quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SINTRA, TERRITÓRIO DISPONÍVEL A QUALQUER HORA DO DIA...

Seria deselegante convidarmos responsáveis autárquicos (Município e Freguesia) para visitas ao seu território, indicando-lhes horas ideais ou de cheiros mais salientes.

Só sugerimos - por notícias da excelência financeira da Câmara - um gasto excepcional com a utilização de transportes públicos, avaliando custos, tempos perdidos e conforto.

Sem comprometer as finanças, esta despesa adicional ajudaria os Autarcas a vestirem a pele de munícipes e residentes que todos os dias se debatem com vários problemas. 

Muito ganharia o território da União de Freguesias de Sintra (UFS) se, de cima, entre protocolos e fitas a cortar, surgisse a súbita vocação de o conhecerem melhor.

Provavelmente, ganhariam o municipalismo e a cidadania, libertos de alardes elitistas.

Não esqueçamos que se trata do mesmo território da Matriz da Vila de Sintra onde estão os Paços do Concelho, os Palácios Nacionais de Sintra e Pena e o Castelo dos Mouros.

Prestígio não se restringe a celebrações com a Unesco

Imaginarão a alegria que sentimos ao mostrar as belas imagens que Sintra propícia.

O Palácio de Monserrate...

Paralelamente a tristeza que nos invade ao sermos obrigados a mostrar outras.

...À Avenida Pedro Álvares Cabral, onde milhares de pessoas por dia vêem este perigo sanitário

Goste-se ou não, a realidade não pode ser ocultada, exigindo que se veja para lá de outros interesses, um pouco mais longe das nossas portas, pois Sintra é um todo.

Com a UFS criou-se um monstro autárquico, infelizmente com meia dúzia de padrinhos sintrenses pouco sensíveis, levando-nos a patamares que envergonham Sintra. 

Com as consequências à vista, que vergonha não sentirão alguns dos que apoiaram a extinção das suas Freguesias para dar lugar à UFS. Bem podem sacudir as mãos...

Depois temos a Sintra das vaidades aristocráticas, onde se convertem parques e palácios em redomas culturais, que só se abrem impondo elevados custos.

Faça-se a justiça de escrever que a UNESCO, ao exigir a preservação dos Patrimónios é, rigorosamente, no sentido de servirem para a promoção Cultural dos povos.

Pergunta a Autarcas: - - Gostariam de viver assim?

Além do Centro Histórico e da restante Área Património da Unesco, Sintra tem mais 300 quilómetros quadrados onde homens, mulheres e crianças passam as suas vidas.

Com estes, têm sido celebrados regularmente - de quatro em quatro anos - Protocolos Eleitorais ou Contratos-Programa, criadores de belas expectativas, que na maior parte das vezes se arrastam sem cumprimento e dão lugar às desilusões.

Debrucemo-nos, por hoje, numas pinceladas sobre o território da União de Freguesias de Sintra, tão ingovernável pela UFS como abandonado pelas obrigações camarárias.

Como é possível que a Câmara Municipal, que deveria zelar pela limpeza de terrenos, mantenha - junto a várias moradias - este matagal onde vivem ratos e outras espécies? 


Lote de terreno camarário (urbanizado) na Rua Comendador Carlos Kullberg (Filatelista) 

Perto, há mais de um ano, um espelho de tráfego está destruído. Será que ninguém liga às denúncias feitas pelos cidadãos? A União de Freguesias é indiferente a isto?


Rua do Centro Social

Um bairro fantasma, há anos por acabar, com a Serra em paisagem paradisíaca.

Rua da Colina (à direita diversas moradias ao abandono)

Um pouco abaixo, outro caso de abandono onde a beleza não consta de manuais, nem em protocolos que a salvaguardem, nem de eruditas elevações. Bem longe da vista...

Será que os Autarcas conhecem esta maravilha na antiga freguesia de S. Pedro?

Em tese, vivemos desprogramados, deixamo-nos encantar até pelas fífias em pseudo cantos de sereias, ondulantes manifestações e, pela certa, exultantes colagens.

Descuidando os espaços onde vive a população que pulsa e com seus impostos paga privilégios que outros usufruem, não estaremos a construir a sociedade mais justa.

Estamos certos que os Senhores Autarcas, não gostariam de viver assim.

Esperemos que não descurem os Protocolos a que estão obrigados eleitoralmente.


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