segunda-feira, 23 de março de 2015

SINTRA: ESTACIONAR E DESENVOLVER A ESTEFÂNIA...

Pelo TudoSobreSintra, (sempre na primeira linha da informação) soubemos da intenção Camarária em construir um auto-silo de 800 lugares na Portela, junto ao Urbanismo.

É uma excelente notícia, que conseguimos saber ter sido a partir de um Despacho do Presidente da Câmara com efeitos imediatos.

Acabar com o desordenamento e criar mais 800 lugares

Ao que julgamos saber, será constituída uma Unidade com essa Missão, coordenada pela Dra. Raquel Natário, esperando-se que até 30 de Junho tenham sido aprovadas nos Órgão Autárquicos as propostas apresentadas para a execução.

Para nós, que tantas vezes temos recomendado o parques de estacionamento junto ao Urbanismo como o sítio ideal para quem nos visita estacionar as suas viaturas (pelo menos em fins de semana) registamos o facto com todo o entusiasmo.

AO mesmo tempo, ficam naturais expectativas de que o grupo de trabalho possa estudar a possibilidade de uma passagem sob a linha férrea, arrumando de vez a questão da passagem aérea que também aqui temos referido.

Com a concretização do projecto, ganhará Sintra e, indubitavelmente, a Estefânia, que terá mais visitantes a utilizar a zona pedonal, liberta de veículos poluentes.

Uma boa alternativa ao estacionamento na Zona Histórica, a favor dos peões.

Confiemos na decisão tomada, certamente com Considerandos relevantes.

  




sábado, 21 de março de 2015

SINTRA: DOMINGO, VENHA DE COMBOIO E PASSEIE...

Uma forma cómoda de chegar a Sintra e apreciar as suas belezas é vir de comboio. Há circulações a cada 20 minutos desde o Rossio, com ligações à Linha da Azambuja.

Não se desiluda com o que irá observar pelo caminho...realmente pouco atractivo, mas ao chegar a Sintra tudo muda e poderá apreciar belas paisagens e outro património.

Comece bem a visita: Ainda dentro da gare, antes de sair, caminhe no sentido contrário ao comboio e aprecie esta bela e antiga fonte, hoje quase esquecida:



Saia pelo edifício da Estação, tendo assim oportunidade de "guardar" como recordação os belos azulejos existentes no átrio, pois não se sabe até quando lá existirão:



Depois caminhe. Não ligue à imagem degradante daquele casario à direita, pois fará parte da cultura de Sintra, pois se o não fizesse há muito tempo tinha sido recuperado.

Siga para a Volta do Duche, entre pelo Parque da Liberdade e, depois de uma foto ao painel de azulejos do Valenças, chegará perto do Palácio Nacional de Sintra. 

À sua volta, tem imensos azulejos históricos, merecedores da sua atenção.

De "1758 E 3º DEPOIS TERRAMOTVM"  

Almoce bem, com qualidade, sugerindo-se O Apeadeiro, O Túnel ou O Regional.

Desejamos que passe um bom Domingo.



Mais espaço para peões

Estava esta página concluída quando nos apercebemos das alterações ao trânsito no Centro Histórico de Sintra, cujos reflexos se avaliarão a seu tempo.

Para já é de saudar um objectivo que esteve ligado, certamente, à pequena alteração verificada: mais espaço para os peões, como se mostra:


Esperemos que as forças moribundas não se apressem a reclamar pelo facto da circulação ser só num sentido, não permitindo a inversão para o lado da Volta do Duche.


Afigura-se-nos que na Rua Visconde de Monserrate deveria existir sinaléctica sobre o tipo de viaturas (pelo menos autocarros de grande turismo) que não podem virar à esquerda, já que depois têm imensas dificuldades para retroceder.













sexta-feira, 20 de março de 2015

SINTRA: MARGARET DA BAVIERA E INTERVENÇÃO CÍVICA...

"Julga um homem ou uma mulher pelo que é capaz de fazer pelos outros, não por aquilo que se propõe apenas com palavras" (Margarete di Baviera, in pag. 186 de A FILHA DO PAPA, de Dario Fo)
Perguntamo-nos, de quando em vez, "se vale a pena" o envolvimento - teimoso - de cidadãos que apenas procuram benefícios para o bem-estar colectivo.

