quinta-feira, 30 de março de 2017

SINTRA: PLANO DA ABRUNHEIRA-NORTE, O QUE FALHOU?

Um Plano que poderia ser um bom plano...

Um dia destes, inesperadamente, tal como tem sucedido com "polos", "hospitais" e outras coisas mais, o Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte ressuscitará. 

Sendo uma área inserida na Zona de Protecção Rural constante do Plano de De Gröer, a provável dispepsia causada pelas regras não é fácil nem politicamente tratável.

A história é antiga, tem quase 20 anos e dá pano para mangas.

Pode dizer-se que quase tudo foi mantido na nuvem, sem efectivas repercussões na terra e nos interesses e necessidades mais ajustadas ao prestígio de Sintra. 

Local privilegiado para um Centro de Congressos que tanta falta nos faz, o Plano apresentado foi ajustando as meias-tintas com as meias-ilusões...e apagou-se.

Era a "cidade" SONAE", certamente ainda se lembram

Não terá sido de propósito, mas não é que com o Plano de Pormenor da Abrunheira Norte a placa toponímica da Abrunheira foi avançando até ficar quase de fora do Plano?


A antiga Placa estava à entrada da Estrada Nacional 249-4

Aqui, a Placa já está a mais de 100 metros do anterior local (acima apresentado)

Actual local, praticamente fora da Área do Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte

Voltemos ao Plano, que tem muito que contar...

Quando em 2014 o Plano foi ressuscitado (por favor relembre-se aqui) Basílio Horta logo disse ser "o maior investimento em Sintra". Chamava-lhe a "Cidade SONAE".

Com as placas toponímicas andantes, o Plano acabou por ficar fora da Abrunheira, onde (face ao Plano de De Gröer) a Câmara limita a altura das edificações a dois pisos.

E o nome da Abrunheira apenas ficou no Plano...    

Assim, o "Enquadramento Paisagístico de Aproximação à Serra de Sintra", invocado no Plano que tanto entusiasmou Basílio Horta, poderia ter a tapar a Serra...um Edifício com 15 metros de altura, outro com 12 metros e 15 (quinze...) com 9 metros de altura...

Estranhamente, prevendo o Plano uma via de cintura interna a passar paredes meias com uma unidade Industrial da Abrunheira, não daria acesso a essa unidade, pelo que os camiões que todos os dias atravessam a aldeia continuariam a fazê-lo...

Houve promessas: - A velha escola recuperada; Centro de Saúde (muitos utentes vão ao Posto da Várzea a 15 kms.); Uma AUGI legalizada (praticamente já estava...). 

Esquecia-se a cada vez maior concentração de viaturas na zona e que, por força do licenciamento de novas grandes superfícies sem novas vias, seria agravada. 

Uma Área Privilegiada para servir Sintra 


É uma zona com clima privilegiada, ar puro e muito Sol durante todo o ano.  

Entre espaços verdes, bons hotéis com mini-golf ou lawn bowls  e, ao que se dizia, uma clínica privada (respeitando a altura de dois andares) seriam respostas com retorno.

Ao mesmo tempo, por estar junto ao IC19, reúne condições para um Terminal Rodoviário de Proximidade (TRP), permitindo aos visitantes o acesso rápido ao Centro Histórico e aos Monumentos da Serra, ao mesmo tempo servindo os residentes.

É altura de se perguntar, passados quase três anos e meio, se Basílio Horta tem mais alguma coisa para prometer sobre este tão exigente Plano, ou o que terá para dizer.

Algo terá falhado? Ou o que falhou?

Será que o Plano foi diferido para 2018 ou mesmo 2021? 

SEM NADA SE SABER É QUE NÃO É O CAMINHO. 


segunda-feira, 27 de março de 2017

SINTRA: SENHOR PRESIDENTE, HÁ SOBRAS DOS "MILHÕES"?

Fonte Luminosa do Largo dos Três Bicos (*)

A recente alusão de Sua Excelência aos milhões "comprometidos" e no "Banco", é susceptível de causar traumas pela incapacidade de superar muitas insuficiências.

