mereceu nada,,,talvez ficasse demasiado cara, talvez uma chatice. 

É por isso, pela forma como também os animais são tratados, que podemos avaliar a qualidade da sociedade onde estamos inseridos. 

Ficamos, pois, à espera de uma exemplar acção camarária, a ser - estamos certos - enaltecida pelos meios adequados, mas que salvaguarde a saúde pública. 

Sintra não merece isto. 


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

SINTRA...CÂMARA SABE DOS PORTÕES EM SANTA EUFÉMIA?

Durante dezenas e dezenas de anos, Santa Eufémia foi, além de um espaço de Culto, também um lugar de portas abertas à fé e a quantos lá gostavam de aceder. 

Era um local de liberdade. Pode dizer-se - pela história de como lá se comemorava o 1.º de Maio - que no respeito pelo povo, se gostava dele limpo de lixo e de fascistas. 


Mirante, construído pela Comissão de Melhoramentos de Santa Eufémia com ajuda da Comissão Administrativa da CMS de 1976

"Santa Eufémia da Serra - Berço Histórico de Sintra" todos os dias com flores viçosas 

Na época, aceder ao Largo da antiga Pousada, aos Banhos de Santa Eufémia e a um portão da Parques de Sintra - Monte da Lua, fazia-se pela Rua Miguel Torga.

Porém, a vocação expansionista da Parques de Sintra (já sem Monte da Lua), levou a que acessos privados e de fornecedores se fizessem pelo tal portão do Largo...

...Mas como? Se a Rua Miguel Torga era tão estreita? Alargá-la? 

Quase sem percepção das populações, fora dos terrenos da Parques de Sintra, construiu-se uma via entre o Largo de Santa Eufémia e o Largo da Pousada.

Nessa altura, uma entidade indeterminada (não vimos...por isso não podemos dizer) permitiu-se na colocação de sinais de trânsito sem aprovação camarária...

O Adro da Igreja foi-se convertendo num espaço de passe, com viaturas a passarem com inacreditável frequência, numa devassidão imprópria de um Local de Culto.

Escrevemos sobre o tema no Jornal Cidade Viva (21.7.2009) e fomos recuperando neste blogue, tendo de novo abordado em Abril de 2015 (por favor clique).

Quem manda neste território?

Devagarinho, com passinhos suaves, aquele local de portas abertas ao sossego e à meditação, passou a outro nível, ao regime de quase exclusividade...

Com a oferta de uns bancos para merendar, montaram-se dois portões para impedir a entrada, certamente de intrusos, que não se destinem à Parques de Sintra.

O primeiro portão ainda na Rua de Santa Eufémia, via pública. A Câmara licenciou?

Coloca-se aqui a primeira questão: - Este portão está numa via pública, antes da entrada para a zona do Adro. Quem autorizou a tal montagem? 

Depois, dentro do Adro, a via construída quase em segredo, também beneficiou de um portão, junto ao qual foi aposta sinalização. 

Sob o sinal de proibição: - "Excepto veículos PSML e veículos prioritários"

No verso dos sinais, nenhuma alusão à aprovação pela CMSintra

Como é possível as estruturas eclesiásticas permitirem que no seu território, no seu espaço patrimonial, se façam coisas e atitudes destas?

Note-se: - O acesso à herdade da Parques de Sintra sempre foi garantido pelo portão que a mesma tem junto ao final de Rua de Santa Eufémia...e mantém encerrado.  

Qual a posição da Câmara neste domínio?

Vamos a ver: - A Câmara Municipal mantém-se alheia a estas modificações numa via pública? Autoriza o fecho de uma Rua feito por qualquer entidade? 

E depois, a devassidão perpetrada num espaço que era de caminho pedonal entre o Adro e a a antiga Pousada, abrindo nele uma caminho que foi asfaltado?

Agora qualquer entidade procede desta forma, cria condições para se mostrar com poderes  para efectuar o que muito bem sirva os seus interesses?

Obviamente se a Parques de Sintra precisava de mais fáceis acessos teria de falar com a Câmara, eventualmente colocando sinais alternados na Rua Miguel Torga.