Em sociedades mescladas de podridão sistémica, de capoeiras onde perus levantam plumas para se fazerem pavões, é fácil pensar-se que "não vale mesmo a pena".

Não frequentando tertúlias ou convívios com repastos que se arrastem horas a fio, fugimos de ambientes propícios a colagens e recolha de informações privilegiadas. 

Neste contexto, é bem melhor a entrega a causas que melhorem a vida das populações, longe dos pingue camuflados à espera do pague. E anda-se direito...

Provas de que vale a pena

Em Sintra, entre o belo e o monstro, não pode ocultar-se o que frequentemente salta à vista de todos e ameaça comprometer o inegável prestígio de uma Vila mágica.

"Valerá a pena?"...Há retornos que nos satisfazem...que nos dizem "sim"...

Pequenas coisas


Arco do Teixeira, de João Mário

Há um ano, a propósito da celebração do Dia Internacional dos Museus, referimos a valiosa Colecção Municipal de Arte de Sintra - com pinturas e gravuras de Artistas que, esses sim, perpectuaram Sintra - merecedora de ser pública em prol da Cultura.

Tanto mais que não implicaria com gastos de milhões nem lugarzinhos ou nomeações, perspectivas que, graças a muitas insistências,  acabam por ficar a descoberto.

Com satisfação, soubemos que em 2014 o Dia Internacional dos Museus seria comemorado com uma grandiosa exposição no MU.SA (Museu das Artes de Sintra).

Em 19 de Dezembro denunciámos a Estrutura Metálica montada no Hotel Central, em pleno Centro Histórico. Dias depois contámos com a intervenção da Alagamares, que não esperou pela posição do Presidente da Câmara para se pronunciar...




Em 9 de Fevereiro, sugerimos veículos rápidos como alternativa a teleférico e funicular. No debate promovido pela Alagamares sobre os 20 anos de Património da Humanidade, Cardim Ribeiro arrasou as teorias de teleférico e funicular...


   
Não deixámos esquecer as mortes de Belas . No Jornal da Região de 4/10 de Março de 2015, lemos que o Presidente da Câmara ia "pedir ao presidente da EP para que dê prioridade à EN117 (...). Se amanhã há outra cheia, ainda morre lá mais alguém".



Sentimos, assim, que vamos cumprindo com os objectivos cívicos da criação do Blogue, claramente com deficiências mas com o melhor espírito de servir a comunidade.

Ao lembrarmos Margaret da Baviera e recentes palavras do Papa Francisco sobre Egos, não os adubamos, para não passarmos por falsos cientistas ou historiadores. 


segunda-feira, 16 de março de 2015

OS ROBERTOS...

Era sempre pelo meio da tarde que eles apareciam. 

Transportando de forma distraída uma espécie de biombo em madeira, paravam e olhavam em volta para avaliar se alguém os estava observando. 

De súbito, o biombo estava armado e os dois rapidamente ficavam invisíveis no seu interior. A rapaziada, que àquela hora se ia juntando na rua para dar os toques na bola de trapo, lentamente aproximava-se à espera do espectáculo.



Era a alegria das crianças e de adultos.(clique por favor)

Cada grupo tinha as suas peças. Uns optavam pela luta entre a cabeça tosca e um touro. Outros por gritaria, cabeçadas mútuas entre figuras de madeira.  

Desconversavam e rapidamente passavam à cabeçada, depois de um fazer qualquer provocação: "Vossemecê deve andar a ver mal...abra os olhos...". 

O primeiro, agastado, dava uma série de cabeçadas no outro: "Toma...toma...".

O espectáculo prosseguia no mesmo tom, a rapaziada aproveitava-o para rir. Nas janelas havia pessoas que assistiam. Depois era a volta para recolher uma moeda.

Eram  os ROBERTOS da minha geração, fazedores de pausas no jogo com a bola de trapos, numa época em que os guardas apareciam nas esquinas...e fugíamos.

Em casa, contar a história era a forma de fingirmos não ver a mãe que, de gaveta em gaveta, procurava a meia em falta no par...e tinha servido para bola de trapos.

Uma saudação - tão atrasada - para quantos me deram alegrias na infância.

Os Robertos...hoje são bem diferentes.

quarta-feira, 11 de março de 2015

SINTRA: NO QUE DEU UMA "UNIÃO" DE FREGUESIAS...

