quarta-feira, 22 de outubro de 2014

SINTRA: PARQUES DE SINTRA, UMA NOVA VIDA...

A resignação, já formalizada ou em vias disso, ao cargo por parte do Presidente da Administração da Parques de Sintra - Monte da Lua, uma empresa de capitais exclusivamente públicos, implicará sempre uma nova vida no território.

Tal como temos dito, as grandes honras e virtudes estão sempre nos colaboradores que, no terreno, de técnicos a indiferenciados, fazem o seu melhor e têm sido eles os responsáveis pela recuperação e êxitos inegáveis que a empresa depois exibe.

Criam-se, agora, novas condições que podem - devem - conduzir à eliminação de uma situação paradoxal: - a Câmara Municipal praticamente sem poderes de decisão e intervenção numa empresa que gere o Património mais Histórico de Sintra.


O necessário acerto de horas

É pois de aguardar que o aumento de capital detido pela CMS se aproxime, no mínimo, dos 50%, para que de uma vez por todas acabem disfarçados poderes concorrentes...

Quanto ao resignado Presidente, outros se encarregarão, por certo, da respectiva louvação, de manifestações e, provavelmente de despedidas solenes, coisas de bom tom e envolventes, onde abraços fraternos ficarão para a posteridade.

Pela nossa parte, foi o Presidente de uma empresa de capitais públicos capaz de decidir desigualdades entre portugueses ao fechar-lhes as portas da Cultura pela eliminação de entradas gratuitas aos Domingos...mas abrindo-as apenas aos sintrenses.

Daí que, desde 13 de Março deste ano, venha reclamando - sobre a eliminação das entradas gratuitas aos Domingos - junto dos Ministérios da Agricultura e Ambiente, Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Primeiro-Ministro.

Nova vida e portas abertas

Estamos confiantes de que, a prazo, com as alterações esperadas, os portugueses voltem a ter o direito de entradas gratuitas em Parques e Palácios de Sintra, como resultado de uma nova dinâmica sensibilizada pela vida de um povo.


Parque da Pena, que D. Fernando II não teria a coragem de fechar aos portugueses

O reviver de um povo é visitar os seus locais históricos, sentir que os seus antepassados passaram por ali, quantos ali amaram e foram felizes. 


Uma imagem dos tempos modernos, sem lanças nem guerreiros

É preciso pisar pedras e caminhos por onde nos defendíamos de inimigos do povo, quando aos frequentes invasores as populações nada valiam.


Belíssimos azulejos no Rio Jamor, dentro dos jardins do Palácio de Queluz

Os novos portugueses, que somos todos nós, em condição alguma podem ser impedidos de - com regras naturalmente - aceder aos seus bens Culturais, de os lerem como mensagem que foi deixada para a História. 

É nesse futuro que apostamos, num futuro em que não há portugueses daqui e dali, uns com direitos e outros sem eles, porque todo este Património de que se deixam alguns exemplos não é exclusivo de quem quer que seja. 

Fica a esperança de uma Nova Vida no acesso aos Parques e Palácios de Sintra. 

A menos que estejamos enganados. 






2 comentários:

António disse...

Não nos podemos iludir que as coisas vão mudar, a experiência tem ensinado e nós temos assistido infelizmente por tudo o que tem acontecido quem beneficia da Cultura. A louvação essa,já estará a ser preparada pelas abelhinhas da colmeia,para a solenidade habitual de mais do mesmo. Grosseiramente, leva-me a pensar que neste cenário de snobismo, o que vai mesmo mudar são apenas as moscas.

Fernando Castelo disse...

Caro António, é a vida. A esta hora até já estarão a ser preparadas as fitas ao pescoço...Um abraço,