Claro que, contra isso, teremos de lutar pois, como não vamos cantando e rindo, o que Sua Excelência disse faz admitir que o conhecimento de Sintra é mais que básico.





Pode perguntar-se se há algum empecilho à recuperação desta Fonte Luminosa, no centro da Estefânia, numa aparente e perigosa Rotunda que - veja-se - nem é circular.

Esta fonte, na época, até enchia os olhos de quem passava. Uma "Grande Obra" com inequívoco êxito eleitoral, ainda Seara não pensava por cá estar de Presidente. 

Paga pelos munícipes, também ficaram "comprometidos" muitos milhares de contos (ainda não se pensava em euros...) que seria suposto ajudar à imagem do local.

Eléctrico perto, Olga de Cadaval por detrás...Casino que nunca o foi...agora...Museu.  

Estamos certos que ainda ninguém explicou a Sua Excelência que neste local foi feita uma daquelas "Obras Emblemáticas", com resultados eleitorais que se viram.

Como é possível que uma "obra" que custou milhões de escudos, esteja tão desleixada, só podendo esperar-se que um banal "print screenista" leve a mensagem a bom porto.  

Insistimos, tão custoso património apresenta tal degradação que envergonhará qualquer sintrense ou não sintrense cá aparecido e com responsabilidades em Sintra.

Não usamos reflexos do desleixo mas espelho, pois na realidade só é difícil ver-se se formos muito baixos, ao nível dos passeios, e mais de três anos chegariam para se ver. 

Compreende-se: - com tantos milhões ao fim de três anos anunciados, umas sobras ajudariam a não se esperar a recuperação para...depois das eleições...

Não metemos uma "cunha" pessoal...metê-mo-la para a boa imagem de Sintra. 

Sintra não merece isto. 

Na verdade não é este o caminho. 




(*) - Hoje Largo Dr. António José de Almeida. Na história de Sintra e memória dos Sintrenses de Antanho, será sempre o Largo dos Três Bicos.


quinta-feira, 23 de março de 2017

SINTRA: BASÍLIO HORTA ESPERA O ÊXITO QUE SEARA TEVE...

Como Seara fechou a boca às hostes...

A vida recomenda que, em política, se tenham cautelas nas intervenções inflamadas, evitando-se cambalhotas causadoras de hérnias do hiato esofágico...com refluxo...

Qualquer coisa que cheire a crítica à gestão de Basílio Horta, tem levado alguns entertainers a puxarem da cartilha: - "O que foi feito nos últimos 12 anos?"

Seara sabia disso. "Os últimos 12 anos" eram ele, surgido em Sintra auto-referenciando-se como o "Careca do Benfica", numa simbiose de clubismo e eleitoralismo.

Saiu-se bem numa receita que nem sempre garante bons resultados pois o eleitorado está cada vez mais prevenido e cauteloso quanto a ligações desajustadas.

A (re)exploração subliminar do clubismo, divisor da sociedade, é um risco a pagar caro.

Viu-se numa TV de Clube. Moderador apresentando "Super convidado" e opinar "para mim é um privilégio porque estou entre o passado, o presente e o futuro de Sintra"!

No recente Jogo entre Fernando Seara e Basílio Horta, o clubismo foi pretexto para a política com banais encómios entre companheiros que saberão muito um do outro...

Pode dizer-se que Fernando Seara e Basílio Horta, se mereceram.

Fernando Seara, mais experiente nestas coisa televisivas e conhecedor das vaidades alheias, soube fazer-se louvar por Basílio Horta como poucos dos seus fãs o fariam:


"Um Presidente de Câmara que é eleito com maioria absoluta duas vezes é porque tem mérito, isto chega"
"Quando ele dá aquela orientação que já chega de betão, é uma orientação que salva muita coisa em Sintra, muita coisa"
"Como é que eu podia gerir hoje se ele não tem feito isso na altura?"
"Só espero ter o mesmo êxito que ele teve"

Seara, certamente a pensar nos entertainers a que Basílio Horta não terá sido capaz de aconselhar moderação...calou as hostes pela boca do próprio Basílio...

Seara estava vingado...pode pensar em regressar a Sintra...