Agora, como será em caso de emergência grave que se acede rapidamente ao local estando a via fechada pelo pesadíssimo portão?   

A Câmara não se pronuncia? Não fiscaliza? Ou....

Talvez seja isso, ou....

Sintra não merece isto. 



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

SINTRA: OBRAS CAMARÁRIAS, SOLUÇÕES OU COMPLICAÇÕES?

Aos visitantes deste blogue dirijo uma pergunta singela: - Há ou não responsáveis pelos diferentes projectos, acompanhamento da obra e aprovação para pagamento?

Mas há mesmo? Bem, às vezes, com custos suportados pelos munícipes,  vêem-se passar uns carros camarários a cujos ocupantes o zelo obrigaria a olhos atentos. 

Inventou-se uma aplicação (sintraresolve) talvez para transferir o ónus de alerta para munícipes, libertando servidores camarárias de tão cansativa diligência.   

Daremos só dois exemplos (havia muitos...) para que o cansaço dos leitores não seja maior que o dos responsáveis técnicos que podemos entrever sobre quatro pneus. 

Durante meses (a última em 15 de Janeiro deste ano) mostrámos os sinais de trânsito por ligar na Avenida Raul Solnado, nada serviçais para o fim em vista....

...que seria (farão o favor de desculpar a nosso tão ligeira convicção...) a garantia de segurança para peões, pese os perigos a que os mesmos estarão expostos.


Finalmente a funcionar 

Permitam uma Informação: - Funcionam há dias e esperámos a notícia em primeira mão no site camarário, com foto do cortar da fita e alusão aos milhões envolvidos...

Nada conseguindo ler nessa página de boa alma divulgadora de feitos, vimo-nos obrigados a tomar o êxito nos nossos dedos, batendo as teclas da indignação.  

Publicamos foto a mostrar como ficou a parte dos peões (seus utilizadores) - sabe-se lá se por ter sido próximo da hora do almoço ou de algo retemperador:



Resta-nos colocar aqui uma pergunta: - Que técnicos qualificados visionaram a obra e, eventualmente a deram por concluída, permitindo (se o foi) o seu pagamento?

Uma complicação...

Solução que gerou complicação...

Vamos, agora, ao segundo exemplo: - ENTRADA DA ABRUNHEIRA

Durante anos reclamou-se um Rotunda à entrada da Abrunheira, que - além de outras coisas - permitiria centralizar as paragens das carreiras da Scotturb. 

Em 2008, nesse local, um anterior autarca andava de Projecto na mão, mostrando a quem tinha paciência e tempo, como iria ser alterada a entrada da Abrunheira. 

Houve quem conhecendo o local o avisasse, lhe dissesse que era uma aberração, mas estava ganho pelas Obras Municipais...e fizeram...melhor se desfizessem.

De então para cá, o espaço reservado a descargas atafulha-se de carros que chegam a ser um obstáculo até meio da via, estaciona-se na passagem de peões. 

Faz-se perigar a vida dos peões, há atropelamentos por condutores que são obrigados a ultrapassar fora-de-mão sobre a passadeira. Foi Obra pró-anarquia. 

Sabemos porquê...

Uma "concessão": Estes dois condutores...deixaram algum espaço para o trânsito...

O pilarete na passagem de peões é sistematicamente destruído. O estacionamento construído pela Câmara para Descargas vai para além da protecção da passadeira

O estranho, mais estranho ainda, é que passam autoridades no local e nem se apercebem desta anarquia, situação perturbante para especialistas na vigia de Rotundas.

Passados quase 10 anos sobre este tão gritante erro das Obras Municipais, de frequentes alertas para o erro e para a anarquia, parece que tudo passa ao lado. 

Estaremos enganados? Os decisores desta "Obras" é que estão em plena faculdade das suas funções na obrigação de cuidar do bem estar colectivo?

Então Sintra merece mesmo isto...devemos seguir este caminho!


domingo, 11 de fevereiro de 2018

ALASKA, NOSSA VIAGEM NESTE DOMINGO

Viajar até ao Alaska é viajar até um outro mundo, apelativo, onde encontramos conceitos e perspectivas de vida bem diferentes daqueles que temos.



