segunda-feira, 28 de abril de 2014

SINTRA: À ATENÇÃO DA REFER...É URGENTE REPARAR

Já passaram muitas semanas...demasiadas semanas, desde que um patife qualquer arrancou e deitou para o espaço da CP uma parte do gradeamento da passagem pedonal que liga o Largo D. Manuel I à Rua Dr. Vasco Vidal.


Na altura esteve lá a autoridade. Foram colocadas estas fitas avisadoras onde constam os símbolo da Câmara Municipal de Sintra e da Protecção Civil.

Julga-se saber que se trata de um espaço e estrutura cuja manutenção incumbirá à REFER, mas até à data continua a aguardar a solução adequada.

Não terá sido comunicado à REFER? O que pode ter falhado?

Importa a urgente eliminação do perigo de uma queda com vários metros de altura, pois crianças e adultos que passem no local estão sujeitos a isso com a maior facilidade.

Fica o alerta na convicção de que este perigo será rapidamente eliminado.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

SINTRA 2014: CÂMARA ABRIU ABRIL...

Hoje foi Abril em Sintra...a Câmara Municipal ABRIU ABRIL

As portas do Município abriram-se para todos. Foi bonito, foi o regresso aos dias felizes em que a data histórica se comemorou com a devida dignidade.

Recordo, com mágoa, o 25 de Abril de 2008, cuja cerimónia durou (ao cronómetro) 5 minutos, 14 segundos e 66/100, justificando que o citássemos no Jornal de Sintra.

Hoje, foi um dia Grande de Abril. A Banda de Lameiras abrilhantou a cerimónia do exterior. O hastear da bandeira foi certinho. Os assistentes aplaudiram.

Alguns estandartes de associações locais, abrilhantaram o acto

O Presidente da Câmara falou. Palavras serenas e sensatas. Convidou os presentes a entrar nos Paços do Concelho e verem a exposição. Respeitosamente.


Nos claustros interiores, havia fotografias alusivas ao Dia 25 de Abril de 1974, homenageando o Movimento Libertador.

Os visitantes manifestaram-se sempre muito interessados

Depois viveram-se outros momentos de muito agrado, primeiro com o Coral Encontro, de Monte Abraão, que entusiasmou os presentes com várias obras de Lopes Graça:

Coral Encontro, de Monte Abraão

Seguiu-se o Grupo Coral Allegro, das Mercês, com obras variadas, entre elas de Sérgio Godinho e José Afonso: 

Grupo Coral Allegro, das Mercês

Ao acabar a cerimónia, os presentes tinham umas queijadas à sua espera, proporcionando agradáveis momentos de convívio fraterno. 

Viveu-se, pois, uma agradável jornada democrática, digna do 25 de Abril.

Ao que se julga saber, não foram necessários grandes investimentos para organizar esta celebração, justificando uma saudação a quantos nela participaram.


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Nota: Em 11 de Março, foi sugerido que no Dia 25 de Abril os Parques e Palácios estivessem abertos ao Povo.

Pois é verdade...estiveram mesmo abertos...mas portugueses e sintrenses teriam de pagar os preços habituais para lá entrarem. Fica o registo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

SINTRA: QUINTA DAS PALMEIRAS, a história mais completa

Ao Sr. Jorge Gomes, da 1ª. Conservatória do Registo Predial de Sintra,
À Sra. D. Elvira Fonseca, da Sintriana, Biblioteca Municipal de Sintra
Agradeço a paciência com que me ajudaram nas pesquisas

A “Quinta das Palmeiras” - assim consta da Escritura feita no Notário Privativo da Câmara Municipal de Sintra - foi adquirida no dia 6 de Junho de 1972 por 1.000.000$00 (hoje 5.000 €), sendo Presidente o Sr. José António Pereira Forjaz. Tão baixo valor terá sido influenciado pelo mau estado da propriedade.

A Inscrição a favor da Câmara só seria feita em 2 de Dezembro de 1974.