Quando da discussão da Lei que extinguiria três freguesias de Sintra, criando uma dita "União", pessoas sérias, avisadas e conhecedoras da freguesia de S. Pedro colocaram fortes reservas a tal documento, pelos reflexos negativos que se receavam.

O presidente de então, com visões pouco entendidas na altura, poderia ter assumido a posição mais consentânea com o cargo, isto é, para dignidade do mesmo, estar contra a Lei que extinguiria a sua (própria) freguesia. Tal não terá compreendido...

Sem espanto, integraria uma lista para a dita União de Freguesias, alternativa híbrida às freguesias extintas (S. Pedro, S. Martinho e Santa Maria e São Miguel), 

O abandono a que se chegou

Hoje, a mistura de três freguesias tão diferentes, acaba por justificar o fracasso de uma Lei, servida por candidatos sem grande veia política, bem distantes dos pressupostos para a institucionalização do Poder Local Democrático.

Não vale a pena invocar-se que se trata de uma área maior que o Concelho de Oeiras, a causa principal está na falta de vocação para cargos de tanta responsabilidade. 

Se, até no Centro Histórico, temos imagens destas...


Sujidade no fontanário na Volta do Duche (limpeza pertence à Junta)

Volta do Duche, há quanto tempo? Não pertence à Junta? Mas não deverá a Junta estar atenta?

...que imagens temos nas periferias...

Não admira que estas imagens se arrastem no tempo...



Ou, certamente esgotados os nomes no Prontuário da Floricultura, não havia espécie vegetal disponível para dar nome a esta Rua, embora com um Sinal por perto:

Sim, Rua A, à Rua da Bela Vista...uma contradição

Claro que o Correio chega lá. Os avisos para pagamento de impostos também. Só os autarcas é que terão dificuldades em se aproximarem.

Torna-se assim compreensível que, em recente Presidência Aberta, dos locais a visitar pelo Presidente da Câmara a zona Sul do concelho tenha sido praticamente abolida (*).

É altamente preocupante que a vida política em Sintra assente, muitas vezes, em padrões que fazem recear pelos pressupostos de quem se candidata a cargos.

Porque a vida, o tempo e os actos, acabam por pôr tudo às claras.

Com isto não podemos contemporizar!


(*) - Consta, embora não possamos confirmar por não frequentarmos o meio, que recentemente o Presidente da Câmara visitou pelo menos parte da Zona Sul. Não foi em Presidência Aberta, mas pelo menos terá conseguido ir ao Barrunchal. Que dados recolheu não sabemos, nem se os cicerones foram os mesmos que garantem o abandono na Zona do Concelho que - excluído o IMI - mais impostos paga.







segunda-feira, 9 de março de 2015

SINTRA: SÚBITO MISTÉRIO ENVOLVENTE...

De manhã, bem cedo, o Sol deitava os primeiros raios sobre S. Pedro.

Um pouco abaixo das Queijadas do Preto, na Estrada de Chão de Meninos, a paisagem começava a ficar misteriosa, com um manto de nevoeiro envolvente e forte.

Da Volta do Duche não se conseguiam ver o Castelo dos Mouros, o Palácio Nacional de Sintra, até o Museu de História Natural. Nem pessoas...um saltitante melro era dono cauteloso de tanta beleza a calmaria.
 

Não há muitas palavras que consigam descrever os momentos, porque os próprios sentimentos ficam como que bloqueados por tudo que nos envolve. 

Ficam as imagens. Melhor que palavras elas dizem tudo e de que maneira.




São estes mistérios que nos fazem viver. 

Hoje era assim...amanhã, como será?




domingo, 8 de março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A SAUDAÇÃO


Uma saudação, simples, a todas as Mulheres, Mães, Filhas, Netas que hoje têm um Dia Internacionalmente dedicado. 

No entanto, o Dia Internacional da Mulher não pode restringir-se a um dia por ano, como que saltando sobre todos os outros em que a desigualdade é a tónica dominante.

Nas obrigações familiares, no trabalho, nas mais variadas situações, as Mulheres são - praticamente em todas as sociedades - vítimas de diferenciação negativa. 

Esta estranha orquídea é um símbolo da diferença. É uma saudação diferente.

Entre diferenças, maiores há nalgumas partes do mundo. 

A tristeza que se espelha nos rostos...a desigualdade que nem é sentida.

