quinta-feira, 26 de junho de 2014

SINTRA: ESPLANADA DE VERÃO JUNTO À VILA ALDA...

Naquele espaço vazio junto à Vila Alda seria bonita uma esplanada, para uma bebida enquanto se espera pelo Eléctrico. Até justificaria que a Fonte funcionasse...


Espaço frente à Vila Alda, sem aproveitamento

Fala-se na revitalização da Estefânia. Surgem eventos mais ou menos isolados e os promotores - certamente - anseiam por tornar a vida naquele bairro mais atractiva.

No entanto, salvo opinião mais válida, com actos isolados o retorno à vida na Estefânia não se fará na sua plenitude. É preciso criar hábitos.

Estamos em época estival e os próprios comerciantes locais tudo teriam a ganhar com outra dinâmica, mais esplanadas onde tal seja possível, grupos musicais ou jovens artistas actuando para se tornarem mais conhecidos, exposições de rua.

O anúncio de hoje (pelas 16 horas) a pedonal da Heliodoro Salgado receber a juventude norueguesa da "Band Nittedal" é um acontecimento positivo a prosseguir.

À volta do Olga de Cadaval todo o espaço pode ser utilizado para dinamização cultural. Inclusive fixar-se um dia semanal para amostra e troca de livros e alfarrabistas.

Isto não é invenção pessoal. É assim que, nesta época, se faz pela Europa Central, onde pequenos investidores fazem receitas que ajudam às limitações do Inverno.


Lviv, uma zona de troca de livros 

Evidentemente que as autarquias devem apoiar, mas primeiro terão de existir vontades e projectos para depois avançarem. Ou os queixosos comerciantes pretendem ganhos sentados à espera das autarquias locais? Assim não.

E flores? Para quando o culto pelas flores, a venda de flores, o levar uma flor para casa, no fim de um dia quase sempre cansativo? As flores fazem parte da vida cultural.


Berna, mercado no largo fronteiro ao Parlamento Suiço

Resumindo, se a pedonal assumisse a sua vida própria mas diversificada, com mais esplanadas e ocupação por eventos, nem haveria automobilistas desrespeitadores nem surgiriam outros a contestar o espaço dedicado às pessoas.

Nestas coisas, tudo assenta em fases da organização: os difíceis primeiros passos, depois vencer as resistências, por fim criarem-se hábitos.

A coisa vai...mas não assente exclusivamente nos esforços camarários.




Nota: Talvez seja, agora, a altura para se começarem a fazer projectos sobre a dinamização de Mercados de Natal, definindo espaços, estruturas e abrindo concursos para quem queira oferecer produtos.

2 comentários:

António disse...

É verdade o que diz o sr. Castelo Sintra precisa de ser revitalizada em especial a Estefânia e em particular a Heliodoro Salgado, mas para isso os comerciantes precisam organizarem-se, reunirem e dizer o que querem que a pedonal seja para eles,se continuarem como estão nunca vão a lado nenhum. Não sei qual é a participação, ajuda ou intervenção da Associação de comerciantes nesta matéria.Em tempos apareceu um programa comunitário para revitalização do comércio, não sei o que Sintra aproveitou disso. Haver concorrência não me parece mal, mas num espaço tão curto ter quatro lojas de um produto que não se gasta todos os dias, outras tantas de artigos chineses, não me parece ser esta a melhor aposta para o seu desenvolvimento.

Fernando Castelo disse...

Caro António, são só verdades as que aqui traz, porque Sintra tem os seus comerciantes pouco empenhados na evolução, com medo de haver concorrência (muitos nem se querem incomodar, antes deixar que tudo esteja sem alterar). Há uns anos, sugeria-se que na antiga garagem, quando fosse recuperada, se fizesse um centro com múltiplas ofertas, nomeadamente uma livraria do estilo da FNAC. Logo uma voz "autorizada" se levantou e disse que disso não. Mas com o tempo vai...

Cumprimentos e obrigado pela visita.