Há no Alaska um forte espírito de solidariedade, com a partilha de objectivos colectivos, pois consideram que todos precisam de todos.  

Saímos de Lisboa às 5,05h (voo Lufthansa 1173), em Frankfurt tomaremos um 747-400 até Seattle, para depois chegarmos a Anchorage em voo da Alaska Airlines.


Anchorage, quando o Sol se põe a Ocidente (junto ao aeroporto)

Serão cerca de 26 horas de viagem, para chegarmos ainda de dia: - às 16,38 horas. 

 À chegada telefonamos à nossa Amiga Isabel, uma alemã que um dia, na sua juventude, rumou a Alaska para um estágio de três meses e, passados 18 anos, não tinha voltado ao seu país, rendida à vida livre, à família que constituiu, aos seus cães.

Quando há neve forte, não precisa de ir à empresa onde trabalha, porque os caminhos estão bloqueados, mas trabalha em casa como muitos dos seus colegas.


O sinal é bem claro: "Reserved parking"...e ninguém ousa desrespeitar...

No Inverno as paisagens são de uma brancura imaculada, mas a partir de finais de Maio os dia muito longos vão mostrando a verdura que esteve oculta.

O Alaska será o último lugar da Terra onde a vida selvagem é possível, a natureza, tão agreste em certas condições, dá-nos a alegria de sermos cidadãos do mundo.

A natureza no seu aspecto mais puro

Para o Alaska não há muitas palavras, porque é diferente de tudo. Esta página levaria metros se quiséssemos mostrar tudo o que nos espanta, a alegria do residentes.

No Alaska a vida é dura mas os residentes não sonham viver noutro lugar. Convive-se com as espécies: - os ursos, as águias, as focas fazem parte da "comunidade".





No Alaska é difícil saber-se onde acabam as montanhas e começa o céu, ou se, realmente, é o céu que desce à Terra, abençoando quantos lá vivem. 


E o Mar, como o mar é extremamente belo. Como nos rendemos ao percorrer o Mar de Bering e sermos confrontados pela pureza da água e dos elementos que flutuam.





Do porto de mar de Valdez, todos os dias Homens de muita coragem e determinação partem para o mar, que às vezes tanta violência tem...

As cidades, pequenas e tão diferentes das europeias, sem urbanizações,  arranha-céus, sem longas avenidas, mas com hidroaviões à porta para se deslocarem. 

Em Fairbanks não deixe de viajar de barco como se estivesse no Mississipi.


Na bela cidade de Seward, onde no Alaska SeaLife Center vimos um polvo de tamanho monstruoso que nos seguia, come-se a melhor pisa do mundo, garantidamente. 

Seward junto ao porto de mar

Estaríamos longas horas a escrever sobre o Alaska e como é a vida por lá, daria um romance. Deixamos a sugestão de um dia se decidirem a lá ir. Merece ser visitado. 

Não há muitas cadeias hoteleiras, os hábitos são diferentes. Ir às compras pode ter de ser no pequeno hidroavião que estaciona numa rampa para um braço de mar. 

Não se admirem se ao pequeno-almoço tiverem donuts simples, mais donuts com açúcar, mais donuts envoltos em chocolate. Será sempre uma experiência nova.

Não faltaremos numa visita a North Pole, entrarmos na Santa Claus House onde encontraremos dos mais variados artigos para o nosso próximo Natal.  

Temos saudades do Alaska, dos seus cães que trabalham mais que muitos homens, que se excitam loucamente até lhes darem o sinal de partirem para a sua função. 

Voltaremos a ser felizes no Alaska...entretanto um fraterno abraço à Isabel.

Uma grande obra

Tivemos ocasião de ver o grande entusiasmo com que cidadãos norte-americanos ansiavam por ver in-loco o pipeline conhecido por Oleoduto do Alaska.


Oleoduto é assim em mais de 1200 quilómetros

Estação de bombagem do oleoduto acima de Fairbanks (mostra o sistema de funcionamento)

A obra, tão grandiosa, tem mais de 1200 quilómetros e iremos vê-la em grande parte do percurso entre Prudhoe Bay e Valdez, justificando o orgulho dos americanos.

