Por certo, só dificuldades de agenda impedirão que V.Exa. acompanhe as operações de bloqueamento de viaturas, desde há uns tempos levadas a cabo em Sintra pela Polícia Municipal, prática que não poderá desconhecer..
Teria a oportunidade de avaliar - em directo - os transtornos e prejuízos causados a pessoas que, acreditando nas campanhas, sonharam visitar Sintra, sem imaginarem os momentos pouco felizes por tanta dedicação às multas.
Não é que não existam desrespeitos por parte de alguns automobilistas. Mas poderia existir um aceitável equilíbrio que só prestigiaria as instituições.
Obrigada que está à boa imagem, a Câmara deveria prevenir as infracções como prova de boa fé. Isto é, onde não se deve estacionar use-se a sinalética adequada e não a sua omissão, porque a muitos turistas o Código português não diz nada.
Obrigada que está à boa imagem, a Câmara deveria prevenir as infracções como prova de boa fé. Isto é, onde não se deve estacionar use-se a sinalética adequada e não a sua omissão, porque a muitos turistas o Código português não diz nada.
Ainda anteontem, no Largo Dr. Carlos França - sem qualquer sinal proibitivo - o bloqueamento foi aplicado, alegadamente porque "sendo uma via com dois sentidos, o estacionamento não permite o cruzamento de duas viaturas".
Visível o espaço disponível para circulação rodoviária
Em sentido diferente será a interpretação do Artº. 49º. do mesmo Código, que proíbe "parar ou estacionar a menos de 5 metros para a frente e 25 metros para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos de transporte (...)".
Com efeito, como mostra a foto que segue, a não aplicação do Código permite parqueamentos rentáveis, sem preocupações pela congestão da circulação no local sempre que os autocarros são obrigados a parar no meio da via.
Artº. 49º. do Código da Estrada não se aplica aqui?
Em tese, estando V.Exa de Presidente de Câmara há quase 12 anos, não se resolveram os problemas do Centro Histórico relacionados com acessibilidades, excesso de trânsito, falta de estacionamento e parques dissuasores.
Em consequência, milhares de visitantes não chegam a poder saír dos carros onde se deslocam - estranha forma turística de visitar um lugar tão nobre - e, se o fazem, correm o risco de aumentar o pecúlio camarário.
Neste quadro, as acções bloqueadoras - nalguns casos e locais - talvez devam depender de ajustamentos na sinalética, evitando-se desagrados oponíveis ao TURISMO de Sintra, pelas acções que, sendo legais, não são facilmente entendíveis.
E a Autoridade Municipal com tantas outras frentes para se dedicar...