A Biblioteca Municipal de Sintra
O primeiro proprietário

A propriedade não foi inicialmente Inscrita na “Conservatória do Concelho de Cintra”, talvez por estar inacabada. Só em 12 de Agosto de 1869, por força de uma “inscripção hypothecaria” a favor da “firma Social Krus & Companhia” se verifica o primeiro Registosem indicação expressa do proprietário.

Confrontava "por todos os lados com propriedade do Conde Claranges Lucotte". 

“Uma propriedade de casas que foram destelhadas e que se acham em bastante ruína. E situada em um terreno denominado Villa Nova Estephania, Freguesia de Santa Maria do Arrabalde”. “Calcula-se o valor venal deste prédio em cem mil réis e nenhum o seu rendimento por se achar abandonado”.

Tudo indica que o Conde Claranges Lucotte foi o primeiro dono da propriedade, considerando que em "9 d'Abril de 1872" a mesma foi Inscrita a favor da firma Krus & Companhia "por arrematação judicial" "numa execução" movida contra o referido "Conde Clarange Lucotte, morador em Lisbôa".

Tratemos, agora, de estimar o início da construção.

O Conde Claranges Lucotte, pessoa muito ligada à construção, era proprietário da empresa francesa que construiu a ponte pênsil de D. Maria II, no Porto, inaugurada no dia 17 de Fevereiro de 1843.

Em 1854 propunha-se construir a linha férrea Lisboa/Sintra, por Algés, Caxias e Agualva-Cacém, o que foi aprovado por Lei de 1855. Dificuldades financeiras levaram-no a vender a concessão em 1859.

Agravando a situação, em 17 de Março de 1861 o governo rescindiu a concessão aprovada e que previa dois Ramais de Sintra a Cascais e a Colares. A linha férrea seria feita para Cascais.

As dificuldades financeiras sentidas em 1859 podem ter levado o Conde a suspender as obras da sua propriedade na Villa Nova Estephania, daí o estado de “bastante ruína” registado em 1869, a que se seguiu a “execução” . Assim, o início da construção pode ter sido antes da crise: - entre 1855 e 1858.


Paisagem deslumbrante
Proprietários que se  seguiram

No dia 21 de Junho de 1875 foi celebrada nova Inscrição definitiva, agora a favor de D. Josefa Luiza Guelfe Freire, Viúva, “moradora na cidade de Lisboa”, que a “adquirira por compra”.

Outro proprietário surgiria, desta feita Rodrigo Peixoto, morador em Lisboa, sendo em 16 de Abril de 1920 "inscripta" a seu favor a transmissão de uma parte de prédios, arrematada na “hasta pública” da “execução fiscal que a Fazenda Nacional moveu contra (…) herdeiros do Barão D’Almeida Santos”.

Em 13 de Março de 1937, o Sr. Rodrigo Peixoto, procedeu à actualização das confrontações, em virtude do prédio ter sido aumentado com outro terreno. Nova transmissão estava em curso.

Em 6 de Abril de 1937, foi "Inscrita a favor de Maria Amélia Belard Mantero, Viúva”, moradora em Lisboa, a “transmissão do prédio” que comprou ao Sr. Rodrigo Peixoto.

Chegamos a 1972. Em 6 de Abril é averbado: "O prédio (…) consta de casa de cave, r/c, 1º. Andar e águas furtadas, ocupando a área de 220 m2, dependência com 270 m2 e logradouros com 15.200 m2”.

Nesse mesmo dia, por "Partilha", a propriedade foi Inscrita a favor de Julieta Maria Gardé e Mello Mantero, Amélia Mantero Belard Casalis e Laura Mantero Belard de Mendonça Alves, todas Viúvas. A primeira, nora, as outras duas senhoras filhas de D. Maria Amélia Belard Mantero, falecida em 1952.

Regressemos à História

Em dezenas de documentos consultados, não se encontraram alusões a “Casa Mantero”, frequentemente associada à Biblioteca Municipal de Sintra. Tampouco se viram disposições ou desejo expresso aquando da venda à Câmara Municipal de Sintra. Apenas há "Quinta das Palmeiras".