Alguns com quem falámos, quase sempre de outros Estados da União que não o Alaska, valorizavam a grande obra e sua influencia na economia do País.

Tinham razão. Orgulho pela grandeza de uma obra e pelos benefícios económicos que dela resultam para todo o povo norte-americano.

Preparamos o nosso regresso e, depois de estarmos em Seward, uma potente máquinas de caminhos de ferro puxará o comboio que nos levará a Anchorage.


Tudo isto irei rever convosco, apreciar e guardar com experiência para o futuro. 

Esperamos que a viagem tenha sido do Vosso agrado.

Bom regresso. Chegaremos no dia seguinte ao da partida.




sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

SINTRA: IC19, "REFÚGIO" DO FALHANÇO NAS ACESSIBILIDADES

Gerir mobilidade no sistema "Ora bolas"

Não vamos falar da inabilidade para acabar com a concentração de viaturas em Sintra e Centro Histórico pois venceu a vocação por dinheirinhos de estacionamento. 

Recordamos que foi na anterior gestão que se alargaram a EN9 e o IC19, tendo em vista melhorar o tráfego rodoviário, a mobilidade e acessibilidades em Sintra. 

A EN9 tinha uma faixa em cada sentido mas a abertura de um Centro Comercial na Beloura justificou a sua duplicação como resposta ao aumento de tráfego local.

Todavia, após a Rotunda que dá acesso ao quartel de Bombeiros, a EN9 continuou com uma só via, afunilando o trânsito até à saída de Ranholas onde se entra no IC19.

EN9 à chegada ao Ramalhão - 6.2.2018

Praça El Jadida (Rotunda junto ao Ramalhão) - 6.2.2018

Agora, a EN9, nos acessos ao colégio no Ramalhão e pela fuga às portagens na A5 e A16, atafulha-se de viaturas vindas da Beloura e de Cascais em direcção ao IC19.

A partir da Rotunda junto aos Bombeiros, sobre terrenos públicos, a engenharia teria encontrado forma de ligar a EN9 ao IC19 ou à A16, até por viaduto suspenso.

Temos o resultado de politicas de mobilidade e acessibilidade feitas a meio termo.

Sem soluções planificadas e em tempo executadas o resultado é "Ora bolas!"

Reflexos da má qualidade das circulações rodoviárias

Não se diga que Sua Excelência não quer saber. Gostará de saber...ou só lhe dirão aquilo que sabem gostar de saber, em vez de contarem o que deveria saber.

Se o Senhor Presidente da Câmara contasse com uma equipa especifica para o estudo dos transportes rodoviários e seu ajuste à mobilidade, outra seria a realidade. 

Saberia quanto de difícil se torna aos utentes cumprirem obrigações diárias quando entre carreiras chega a haver intervalos superiores a 4 horas, como na carreira 442.

Como é que residentes em Nafarros, Azenhas do Mar ou Azóia (apenas exemplos) chegam ao seu trabalho se não forem obrigados a recorrer a viaturas particulares?

Os parques junto de algumas estações têm de ser vistos como apoios de recurso e não incentivos à utilização diária de viaturas em prejuízo dos transportes públicos que devem ser obrigados a dar a cobertura adequada e necessária ao território. 

Quanto paga a Câmara, mensalmente, às operadoras, a título de transportes escolares? Fazem-se estudos para apurar a percentagem de utilizadores? Os desajustes nos horários levam a que muitos familiares os transportem.

Como é possível sentir-se "satisfeito" quando as circulações não se ajustam à chegada de comboios às estações, chegando a partir exactamente nesse momento?

Temos a experiência de, nas chegadas do comboio a uma autarquia a 60 quilómetros de Munique, estar sempre um autocarro a aguardar passageiros durante 4 minutos. 

É por todo este falhanço na definição da cobertura do território, que os automobilistas se vêem forçados ao refúgio no IC19, juntando munícipes e de territórios vizinhos.

Mais. O preço elevado da Bilhética, em Sintra por carreira, obrigando nos transbordos a novos bilhetes (Em Lisboa o bilhete é válido por 2 horas).