...hostes e entertainers devem ter ficado perplexos. Que dirão agora?

Do Clubismo à "cunha" versus "empurrão democrático"...

Ao apreciarmos o programa JOGO LIMPO de 10 de Março de 2017, na Benfica TV (clique por favor, é giro o programa)  facilmente se sente a banalidade interventiva.

Sendo impensável que o outro candidato à Câmara de Sintra, mesmo se benfiquista, tivesse essa promoção, percebeu-se amplitude do jogo...não se via mas sentia.

"Unidos" no JOGO LIMPO pela "paixão pelo Benfica" disse Fernando Seara, acrescentando que "o Benfica nunca perde, de vez em quando é que não ganha"...

Basílio Horta juntou os sentimentos clubistas: - "A minha família toda, não tenho ninguém que não seja do Benfica". "Pai". Irmãos". "Filhas" e o "Maior benfiquista é o meu neto"..."Ah, e os meus dois genros, é engraçado, estava a falar só num"...

Basílio Horta entusiasmado: - ..."estão-me sempre a pedir bilhetes quando estão esgotados e eu estou sempre a meter cunhas, uma vez até ali ao Dr. Fernando Seara pedi, para virem aos jogos e para irem acompanhar o Benfica (...)".

Fernando Seara logo corrigiria: - "cunhas não...empurrão democrático"...

Em teatro teria caído o pano..."meter cunhas" era a última coisa que esperávamos.

"Empurrão democrático" ficará na história dos rigores públicos e privados.

Empurrão com algumas falhas

O entrosamento com a vida política preparava-se. Algumas hostes ou entertainers que esperam algo (sem "cunhas" ou "empurrões") esqueciam as suas cores clubistas.

Do Céu caíram Euros. "Despesa comprometida de 105 milhões". "No banco 82 milhões". Até a "Maior descida do desemprego em todo o país...23,9%"! Por aí fora....

Em três anos e meio foi Obra de Cofre. Quem suportou? Quem beneficiou?

Ficou sem se saber se a "Despesa comprometida" é para desenvolvimento sustentado, investimentos camarários reprodutivos ou com reflexos na economia futura.

Pensámos nas dificuldades Governamentais. Em Câmara pobres. Sintra parece outro Mundo. Outro País. Outra sociedade. Como foi possível juntar tanto dinheiro?

"Sintra era a única Câmara onde eu aceitava". Inigualável amor a Sintra...

Fantástica, quase comovedora pelo rigor irrevogável, a imagem que fica do político que saiu de líder da bancada do CDS porque "não seria yes-man de ninguém"...

Calou fundo o dizer "Foi um privilégio ser Constituinte", sem que qualquer dos outros intervenientes perguntasse se foi privilégio ter VOTADO CONTRA A CONSTITUIÇÃO.

Depois da Conversa em Família ficou o vazio por não citar os nomes a incluir na sua Lista Eleitoral, certamente todos "óptimos" e "excelentes". Uma falha de Basílio Horta. 

Estamos obrigados a esperar pelos próximos dias.






terça-feira, 21 de março de 2017

SINTRA: "SÓ TU ÉS POETA, SÓ TU SABES INSPIRAR"

SINTRA, "POETA" DO DOCE AMAR...


De janelas sempre abertas sobre o mar
Envolta na maresia fresca do Poente,
Sintra, de recantos que convidam a amar,
Lanças do amor, em cada dia, a semente.


Beijo-te de alto a baixo e sonho tanto
Entre as ameias do Castelo meditar,
Nos riachos, escutar a água no seu pranto
E ao lusco fusco nas veredas caminhar.


De verdes fontes brotam ninfas e o desejo
De entrega a seres míticos, com encantos
Que não se descrevem, como suave harpejo
Que nos cura a alma e nos limpa os prantos.


Em cima, o granito atrai as tempestades
que a Cruz Alta enfrenta e  faz respeitar.
Sintra, de séculos afrontando divindades
Que querem a tua luz, do Mundo ofuscar.