O nome Mantero surge em 1937, pela Viúva de D. Francisco Mantero (falecido em 1928, no Lumiar).

Acresce que o Casal Mantero viveu entre 1897 e 1927 na Quinta dos Lilases, ao Lumiar (tendo em 1899 comprado a parte rústica da Quinta das Conchas, que lhe era anexa).

É dessa época que surge a "lenda das casas assombradas", numa história bem longe de Sintra.

Tomando como princípio o cruzamento de dados, pode dizer-se que não se confirmou a alusão feita a D. Francisco Mantero como tendo mandado "construir nos finais do Século XIX, uma casa no bairro sintrense que então despontava", "Localizada na vulgarmente apelidada “Correnteza”".

"Casa Mantero", porquê?

A menos que existe alguma razão pouco conhecida, não há motivos fortes que justifiquem a associação de "Casa Mantero" ao nome da Biblioteca Municipal de Sintra. Uma questão de nome? Poderia ter sido "Lucotte", "Freire" ou "Peixoto", todos eles antigos proprietários.

Uma coisa é certa: - É pouco consistente afirmar-se (Sintra, capital do romantismo) que D. Francisco Mantero tenha estado ligado à construção da casa nos finais do Século XIX.

Justifica-se, sim, que o mérito de se associar um nome ao da Biblioteca, contemple uma personalidade prestigiada e com influência Cultural em Sintra, nomeadamente Francisco Costa, Major General Rogério Machado de Sousa ou José Alfredo da Costa Azevedo.

Até que um nome ligado a Sintra e à sua Cultura lhe seja associado, será sempre e tão só,

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SINTRA.





sábado, 19 de abril de 2014

SINTRA: DOMINGO...PASSE POR CÁ E ALMOCE NO "TÚNEL"

Vamos sugerir-lhe um programa de Domingo que inclua uma visita a Sintra. 

Se possível use o comboio. Ou as carreiras de autocarro entre Cascais ou Oeiras e Sintra. Chegando junto da Estação da CP, caminhe na Direcção da Câmara Municipal onde apreciará o belo edifício projectado por Adães Bermudes.

Siga para a Volta do Duche, onde artesãos estarão a produzir as suas peças. Antes, logo aí, que melhor início de dia do que provar uma Queijada na SAPA?

Embrenhe-se nas ruas da Vila Velha, veja a Fonte da Pipa e suba até ao Parque das Merendas, a cerca de 100 metros. Começa a sentir um bichinho no estômago?

Volte e entre no Parque da Liberdade onde apreciará diversas espécies vegetais e, ao sair no portão inferior, estará de novo na Volta do Duche, cheia de gente a essa hora.
  
Restaurante "O Túnel", excelente opção 

Regresse até junto do portão da CP e tome aquela rua estreita que acompanha a linha frente ao posto da GNR. Ao fundo está - em local óptimo para o convívio familiar - o Restaurante "O Túnel". O atendimento é sempre muito simpático.


O Sr. Costa e os filhos Luís e Fernanda darão as boas vindas e ajudarão na escolha, mas aos domingos (e quintas-feiras)  há a excelência de um cozido à portuguesa.

Comida caseira com muita qualidade

Às quintas-feiras outro petisco: o tenro polvo que se come cozido ou à lagareiro.


Para ajudar a digestão, caminhe pela ponte que atravessa a linha férrea e, apanhada a pedonal da Heliodoro Salgado, chega ao local de onde parte o Histórico Eléctrico de Sintra até à Praia das Maçãs. Há circulações em horas certas entre as 10 e as 17.

De regresso a Sintra, antes de apanhar o comboio de regresso, não prescinda de comprar uns pacotes de broas na Fábrica de Queijadas do Gregório. Ficará para sempre na memória daqueles a quem oferecer tão deliciosa doçaria. 

Passou, de certeza, um excelente dia em Sintra, sem que a carteira se esvaziasse.