Sua Excelência, se soubesse bem de horários, preços, conforto do serviço diria que está "satisfeito" com oferta de transportes no concelho?

Como seria bom - óptimo mesmo - que Sua Excelência nos poupasse destes sofrimentos, das angústias que os sintrenses passam nas suas deslocações.

E tantos milhões disponíveis como nenhum outro Executivo conseguiu guardar, para que destinos? Para que obras e para que patrimónios?

A "opção" bicicleta ao gosto de Basílio Horta

Se não bastasse quanto sofremos, ainda Sua Excelência, que se desloca para e de Sintra em confortável viatura, parece recomendar, por afirmações, o uso da bicicleta.

Mas uso para quê e para quem? 

Vejamos um curioso uso autárquico em Sintra, fora do preconizado que não satisfará os desejos de Sua Excelência: - Lúdicos, mobilidade saudável e económica.


A pé ou de bicicleta pela Volta do Duche...a cinza pelo Parque da Liberdade

Neste belo trajecto, a pé ou de bicicleta, Sua Excelência e seus Acompanhantes teriam 500 metros de saudável e arejado convívio, experiência inolvidável, visitando e vendo o estado em que se encontram os Parques da Liberdade e dos Castanheiros.

Seria mais. Seria a passagem à prática das recomendações ciclísticas...

O tempo - sabemos que precioso para Sua Excelência - não constituiria uma assim tão grande preocupação, já que poderia cumprimentar alguns artistas locais. 

Em contradição - sabemos que nos perdoará - porque permite Sua Excelência um trajecto com mais de 2 quilómetros para acessos - em viatura - ao Valenças?

Trajecto Paços do Concelho ao Palácio de Valenças por automóvel

Com a dinâmica ciclista de Sua Excelência (por favor clique) todos pedalavam para o trabalho, pela Várzea serra acima, com imagens correndo mundo, convergindo a Sintra milhões de bicicletas, tornando-nos o Reino das Mesmas...ainda sem Rei.

Jovens ou mais idosos, debaixo de chuva ou ao frio, sujeitos às intempéries, diariamente, dia ou noite, antes ou depois de um dia de trabalho, teriam a suprema realização de pedalar - e suar - subindo ou descendo os caminhos de Sintra.

E se Sua Excelência, na viatura que o transporta, os lobrigasse, não deixaria de lhes dar a salvação, o estímulo para pedalarem cada vez mais pela vida fora.

Percebe-se, então, como se torna difícil resolver os problemas da mobilidade e acessibilidades dentro do concelho de Sintra. 

Principalmente, porque as sociedade evoluem, a vida moderna é mais exigente, os períodos laborais são mais largos, mas tudo vai ficando na mesma. 

Ao menos que os responsáveis se sintam bem. Que pedalem... 

Talvez estejamos perante uma crise de pedais, permitindo que se fala em "passes metropolitanos" por um lado e bicicletas por outro...sem soluções.

Ora bolas! 

Sintra não merece isto. 


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

SINTRA...URGENTE ACÇÃO CAMARÁRIA NOS TRANSPORTES...

Ciclicamente (mais em ciclos eleitorais) aparecem políticos a falar dos transportes de Sintra, alguns arriscando viajar neles só em alturas eleitorais.

São gestos insignificantes, ocasionais, não denotando vocação, ou intenção, de que o objectivo final seja resolver os problemas com que se debatem os utentes.

Sugerem sintomas de que são mais desconhecedores da realidade do concelho do que às vezes se poderia pensar, neste caso envolvendo transportes públicos.

Como se fazem "obras" de prestidigitação

Já em 3.6.2013 (Sol.Sapo) se escrevia: "Passe único para a área metropolitana de Lisboa pode chegar em 2014". As eleições autárquicas aproximavam-se.

Passados quatro anos, sem nada de melhorias, foi de bom tom que - no evento comemorativo do 153º aniversário do DN - Fernando Medina deixasse a missiva de que a "Área Metropolitana de Lisboa vai ter um passe único".

Na intervenção, sentiu-se uma quase piedosa preocupação com os transportes de Cascais (Câmara do PSD), sem citar - talvez por lhe terem omitido - que em Sintra a qualidade dos transportes ainda é pior numa Câmara gerida pelo seu partido.