Sereno,  de manhã em contraluz, o Gigante
Está firme no seu posto: Lança empunhada,
Escudo aos pés, postura digna de Infante
Pronto a defender nossa Sintra Adorada.


Musa inspiradora de beijos e amores,
Teus mistérios no mundo sabes espalhar,
Dás-nos a vida, plena de doçura e flores,
Só tu és "POETA", só tu sabes inspirar.

21.03.2017

Fernando Castelo

Dia Mundial da Poesia



Para quantos amam Sintra, para quantos por Sintra encontraram os amores das suas vidas, para quantos por aqui passaram, tropeçando ou vivendo momentos felizes, esta nossa Homenagem e que ajude a serem felizes, mesmo que espalhados pelo mundo. 

Com fraterno abraço e Votos de um Bom Dia Mundial da Poesia.


sexta-feira, 17 de março de 2017

SINTRA, SR. PRESIDENTE, UM DIA COMO TURISTA E UTENTE (3)

Incapacidade de Bem Gerir um Destino Turístico 

Contamos com a paciência dos leitores e a sabida lhaneza do Sr. Presidente da Câmara (quase 4 anos de poder) por seguirem o convite de "Um dia como Turista" e "Utente".

Julgamos mostrar a Sua Excelência o desconhecido, pois, se assim não fosse, obrigar-nos-ia a outras dolorosas projecções sobre o conhecimento, quando quase diariamente surgem flashes sobre visitas aqui e ali, obras+obras+obras.

Felizmente, de Turismo nada sabemos, facto que nos ajuda a exigir um melhor futuro para Sintra e para os que nela vivem, tão iguais no Centro da Vila como nas Periferias.

Sua Excelência como Turista (e Autarca) sabe que arrastar o problema da concentração de viaturas no Centro Histórico, tem (maus) reflexos no Ambiente e na defesa da Serra. 

Os parques periféricos serão a melhor medida dissuasora das agressões, recorrendo-se a uma frota de viaturas mais ligeiras em permanente ligação, serviço que a Câmara Municipal deveria assumir na defesa dos interesses de Sintra e seu Turismo.

Então agora que, facilmente, todos nos apercebemos dos milhões disponíveis... 

Vamos levar Sua Excelência ao maior Parque Periférico Selvagem disponível para autocarros que transportam turistas visitantes de Sintra: - No Ramalhão: 

Em terra solta, com lama quando chove, em que mundo se encontra disto?

Tem um abrigo, para que os motoristas "descansem" até partir de novo

O estado do abrigo, a considerar em dias de chuva...

Um documento da Câmara Municipal de Sintra fixa regras...será prestigiante?

É disto que a Câmara promove (e a que custo) pelos Estados Unidos? Pela Europa? Até parece que se trata de promoções estranhas. De quem? Para quem?

Sabemos estar a incomodar Sua Excelência...que não sabia...a falta de tempo para estas coisas não pode ser invocada...vamos ajudar na resposta: - RESPONSABILIZE!

Na pele do Utente de transportes (que pode ser Turista)

As declarações do Presidente da Câmara (p. favor reveja) sobre a transportadora rodoviária preocupam pois podem ser lidas como estímulo a um serviço deficiente e menos consideração para com os utentes que são empurrados para a viatura privada.  

Iria arranjar problemas com a Câmara um operador de Cascais que tem na carreira 434 (da Pena) uma mina de rentabilidade (3€ por viagem) e os responsáveis pelo Turismo aceitam que muitos passageiros viajem de pé, aos tombos, pela Serra acima?     

Permitimo-nos sugerir que incumba alguém de lhe explicar os dados aqui publicados , que, em conjunto com as comparticipações camarárias para transportes escolares e elevados custos dos bilhetes, justificariam outra postura na avaliação da operadora.

Sem pachorra para louvar os neurónios de Sua Excelência, pedimos que estude a panóplia de tarifários de tal operadora, bilhetes que valem aqui e não valem ali, o consumo duplicado de bilhetes por transbordos nas ligações, os preços e muito mais.

Sendo uma Empresa Contribuinte Fiscal de Cascais, que aqui vem buscar altas receitas, talvez fosse exigível - para Turismo de Vizinhança - um corredor Sintra/Cascais. Ganhariam os dois concelhos...sem rivalidades serôdias.  