Volte mais vezes, em Sintra recebe-se bem.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

SINTRA: QUINTA DAS PALMEIRAS, segunda página...

Depois do artigo sobre a Quinta das Palmeiras, publicado no passado dia 11, não era esperado que alguns leitores, até nascidos em Sintra, desconhecessem a localização de tal Quinta e tivessem procurado mais pormenores.



Foi estranho que tal sucedesse, porque a Quinta das Palmeiras está num dos locais mais nobres da Vila de Sintra, em pleno coração da Estephânia histórica.

De forma privada, foi explicado o caminho para se chegar lá e ser possível apreciar-se a natureza envolvente, embora os caminhos precisem de ser recuperados e limpos. 



Agora que sabemos mais sobre a dona da Quinta, muito em breve relataremos uma curiosa história que - tudo indica - culminará num exemplo mais do snobismo militante que às vezes grassa cá na terra, tão desintegrado da modesta gente sintrense.

Prometido: Em breve teremos a história mais completa.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

SINTRA: "ROUBARAM" O CASTELO DOS MOUROS...

Era cedo, muito cedo, quando olhando a Serra, se notava a falta do Castelo dos Mouros. 



A jovem que caminhava apressada a caminho do trabalho foi a única pessoa que vi durante a caminhada até à Vila Velha. Uma singela homenagem a quem trabalha.

São estes misteriosos momentos que nos envolvem e encantam, com imagens irrepetíveis nos seus diversos enquadramentos, históricos, paisagísticos e humanos.

Boa tarde.





terça-feira, 15 de abril de 2014

SINTRA: NÃO...À UNIÃO DE FREGUESIAS DE SINTRA...

TEM A PALAVRA A CÂMARA MUNICIPAL

No passado dia 30 de Janeiro (p.f. clique aqui para rever) foi aqui abordado, com exemplos, o resultado visível da eliminação das três freguesias da matriz sintrense, para surgir uma desencantada "Super" União de Freguesias. 

Pelo que se julga saber, a Câmara Municipal tem feito as transferências financeiras legalmente previstas, nomeadamente para a manutenção de passeios, combate às plantas infestantes e sua limpeza, com reflexo na eliminação de pragas.

ENTÃO PORQUE SE CONTINUA A VER DISTO?


OU DISTO, JUNTO A CASAS ONDE VIVEM PESSOAS...


E AINDA DISTO...


Era isto que os candidatos ditos "Independentes" prometiam à população das três freguesias cuja extinção apoiaram? 

Porventura, os eleitos que estiveram ao lado da Lei que extinguiu as freguesias de S. Pedro, S. Martinho e Santa Maria e Sâo Miguel, era este quadro de abandono que ambicionavam quando se apresentaram ao eleitorado? 

A CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA TEM DE ACTUAR CONTRA ESTE ABANDONO QUE ESTÁ A ATINGIR UM DOS MAIORES TERRITÓRIOS SINTRENSES. 


sexta-feira, 11 de abril de 2014

SINTRA: VIVER A HISTÓRIA NA "QUINTA DAS PALMEIRAS"...

As manhãs têm quase sempre neblina, mas uma ligeira brisa vinda do lado do mar depressa nos deixa ver as muralhas do Castelo dos Mouros, bem iluminadas pelo Sol, esse ainda escondido do outro lado da nossa visão. 

A essa hora, antes do passeio matinal, é agradável entrar na Pastelaria Tirol, pedir meia torrada em pão saloio e um chá de cidreira, saboreando-os com a calma exigida.

Um reconfortante momento, com doce de abóbora

Confortados para a caminhada, lá se chega à Quinta das Palmeiras que, àquela hora, pode ter um portão aberto, mais como um singelo convite do que desafio, para que possamos espreitar ou passear entre vegetação e sob frondosas árvores. 

Esta jovem palmeira será descendente de outras que deram nome à Quinta

Que podemos dizer deste belo exemplar botânico?

