segunda-feira, 30 de maio de 2016

SINTRA: OPÇÃO É ELIMINAR TRÂNSITO OU ESTACIONAR?

Muitos pensávamos - julgando que os responsáveis também - que o grave problema da existência de veículos no Centro Histórico exigiria medidas para urgentes respostas.

Admira, até, que a própria UNESCO não aproveite a sua representação para exigir uma solução que, eliminando a elevada poluição automóvel, proteja o meio ambiente.

Imagem "suave" da poluição consecutiva, agressão ambiental, a partir das 9 horas de cada dia

Mas existirão mesmo preocupações? Se na Volta do Duche ou devassando o Centro Histórico há milhares de viaturas que param e arrancam. Olha-se para o lado?

Não pode ser. Sintra tem obrigações de protecção do património e ambiente.

Monreale, na Sicília, proíbe carros parados com motor a trabalhar

A foto acima é exemplo das preocupações ambientais que, um pouco por esse mundo fora, leva a medidas drásticas sobre a permanência de viaturas em locais protegidos.

Estacionamento: mais lugares e mais caros

Quando se esperava a solução para a monstruosa concentração de viaturas no Centro Histórico, a Câmara prevê criar mais um parque pago enquanto aumenta preços.

Tabela recentemente aprovada e em vigor

Não podemos reproduzir os qualificativos de um comerciante perto dos Paços do Concelho, ao lembrarmos que o Tio Patinhas enriqueceria rapidamente em Sintra.

Bem se pode falar em parques periféricos e limitações de acesso à zona mais nobre da Vila de Sintra, que o dinheirinho e algumas resistências continuam a destacar-se.

Desta forma tão peculiar, pseudo-rotativa, além da nova mina com Sede nos Paços do Concelho, mais carros podem entrar e sair, bastando tempo para uma queijada.

Diga-se, em abono da verdade, que a história do dinheirinho não é nova. Por volta do ano 2000, o estacionamento era gratuito aos Domingos...passando depois a ser pago.

Neste mesmo sinal, em 2000 foi colocada a visível tarjeta "Todos os dias"

É disto que se pretende para Sintra? 

Não seria melhor que na periferia (o anunciado parque na Portela não será solução) se investisse nos necessários silos, ligando-os de modo rápido ao Centro Histórico?

Não seria melhor que, em vez de elevado palavreado e convites de gabarito (a que escondem a realidade com motociclistas batedores) se desse dignidade ao local?

Não se adequaria às responsabilidades turísticas uma Volta do Duche livre de carros, com os visitantes passeando livremente em vez de fugirem entre carros? 

Não ganharia muito mais Sintra e a sua imagem como destino respeitável?

Tudo indica que a pretensão de eliminar carros virou incentivo ao seu aumento, atafulhando Sintra, desrespeitando efeitos negativos no ambiente e no lazer das pessoas.

Certamente estamos é enganados...

Sintra não merece disto.


2 comentários:

Anónimo disse...

Exponha esta situação ao GAM de Sintra. Eu já o fiz.

Miguel Fonseca

Fernando Castelo disse...

Estimado Miguel Fonseca, muito grato pela sua visita e sugestão que apresentou.

Como sabe, o GAM pode receber documentação ou reclamações apresentadas, mas elas são transmitidas aos responsáveis.

No caso presente, tudo indicia que o que está a acontecer são opções políticas onde, em vez de se resolverem os problemas, ainda se complicam mais.

Na realidade, sabendo-se da elevada carga de veículos de toda a espécie que devassam o Centro Histórico e as zonas de acesso, como a Volta do Duche e Rua Alfredo Costa, a criação de um parque pago no Rio do Porto aumenta o fluxo de carros subindo e descendo a Rua Guilherme Gomes Fernandes.

É a caça aos tostoezinhos...

Os meus melhores cumprimentos,