A defesa do Turismo de Sintra, a Defesa dos outros Utentes e Residentes, também passa pela melhor mobilidade...e essa exige medidas de Sua Excelência. 

O dia está chegando ao fim, com gosto lhe servimos de guia não credenciado.

Sintra precisa de Sintrenses que a conheçam e resolvam os seus problemas.




NOTA: Estávamos preparados para esta publicação, quando pessoa nossa Amiga e nascida em Sintra nos alertou para um vídeo publicado no Youtube, sobre a presença na BTL 2017. 

Independentemente de acordarmos ou não com a forma, o vídeo espelha a incapacidade de se saber gerir o Turismo de Sintra. segue o endereço: 

 https://www.youtube.com/watch?v=Hm_tX-Kd7r8


terça-feira, 14 de março de 2017

SINTRA, SR. PRESIDENTE, UM DIA COMO TURISTA E UTENTE(2)

Para a História do Turismo de Sintra

Quando Rui Silva era Presidente da Câmara de Sintra, foi apresentado o Plano de Desenvolvimento Turístico, documento de trabalho muito bem elaborado por competentes Técnicos e cujo coordenador foi o Arquitecto Carlos Manuel Lourenço. 

Se tivessem sido observadas as grandes linhas desse trabalho, quão diferente seria hoje o nosso panorama turístico sobre Recursos, Infraestruturas e Promoção Turística. 

Em 19 de Dezembro de 2008, o então presidente da Câmara celebraria uma "parceria estratégica" com a Associação Turismo Lisboa entregando-lhe as contrapartidas anuais do Jogo do Casino Estoril. O "plano estratégico para Sintra"...acomodou-se...

A Câmara Municipal, na defesa do seu padrão Turístico, deveria ter criado Um Pelouro único virado para a Qualidade e Controlo das ofertas aos Visitantes, novas Mobilidades, Defesa da Imagem e do Ambiente e Protecção da economia entre outras.

Se existisse, as licenças seriam controladas; os produtos previamente licenciados; locais fixados; regras de segurança com seguros para utilizadores; normas sobre ruído e poluição; eliminação da economia paralela da qual Sintra nada ganha.

A anarquia à vista de todos, em que qualquer possuidor de um veículo se faz operador e pode incomodar Turistas, fazer o barulho que lhe aprouver, estacionar onde entende, e explicar a história de Sintra, nem no terceiro mundo se verifica nos dias de hoje.

Ao contrário do que se verifica nos destinos europeus privilegiados, em Sintra não se sente a obrigatoriedade de Guias Locais, com a identificação bem visível.   

Como os Autarcas no poder não são nem cegos, nem surdos, compreenderão que, certamente sem o desejarem, estão a permitir este desagradável estado das coisas.

Continuação do "fantástico" turismo

Pela nossa parte, esvaziando de funções quem - eventualmente - se dedique a fazer print screen's de opiniões adversas, convidámos o Sr. Presidente da Câmara para, por um dia, ser Turista disfarçado, dar passos indispensáveis para saber como pulsa a vida.  

Felizmente Sua Excelência, ao disfarçar-se de turista e após resolver (sem auxílios externos) algumas necessidades básicas, optou por ir a pé até ao Centro Histórico. 

Estava o autor destas linhas (de escrita obviamente) a desenvolvê-las quando foi flashado com a página 7 da edição de 24 de Fevereiro de 2017 do Jornal de Sintra:



A notícia entusiasmou-nos. Em Queluz - admite-se - tornou-se preciso orientar turistas e residentes, dar-lhes banhos de imagem, não vão perder-se por outras paragens...

Sucede que o título do JS nos provocou algumas reservas: - No mesmo período, quantas vezes visitou o Parque da Liberdade, ali a 200 metros dos Paços do Concelho?

Turista atento, entra pelo Parque da Liberdade e fica estupefacto pelo abandono. Quer ler poemas que perpectuam Autores Sintrenses - merecedores do maior respeito - mas, por não serem recuperadas há anos, impedem-no de ler. Uma perda Cultural... 