Tudo verde, muito verde, transmitindo-nos uma mensagem de esperança

Espreitando, vemo-nos frente a uma escadaria que nos leva ao alto da Quinta, passando ao lado do centenário palacete que foi de gente aburguesada noutros tempos. Há luzes acesas lá dentro. Na Quinta ao lado já andam trabalhadores.

Ao longo da manhã, por carreiros e caminhos, enchendo os pulmões de ar puro, apreciei - deliciado - o chilrear dos rouxinóis e o esvoaçar ruidoso de melros que, tudo o parece indicar, avisam dessa forma a espécie de que há intrusos no seu espaço.

Chegamos ao ponto mais alto e temos outra imagem de Sintra, um cenário cheio de contradições, pedaços de um outro mosaico sintrense.

Correm rápidas as horas neste espaço tão belo onde nos sentimos bem e o ar puro nos faz chegar a fome mais cedo. Ninguém apareceu para nos convidar a sair dele nem merece que o abandonemos. Nesta Quinta, sentimos interiormente a liberdade.

Por ser um lugar único, vale a pena voltar. Sempre.

Sintra é isto, porque esta Quinta faz parte da sua história.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

SINTRA: "CÂMARA NÃO SE VAI ENDIVIDAR MAIS..."

Na sessão de Câmara do passado dia 18 de Março foram bem sentidas as preocupações do Presidente da Câmara, relacionadas com as finanças e os encargos que os residentes, quando munícipes e contribuintes, terão de suportar.

Exemplo de poupança: Como o anterior Executivo se esqueceu de renovar o contrato de manutenção da escada rolante de Rio de Mouro, a empresa agora pedia 40.000 euros. Foi lançado um novo concurso, ficando o custo na "ordem dos 13.000 euros".

Quanto ao Parque Escolar, "não entende como a Câmara recebeu escolas em estado quase de ruínas". Disse mais: "A Câmara não tem dinheiro para isto". 

Há relatórios para escolas do 1.º Ciclo e Jardins de Infância que apontam custos de 114.331.942 € e para 2.º e 3.º Ciclos que apontam necessidades de 108.171.152 €.

"A Câmara não se vai endividar mais", disse o Presidente da Câmara, citando os 30 milhões de euros da Cacém-Polis com juros anuais de Um milhão e duzentos mil €; "mais de 11 milhões que se está a discutir na HPEM e mais uns milhões na Tratolixo".

SUPOSITÍCIO CARGO DE CURADOR...

Perante os compromissos acima, mais apoios sociais inadiáveis, talvez o bom-senso aconselhe contenção em sugestões ou propostas desligadas da noção de custos.

A este propósito, em 25 de Agosto de 2013, abordámos os termos do Protocolo de Gestão do Espólio Bartolomeu Cid dos Santos, a celebrar com a Viúva do artista.

Das condições previstas, bem clarinhos seriam os custos a suportar pela CM com o CURADOR do Museu; a compensação monetária a pagar à Cedente da Colecção;  os plurianuais 150.000 euros por ano para a SintraQuorum assegurar a gestão! 

O CURADOR (pela certa longe de alter ego ou de falsas promessas...) curiosamente a contratar e a pagar pela Câmara com equiparação a Director-Delegado, seria indicado de fora, pela Cedente, ou na sua impossibilidade pelo Conselho da Tutela. 

A Cedente, receberia a compensação mensal de três salários mínimos nacionais.

Neste quadro, passível de ambições ocultas, volta não volta, há sintomas de (in) disfarçável ansiedade por tão peculiar Protocolo, nalguns pontos tão "aberto" que é impossível estimar os custos a que o Município ficaria obrigado.

Ao contrário do escrito e divulgado através de um Semanário Regionalista, o Protocolo de Cedência não foi celebrado entre a Câmara e a Cedente do Espólio, pelo que não há vínculos...provavelmente dependentes de um novo Clausulado. 
  
Tudo isto torna estranha a pressão, o frenesim repisador para que a Câmara assuma elevadíssimos encargos...mas...ficando minoritária nas decisões.