Recentemente, o Sintranotícias noticiou em estilo post-it que "O Vice-Presidente da Câmara de Sintra, Rui Pereira (PS), defendeu hoje a criação de um passe social "para toda a área metropolitana"". Queremos é acção. Soluções. 

Visão sedutora, talvez exageradamente desfasada da contínua incapacidade de resolver o sistemático arrastamento dos maus transportes rodoviários sintrenses.

Transportes Rodoviário em Sintra

Não enjeitamos que seriam encontradas soluções para a deficiência dos transportes públicos se os autarcas tivessem de os utilizar para chegar ao Município.

Os Serviços pouco ligam...os responsáveis viajam confortavelmente em viaturas  cujos custos são suportados pelos...munícipes sem transporte que os vêem passar...

Que preocupações vimos na Revisão do PDM em 2014 (Tema 10 - Acessibilidades, Transportes e Mobilidade)? Sobre a SCOTTURB apenas "No concelho de Sintra são disponibilizadas 26 carreiras, 18 circulam só dentro do concelho".

Poderiam ter contabilizado - isso sim - o número de circulações efectuadas e essa omissão é grave, porque não ajuda às decisões políticas. Agrada à Operadora. 

Vejamos, a realidade de hoje (5.2.2018) que os autarcas deviam conhecer:

A SCOTTURB é uma empresa de Cascais, onde paga os seus impostos, e vem a Sintra para cumprir o serviço de operadora rodoviária. Circulações efectuadas:   

SINTRA - Há 17 carreiras só dentro do concelho, efectuando 523 circulações (muitas incompletas) em dias de semana;  256 em Sábados e 311 em Domingos e Feriados:


  • De Semana, só 6 carreiras partem num dos sentidos após as 21 horas:
  • De semana, 8 carreiras partem entre as 19 e as 21 horas;
  • De semana, 2 partem para o último trajecto antes das 19 horas; 
  • Não considerámos o Circuito da Pena cuja última partida é às 18,20 horas;
  • Na carreira 403 (Sintra/Cascais por Azóia) a última partida de Sintra é às 19,10. Como querem os políticos que quem trabalha chegue a casa?    

CASCAIS - Há 23 carreiras só dentro do concelho, efectuando 795 circulações em dias de semana; 540 em Sábados e 493 em Domingos e Feriados:

  • De Semana, 10 carreiras circulam num dos sentidos depois das 21 horas:
  • De Semana, 13 carreiras partem entre as 19 e as 21 horas;
  • Não há carreiras cujas últimas circulações partam antes das 19 horas;


Releva-se que Cascais tem 97,40 quilómetros quadrados de território e as freguesias de Sintra servidas pela SCOTTURB somam mais de 244 quilómetros quadrados. 

A SCOTTURB, além dos passes escolares, tem aquela mina que é a carreira da Pena,  onde turistas de pé e aos encontrões, apreciam a qualidade da prestação.

As Coroas e a Rede Metropolitana

Seria estultice admitir que o Presidente da Câmara de Sintra, conhecedor de ciclovias para cá e lá do Cacém, não saiba que o concelho está dividido pelos transportes.

Com efeito, se de Lisboa ao Cacém os utentes beneficiam das Coroas de Lisboa, entre Rio de Mouro e Sintra sujeitam-se a outros incómodos e custos mais elevados. 

É estranha a grosseira passividade camarária neste campo, sem que os autarcas reivindiquem igualdade entre os 400.000 habitantes que citam noutras ocasiões.

Ao lermos o texto do Sintranotícias ficamos ansiosos pela concretização do "passe social" defendido para "toda a área metropolitana", opinião que não pode ser gratuita.

Todavia, nestas coisas, não nos podemos esquecer do velho slogan "Os ricos que paguem a crise" e, ao longo dos tempos, nós é que pagámos e os ricos continuam...

Os sintrenses, neste e noutros campos, querem é acções concretas que lhe permitam condições de vida mais facilitadas e adequadas à vida moderna. 

As palavras reproduzidas do Vice-Presidente que benefícios trouxeram - ou se vislumbram - para os Utentes dos transportes público de Sintra?