Poema de Nunes Claro...que envergonha os sintrenses com vergonha por estar assim

Mais à frente, na Fonte do Plátano, apesar de tanto ter chovido...a fresca água não corre, mas não se vêem responsáveis que apurem onde está sendo feita a retenção.

Fonte do Plátano...

Sua Excelência - e muito bem - vestido de turista, boné de Yellowstone, sabe de Turismo e das "Feiras de Turismo da Europa e Estados Unidos" onde se promoveu Sintra. Perguntará: - A que Pelouro se deve este desaforo à História do Lugar?

Segue em frente. Como lhe promoveram Sintra como um lugar para sonhar e recordar, quer ver tudo o que é belo, calmamente, recolhido no silêncio dos sentimentos, mas...

...uma tralha de veículos azuis, amarelos, vermelhos, de três ou quatro rodas, de todo-o-terreno ou adaptados, de céu aberto, escapes barulhentos, rodando à sua volta como um enxame de abelhas asiáticas, assustam-no. Quer é regressar ao comboio.

Virados para cima ou para baixo, seja ou não proibido...tudo é ocupado

Sem uma placa a indicar o caminho para a estação da CP, disseram-lhe que "descesse"  e desceu...as Escadinhas do Hospital onde viu o que há muito não devia ser visto.

Estrutura montada por responsabilidade da Câmara em 2005 (próximo das eleições) para "embrulhar" as casas. Ainda lá continua sem que se sintam incómodos municipais

Descendo mais, Sua Excelência aproveitou para recolher imagens pouco ajustadas a um destino turístico que se promove lá fora: - Um antigo lavadouro no Rio do Porto

Aqui, onde a História conta, só o desleixo deixa a sua marca

Chegados aqui, perdemos Sua Excelência e pareceu-nos que rapidamente subiu a Rua. Talvez tenha chamado alguns responsáveis por este estado de coisas, recebendo variadas justificações...de uns "os últimos 12 anos"...de outros "os últimos 4 anos"...  

Sua Excelência, investido de turista, meditará se foi isto que o chamou a Sintra.

Infelizmente, de Turismo nada percebemos. 

Sabemos, apenas, que Sintra merece Sintrenses que a amem, vivam e defendam. 





Nota: Como esta página está longa, voltaremos ao assunto. 




sexta-feira, 10 de março de 2017

SINTRA, SR. PRESIDENTE, UM DIA COMO TURISTA E UTENTE (1)

Promover Turismo implica Obrigações

Para conforto de V. Excelência e fantásticos especialistas em Turismo, confessamos nada perceber do mesmo e, embora redundante, muito menos do de Sintra.

Todavia, como lemos o site Municipal a publicitar em 16.2.2016 (há mais de um ano) a participação em Feiras de Turismo na Europa e Estados Unidos e,

Sua Excelência manifestou em 4.3.2016, na Revista Transportes"satisfação" com a oferta de transportes em Sintra...sem abordar a sua interligação ao Turismo...

...não será estultícia a junção das duas vertentes para a devida avaliação.

Se pagasse dois ou três passes e perdesse uma ou duas horas - em cada sentido - para chegar ao seu Trabalho ou regressar ao Lar, estamos certos que assim não falaria.

Para benefício colectivo, é bom vestirmos a pele dos alvos, sejam Pessoas que confiaram na promoção de um destino turístico ou utentes dos transportes.

De comboio até Sintra, um cansaço

Ainda não passou muito tempo, no trajecto Sintra/Rossio/Sintra havia quatro circulações directas por hora, servindo turistas e residentes, muitos estudantes e trabalhadores. 

Ao incremento Turístico que traz mais passageiros a Sintra, a CP resolveu (concordou?) reduzir para metade as tais circulações directas e criar mais incómodos aos utentes. 

A Estação do Rossio, preferida pela maioria de turistas que visita Sintra, converteu-se numa Sala de Espera e de tempo perdido em longas filas para a aquisição de bilhetes.