OPÇÃO MENOS ONEROSA E CULTURALMENTE POSITIVA

As preocupações do Presidente sobre as finanças da Câmara, face a compromissos desajustados, deixam um vazio nos cidadãos preocupados com o bem-estar colectivo e não com seus umbigos, pelos reflexos negativos na qualidade de vida dos munícipes.

Daí que, neste espaço, tenhamos optado por referir sempre situações que possam ser resolvidas sem que o impacto financeiro obrigue a serem muito repensadas. É uma opção, sem presunção de grandes citações ou alardes, virada para o bem comum.

É sempre possível fazer obra, planificar um futuro mais justo, garantir direitos, tal como oferecer alternativas culturais a todos os grupos etários, com gastos controlados. 

Ora, se a Câmara Municipal de Sintra tem uma valiosa Colecção de Arte (pessoas habilitadas referem-na como a melhor do País) que não está disponível ao público, porque não aproveitar essa riqueza cultural para a expor à avaliação de visitantes?


Clément Serneels, "Primavera em Sintra"  - óleo sobre tela (Património Artístico da CMS)

O Museu de Arte Moderna não tem donos nem fins pré-programados, pelo que - sendo da Câmara Municipal - todo o nosso património artístico dele se pode aproveitar, com a vantagem de muitas das peças se ligarem mesmo à HISTÓRIA DE SINTRA.


Leal da Câmara , "Au casino"  - guache sobre papel (Património Artístico da CMS)

Real Bordalo, "Dia de Chuva em Sintra"  - aguarela sobre papel (Património Artístico da CMS)

Esta opção cultural, dispensadora de um CURADOR  e da panóplia de custos associados, garantiria que a Colecção de Arte sintrense fosse bem conhecida.

Por aqui, a Câmara não se iria endividar mais...NEM SERIA PRECISO.







domingo, 6 de abril de 2014

PARA SORRIR, NESTE DOMINGO...

JOVENS AFRICANAS NO BANHO...

Uma Amiga, que muito estimo, enviou-me o vídeo que a seguir se mostra.

Um simples banho...às vezes ajuda tanto.



terça-feira, 1 de abril de 2014

SINTRA: ENTRADAS MAIS CARAS EM PARQUES E PALÁCIOS

A partir de hoje (não é mentira do 1 de Abril...) são mais caros os preços de acesso a Parques e Palácios explorados pela Empresa Parques de Sintra - Monte da Lua.

É a cultura à época, agora a Alta, cada vez mais inacessível aos portugueses, a caminho de ser fechado o Património Nacional às famílias de economia mais débil.

Sendo a fruição da CULTURA um direito constitucional que não se pode separar do direito de acesso ao património cultural, restringi-la pelo preço é inaceitável.

Poderia repisar (sob risco de bajulice) no mérito das recuperações feitas na PS-ML, assim ocultando que, antes, acabou com as entradas gratuitas aos Domingos para os cidadãos nacionais, medida que nenhum Governo teve a ousadia de tomar. Ora,

Esta penalização não pode ser justificada com as regras comunitárias que proíbem a discriminação com base na nacionalidade. Eram possíveis outras alternativas, estudadas de forma sensível e ajustadas à realidade que vivemos. 

A PS-ML, ao aceitar assumir a gestão dos Palácios Nacionais de Queluz e Sintra, não poderia ignorar que o Estado concedia esse direito aos cidadãos nacionais, um incentivo cultural e lúdico às famílias e não a personalidades de perfil borlista.

Como os Palácios de Queluz e Sintra eram - no conjunto - rentáveis na gestão estatal, porquê a "redução das gratuitidades" como "primeira medida para aumentar receitas"? Alegadamente - sem as caracterizarem - "representavam 37% do total das visitas".

Segundo a PS-ML, em 2010 os visitantes nacionais representaram 14% do total; em 2011 desceu para 10%. Declarações recentes do seu Presidente permitem deduzir que em 2013 apenas 7% dos visitantes eram portugueses. Será isto um brilharete? 