Sintra merece mais...muito mais, que palavras. 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

SINTRA, ABANDONO FARÁ PARTE DE UM PLANO?

As notícias e fotos que correm pelo site camarário - onde a Oposição não tem espaço - deixam-nos alguma admiração, não por bem escritas, mas pelo conteúdo.

São notícias a rodos, de encher olhos, cortar uma fitapuxar bandeira que tapa lápide, que de tantas fantasias os munícipes se vão sentindo rodeados.

"Sintra cria", "Requalifica", "Abre", surgindo a espaços ritmados a foto do farol do Cabo da Roca que omite a monstruosa antena lá montada e destrói a paisagem...

...tal como omite o negro candeeiro, desadequado e de mau gosto, que um dia um autarca permitiu que fosse montado frente à Câmara, no espaço que era de flores.

Ao mesmo tempo, não há olhos responsáveis que cuidem de manter a imagem de Sintra prestigiada pela manutenção cuidada de arruamentos, de estruturas.

Os entertainers continuarão convencidos que a Vila de Sintra é uma ninharia, talvez porque a sua ignorância cada vez é mais patente, pelo pouco que conhecerão dela.

Mas vamos ajudá-los, para que levem ao Sr. Presidente as missivas, para que Sua Excelência reserve uns tostões para arranjos que dignifiquem Sintra.

Se na Vila de Sintra se observam destas coisas a que ninguém liga, imagine-se como está a outra parte da mesma Sintra que liga Casal de Cambra ao Barrunchal.

O Jardim da Correnteza apresenta imagens como as que vamos disponibilizar:


É certo que é mais antigo que Sua Excelência cá por Sintra, mas com tantos milhões comprometidos (é assim que se diz, não é?) não sobrarão umas migalhas?

Alguém de confiança leve o Sr. Presidente ao local, mas por favor rodeiem Sua Excelência para que não caia no espaço em que não há degraus...sob risco de morte.

Há dias - dizem-me - havia agitação na Correnteza devido a um visitante estrangeiro lá ter dado uma queda com aparente gravidade. Serviu de algo? De respeito?

Há quanto tempo aqui alertamos? Há quanto tempo outros sintrenses falam?

Esse risco corremos todos, os que conhecem e não conhecem e em caso de uma fatalidade a Câmara Municipal terá de responder...não é uma brincadeira.

É este o Turismo que também oferecemos?

Falamos agora da Volta do Duche. Claro que sabemos existirem entertainers que não gostam da Volta do Duche, mas queiram ou não é nobre e digna de respeito. Há quanto tempo isto está assim? Que vergonhosa imagem passamos aos visitantes?


Depois, na Volta do Duche, aberto aos visitantes, temos o Parque dos Castanheiros, outro espaço privilegiado, frequentado por pessoas que gostam de merendar.

Será prova de respeito pelos visitantes que seja "mantido" nas condições que abaixo mostramos, em estilo de terceiro mundo,  a 100 metros do Centro Histórico?

A quem se destina este bebedouro?

Sanitários de homens

Uma das entradas dos sanitários

Caixa das ligações de água

Mirante...como poderia ser espaço de encanto

Será que ninguém leva o responsável por estas estruturas ao local? Será que o Peloureiro Camarário da pasta do Turismo vive à distância destas coisas?

Ou será que nós é que estamos enganados, que assim é que é o Poder Local, ainda por cima Democrático, depois do derrube do fascismo? 

Será que os agentes da administração, remunerados ou com mordomias que todos nós pagamos, não o fazem para castigar quem alerta e aponta os erros da gestão?

E querem que se diga bem de quem tem obrigação de resolver os problemas - e só para isso foi eleito - mas dentro do seu casulo permite que as crisálidas medrem?

Claro que pode fazer parte de um Plano...

Começamos a admitir que este abandono todo tem um Plano. Que Plano? Entregar a manutenção a alguma entidade alheia aos serviços? Com que custos? 

Ou estará em reserva para seis meses antes das eleições autárquicas se apresentarem soluções que, por agora, não constituem preocupações? 

Sintra não merece isto.