Uma imagem de todos os dias (esta em 8.3.2017)

Agora, a cada meia hora, após esperas no Rossio e viagem de 40 minutos, balanceando em barulhentos comboios, chegam a Sintra - de supetão - centenas de turistas.

Chegam aflitos à procura das instalações sanitárias públicas que a Câmara Municipal, orgulhosa promotora de turismo lá fora...não foi capaz de prevenir cá dentro.


Ao fundo de uma gare (passageiros podem descer noutra) a CP disponibiliza isto aos passageiros

Não admira que, pior do que no Sudoeste Asiático, as necessidades fisiológicas se resolvam  a um canto do parque de estacionamento ou na valeta da Rua de cima.

É vulgar, lá fora, este tipo de contentores, com ar condicionado e a máxima higiene

Outros, desejando Informações Turísticas Oficiais, irão ocupar muito do seu tempo à espera da sua vez, um desperdício de tempo que não passa de anti-turismo.

Depois de espera no Rossio, 40 minutos de comboio...finalmente Sintra

Imagine-se Sua Excelência, com boné de Yellowstone e vestindo a pele de forasteiro a dirigir-se ao terminal da carreira 434 para chegar ao Palácio da Pena antes do almoço.

Enquanto caminha, coloca-se-lhe ao lado um veículo, quase certo barulhento, que o vai acompanhando a propor serviços de turismo, circuitos, isto e aquilo...

As longas filas para a carreira 434...são aproveitadas para os mais variados negócios

Antes, Sua Excelência, na sua feliz postura de turista, já tinha sido abordado por dezenas de ofertantes dos mais variados produtos, cuja Câmara Municipal não controla.

Receamos que, passando no local, Sua Excelência ainda não se tivesse apercebido. 

Agora, perguntará se é compatível um Município participar "em Feiras de Turismo na Europa e Estados Unidos", e não ter controlo certificado da qualidade cá dentro...

Fazemos a justiça de admitir que Sua Excelência, enquanto testa este segmento de turismo nada dignificante para Sintra, vai pensar que alguém o tem andado a enganar.

Salvo se, por ignorância em Turismo, somos nós que estamos errados. 

Ou terá sido disto que se andou a promover em "Feiras de Turismo"?

Estamos certos não ser este o caminho que os Sintrenses desejam...




Nota: Como esta página está longa, continuaremos em breve. 

quarta-feira, 8 de março de 2017

8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

SAUDAÇÃO


Neste dia que se convencionou ser dedicado à Mulher, vamos celebrar com uma das suas mais antigas figuras, em argila do Nilo, uma idosa com mais de 4 mil anos.

Vi-mo-la no Museu Metropolitano de Arte, em Nova Iorque, ficando deslumbrados pela obra plástica, egípcia, que está datada entre 3450 e 3200 antes de Cristo.

É uma peça da cultura Naqada II, quando se deram os primeiros passos de estrutura social nesta cidade-estado situada na margem do rio Nilo.  

Dá para pensarmos como seria a vida das Mulheres nesse tempo. A fidelidade nas suas paixões, o apego aos filhos, se existiam partilhas na vida e nos sentimentos.

Naquela época, o Alto Egipto tinha estruturas e costumes bem definidos, com Palácios, Reis e Povo. Cosméticos corporais e faciais faziam parte da vida das Mulheres.

Foi nesta época que, saindo do período neolítico, o Egipto desenvolveu as Artes e construiu as grandes Pirâmides que ainda hoje podemos apreciar. 

Hoje, em que o Facebook algumas vezes se torna na felicidade virtual, celebrar o Dia Internacional da Mulher é respeitar os valores da vida, dos sentimentos e afectos.

O Dia Internacional da Mulher é um dia de partilha comum a Mulheres e Homens, de luta pelos direitos iguais e de fraternos e leais desejos de uma sociedade mais justa. 

Que os abraços substituam as teclas. Que sorrisos substituam lágrimas. Que a ternura entre nos seus corações, sem abdicarem da verdade e de todos os seus direitos.


Que vivam a confiança do azul e o optimismo e esperança do amarelo. 
  
Bom Dia Internacional da Mulher, são os nossos Votos.