Em ambas as situações (preços e gratuitidades) a Câmara Municipal, enquanto entidade máxima gestora do território e dos canais turísticos, não terá sido consultada.

Beneficiado o Estado, penalizados os cidadãos nacionais... 

Pode dizer-se que, no seguimento da gestão dos Palácios passar para a PS-ML, só os cidadãos nacionais foram vítimas directas das medidas tomadas.

O Estado passou a arrecadar uma renda anual à volta dos 400.000 euros. A PS-ML fez a alavancagem do IVA de 0% para 23% e, ao mesmo tempo, aos cidadãos nacionais cortaram-se direitos e oneraram-se preços.

Em que patamar estará a gratidão? No Estado? Nos cidadãos? Veremos no futuro...

Alguns dos novos preços e comparações


Hoje, visitas normais e completas custarão: Palácio da Pena, 14 €; Palácio de Queluz e Jardins, 9,50 €; Palácio de Sintra, 9,50€. De Nacionais resta-lhes o nome...

Por exemplo, o preço acima referido para o Palácio da Pena decompõe-se da seguinte forma: entrada 11,38€ a que se acrescenta o IVA de 2,62€. Total 14 euros.  

Comparemos com famosos Palácios e Parques da Alemanha: Nymphenburg , em Munique (Palácio e Parque - 11,50€); Herrenchiemsee (Palácio, Museu e Galerias - 8 €); Neuschwanstein (12 €). Acresce que os jovens até aos 17 anos nunca pagam.
Obra Prima na Galeria do Nymphenburg - Foto: Bayerische Verwaltung der Staatlichen Schlösser, Gärten und Seen

Em Sintra a sobreposição de poderes

Andarão distraídos, pela certa, quantos no tempo da primeira Administração, manifestavam reservas sobre o poder conferido nos Estatutos à PS-ML e riscos do alargamento de influência. A polémica sobre o Hotel Netto não avivou memórias.

Lá constam "poderes expropriantes" para a "prossecução do seu escopo social", poder vir a incluir "outras áreas" até à envolvente do Cabo da Roca e, entre outros poderes, em certas condições "ocupar temporariamente" terrenos particulares".

Lembre-se que na segunda Administração, a Presidência foi ocupada pelo Presidente da Câmara de Sintra, mas depois a Câmara retomou o lugar de accionista minoritária. 

Situações destas permitem o surgimento de destaques, mesmo fulanização como forma de colagem, o que subliminarmente pode incentivar dinâmicas concorrentes.

Na verdade - sem o querermos - temos como que duas entidades gestoras, facto que não ajuda à mobilização dos portugueses para que partilhem e amem Sintra no seu todo, desde o Centro Histórico à nossa bela Serra. 

A Câmara Municipal deverá assumir as responsabilidades

Curioso que a A Parques de Sintra - Monte da Lua, por um lado, por ser de capitais exclusivamente públicos possa ser isenta do IMI a pagar à Câmara Municipal e por outro não se enquadre como entidade pública, facto que a leva a cobrar 23% de IVA.

Ora, a Câmara Municipal de Sintra é a única gestora democraticamente eleita para todo o território, define as políticas de desenvolvimento e gere os nossos impostos de munícipes e cidadãos, pelo que não faz sentido ser minoritária na Administração da PS-ML.

Numa lógica de gestão - até para eliminação de custos - a Câmara Municipal ou seria a entidade gestora de Parques e Palácios (fazendo descer preços por redução do IVA) ou converte-se-ia em maioritária na PS-ML, com um Administrador Delegado.

Esta perspectiva, seria relevante para a gestão integrada das estruturas, nomeadamente acessibilidades, protecção civil e dinamização turística alargada, ao serviço da economia de todo o território, ganhando os sintrenses e os portugueses.

Esperemos que a exploração intensiva da aparente "mina de oiro" não tenha efeito refluxo ao turismo global sintrense.