O rosto desta Mulher marcou-me profundamente

Recordarei, ainda, como prova de nunca mais me esquecer, aquele dia em que - bloqueado no meio de uma floresta pela queda de uma árvore - vi surgir uma belíssima Mulher, com uma língua estranha mas de que o rosto dizia tudo.


Votos de um excelente Dia Internacional da Mulher, hoje, amanhã, depois...e depois. 







terça-feira, 3 de março de 2015

SINTRA: CÂMARA ou "UNIÃO" DE FREGUESIAS, QUEM RESOLVE?

A Câmara é que deve resolver?

Não nos elevando para candidato a qualquer coisinha, vamos observando o ambiente à volta, onde de fartos elogios se passa a críticas-pressão pela coisinha não obtida.

O defeito será nosso, mas dá-nos mais facilidade para perguntar a quem incumbe o quê, para a resolução dos problemas que envolvem territórios do Poder Local.

Isto porque, nos últimos tempos, a percepção é de - apesar de muitas deficiências - ser a Câmara Municipal a assumir a postura de resolver problemas nem sempre dela.

Perante reclamações, a Câmara repara pavimentos, coordena a limpeza urbana, limpa fontanários....sendo a Freguesia quase alheia a estas coisas que passam ao lado.

Então, perguntamos a que se destinam as dotações feitas para as Freguesias, ditas de proximidade aos fregueses, como é o caso da União de Freguesias de Sintra.

Na realidade, a menos que todos andemos enganados, a primeira entidade a ter de actuar é a Freguesia, mas é esse o resultado que vemos? A freguesia intervém em quê?

Pequenos (maus) exemplos 

Comecemos pelo Centro Histórico. Não vamos fazer convites nem recomendar a melhor hora, ou quando o Sol estiver no zénite. Localizemos a Rua dos Arcos, em Sintra:


Rua dos Arcos, Sintra --- 38º 47' 48.855 N  9º 23' 27.375 W

Há muitos anos que falamos da anormalidade que é a Rua dos Arcos, cujos arcos - entre si - tinham o céu aberto, mas um dia tapados para servir de esplanada privada.

Ainda se vêem os arcos...com as vigas que suportam o espaço da esplanada do Hotel Central

Passou a Túnel dos Arcos, às escuras, sujo, uma vergonha no Centro Histórico. Claro que vergonha para quem a sinta ao vê-lo. Bonito para quem goste do género...

Então a União das freguesias não deveria estar atenta a esta imagem degradante, por debaixo do Hotel Central, junta a estabelecimentos de restauração?  

Que entidade responde pela segurança dos locais?

Ainda no "Túnel" dos Arcos. Quem responderá por eventuais consequências disto?



Esperemos que, em caso de alguma tragédia, não sejamos confrontados com o empurra-empurra das responsabilidades, sacudindo mãos que não poderão ficar limpas.

Outro exemplo

Mesmo à entrada da Abrunheira, sobre um passeio, uma tosca estrutura parece ser um posto de recepção e distribuição de energia eléctrica, ligado à Rede.

Quem passe pelo local, observará - de olhos espantados - a porta aberta, pelo que qualquer pessoa - até crianças - lá entra, mexe e, se der jeito, leva uns cobres... 

Estrada Nacional 249-4, junto à Rua da Cabine

Ninguém liga a este perigo? Passa-se ao lado...e só interessa o cafézinho que se vai tomar ali perto numa pastelaria? O que vêem autarcas, autoridades e para-autoridades?

Republicamos esta "boca de incêndio". Em caso de incêndio, quem será responsável pelas consequências?

Será que é a Câmara Municipal que deve assumir as responsabilidades atribuídas à chamada União, apresentada como modelo virtuoso da proximidade do Poder Local?

Que dito Poder Local nos envolve? Que autarcas temos?

Se estamos perante um Poder Local de dois em um, o melhor é acabar com um deles, forma de acabar com uma onerosa estrutura pouco dedicada às populações.

Neste quadro - que iremos continuar a desenvolver - qualquer Câmara Municipal terá dificuldades acrescidas para poder responder às necessidades das populações.

É tempo de, uma vez por todas, a separação dos poderes dar lugar à responsabilização efectiva, para bem do colectivo onde nos inserimos. 

Sintra exige que o Poder Local seja mais que uns lugares a ocupar.