terça-feira, 13 de junho de 2017

SINTRA: REFLEXÃO SÉRIA SOBRE CANDIDATOS E IDEOLOGIAS

Reflexão de um cidadão eleitor

Quando, há cerca de um mês, um quadro partidário achava ser "muito urgente clarificar as posições dos candidatos" à governabilidade de Sintra, apenas preocupado com a casa alheia, convenceu-nos que o seu partidos estaria por horas na indigitação do seu.   

Perguntava, após vários "porque" ("me interesso", "vivo", "se está a decidir pelo futuro do concelho de Sintra"): "quem é o candidato oficial à presidência da C.M. de Sintra pela Coligação PSD/CDS-PP para as eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017?". 

Resguardou-se sobre ideologia, não fosse o diabo tecê-las e a mesma ser pervertida: "Porque quem se candidata" "para além do seu pensamento ideológico tem enquadramento dos que o apoiam" e os eleitores têm o direito de o saber.

O "para além do seu pensamento ideológico" será a ausência dele se a matriz ideológica de um partido estiver dependente ou dominada por quem a tenha noutro lado. 

A vida vai mostrando que a venda ao diabo das matrizes ideológicas tem levado pela Europa fora a grandes derrotas e perdas de eleitorado pelos partidos que o fazem.

Até hoje, com ideologia ou não, o seu partido é que está falhando no "interesse sobre o futuro de Sintra", ao não concretizar o seu candidato às eleições de Outubro.

Empurrões estratégicos  
   
Às vezes, certas pessoas, talvez sem conhecimento de Basílio Horta, imbuídas do espírito do empurrão, propalam que será ele o candidato pelo PS a novo mandato.

Tal Senhor, sem a garantia de ser Vencedor, aproveita para aumentar o cardápio de obras, promessas e afins com milhões sobre milhões, fazendo campanha até onde a corda permitir, quando deixou passar três anos sem resolver os grandes problemas.  

Se Basílio Horta andasse a pé em Sintra, junto à Alameda Combatentes da Grande Guerra...

...ou se fosse ao Centro Histórico ver como se "vende" turismo...veria a Rua dos Arcos

A Basílio Horta falta tempo para se anunciar candidato: Uma roda viva de prémios, estacionamentos novos e já velhos, foguetes sobre uma eventual parceria de transportes eléctricos com a Parques de Sintra...empresa cujos estatutos não prevêem.

Ora, na Parques de Sintra é Administrador um elevado quadro do CDS; ao que se fala, para a Empresa de Transportes Eléctricos que seria formada com a Parques de Sintra, também um outro conhecido quadro do CDS seria nomeado Administrador. 

Será que tão diversos empurrões fazem parte da ideologia do partido no poder em Sintra? Ou isso tem por fito esvaziar de conteúdo o Movimento Político que se lhe opõe?

Era aqui que os entertainers, distraídos na reflexão sobre a sua ideologia, deveriam meditar em vez de tentarem desviar a atenção dos eleitores para outras paragens...     

Perguntamos: Se Basílio concorrer e perder,  cumprirá o mandato de Vereador?

Obviamente que não poderá esperar-se tal coisa. 

É altura, isso sim, de um Sintrense, de alguém que ame Sintra, tomar em suas mãos a defesa dos nossos interesses, acabando com ambições pessoais externas.

Temos sintrenses prestigiados, até candidatos para a Assembleia da República e depois para gerir Sintra não os há? Ou há lóbis a quem um Sintrense não servirá? 

Temos políticos - partidários ou não - bem conhecedores da vida autárquica Sintrense, capazes de resolverem os problemas e dialogarem com a população. 

Não lhe faltaremos com todo o apoio que seja necessário para melhor vida colectiva.

Esta a grande reflexão a que não podemos ficar alheios.  

Desvalorização de políticos locais?

Vamos terminar com mais alguns pontos para reflexão.

Do ponto de vista orgânico - abonatório e prestigiante - seria expectável que um lider partidário surgisse como candidato, apresentando um Projecto digno de Sintra. 

Se assim não suceder, com opções partidárias a escolherem não sintrenses ainda por cima com visões pouco ajustáveis, podem gerar-se suposições e apreciações injustas.

Se Basílio Horta se fizer candidato e ganhar as eleições mas depois resignar, o seu substituto será credível por não ter sido escolhido para ser ele o candidato?

Começamos a recear aqui uma certa confusão política que deve ser evitada em nome da democracia e dos interesses inequívocos dos sintrenses e seu futuro.

Estamos convictos de que tudo se esclarecerá a bem da nossa vida colectiva.

Mas, por favor, para bem de Sintra, não deve demorar muito.

Não será este o Caminho que os sintrenses querem. 


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