domingo, 29 de setembro de 2013

CONHEÇA A FONTE DO POETA...

 
Um pouco de mistério.  Roteiro sempre belo por Lisboa. 
 
Como é bom beber cultura junto desta Fonte. 
 
FONTE DO POETA 
 
"Nesta fonte que fala na surdina
de qualquer coisa que eu não sei ouvir
matei agora mesmo a minha sede
e sentei-me ao pé dela a descansar.
 
Não havia no ar mais do que a luz
finíssima da tarde num adeus...
uma luz moribunda e solitária
a despedir-se frágil pelos céus.
 
E à medida que a luz se diluía
nas sombras que nasciam lentamente
a fonte no silêncio mais se ouvia,
mais límpida, mais pura, mais presente.
 
Anoiteceu. Ninguém só a voz dela
só essa voz...ao longe num desmaio,
o timbre vivo e pálido de um grito
levantei-me. Deixei-a. Tristemente
acendeu-se uma estrela no infinito."
 
António Boto
 
 
Vejamos a fonte numa outra perspectiva de grande beleza:
 
 
 
Esta belíssima peça, escondida numa Rua que é mais um Largo, reflecte a sociedade em que a homossexualidade era marginal... mas António Boto (também Botto) assumiu-a, mesmo sendo casado.
 
Não é fácil lá chegar...mas a fonte é um momento de arte e saber.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SINTRA: MARCO ALMEIDA E O BEM PRECIOSO QUE É A ÁGUA...

VOLTA DO DUCHE REGADA COM ÁGUA DOS SMAS...

Marco Almeida, ainda hoje (27.9.2013) constando como Vice-Presidente e Vereador do Ambiente na CMS em representação da Coligação Mais Sintra (PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT), teve 12 anos para resolver o problema da rega da Volta do Duche.

Quem passa e conhece a Volta do Duche, sabe que, durante todo o ano, é forte o caudal de água que, vindo das nascentes, por lá corre a caminho da Ribeira.

Forte caudal de água mesmo em final de Verão

Apesar de todos estarmos obrigados a poupar os recursos naturais, causa perplexidade que aqueles hectares da Volta do Duche sejam luxuosamente regados com água dos SMAS, tratada para consumo humano, bem paga pelos sintrenses.

Na hora da rega, a água tratada é gasta com abundância
 
Pontas de ligação à rede estrutural

Extensões
 
Enquanto isso, há muitas habitações no concelho onde a água fornecida pelos SMAS não chega, por razões que não valerá a pena aqui citar mas para meditar.

Quanto nos custam os milhares de metros cúbicos de água da rede pública?

Naturalmente que, em 12 anos, teria sido possível a realização de uma obra que, aproveitando o caudal de água livre, respondesse para as necessidades das regas.

Ao mesmo tempo, se preocupações existissem com os gastos, as facturas pagas pela Câmara aos SMAS seriam substancialmente reduzidas.

Estamos, assim, perante a negação de duas responsabilidades: acautelar os gastos públicos e preservar a natureza e seus bens essenciais à vida.

Em tese, faltando sensibilidade para preservar o bem mais preciosos para a humanidade como é a água, não podem ser escamoteadas as insuficiências de quem nos tem gerido nos últimos 12 anos, mudando ou não o rótulo da apresentação.

Por vezes, coisas tão simples ajudam-nos tanto a avaliar os políticos.

12 anos, foi muito tempo.

Sintra merece mais!





 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SINTRA: FERNANDO SEARA E A ÚLTIMA SESSÃO PÚBLICA

Atempadamente (Edital 160/2013, de 31 de Julho) o Sr. Dr. Fernando Seara, estando de Presidente, encerrou as relações institucionais com os munícipes ao desmarcar a última Reunião Pública em que eles poderiam falar, calendarizada para 21 de Agosto.

A institucional despedida dos munícipes foi assim silenciada, como um desafecto depois dos afectos, desligando-se dos sintrenses. Não foi a forma mais adequada...

Passámos a ter o Sr. Dr. Fernando Seara mais ligado a Lisboa, enfatizando - na apresentação da nova candidatura - os "12 anos a cumprir escrupulosamente as obrigações que assumiu com os munícipes de Sintra".  Vejamos, então:

Fui dos sintrenses que criaram expectativas com Fernando Seara, na convicção de que a mudança traria novos projectos e melhoria da qualidade de vida sintrense.

Relevante ter-se mostrado sensível a não aprovar o silo automóvel na Volta do Duche, procurando outras soluções para o trânsito no Centro Histórico. Passaram 12 anos e parte do local preservado é agora usado para auto caravanismo selvagem.

No primeiro mandato, Fernando Seara fez roteiros pelas freguesias, surgiram promessas e, simpaticamente, dava pinceladas que apontavam o mandato seguinte como de obras, desbloqueamento de situações arrastadas e linhas de progresso.

Em 2002, falava num "Concelho de Excelência", "eixos de desenvolvimento" e "proposta de Revisão do PDM" a partir "da primeira quinzena de Maio" desse ano. Em Janeiro tivemos a "Cidade das Crianças", que seria em exclusivo para Portugal.

Depois, 92 quilómetros de Ciclovias, piscinas nas freguesias, Casa das Selecções em Almargem, melhores transportes; uma herança de mais de 100 Áreas Urbanas de Génese Ilegal que se esperava resolvida. Passados 12 anos estão à vista...

Em cultura, a promessa do Museu de Dorita de Castel Branco tocou-nos. Perdemos.

Uma (onerosa) equipa do Prof. Braga de Macedo, estudou em 2005 o "Plano de Desenvolvimento Estratégico para o Concelho de Sintra - Sintra Ideal em 2015", um investimento muito positivo se levado à prática. Estamos em 2013 e que se sabe? 

Estes objectivos e promessas, levaram-me a dar o melhor apoio nas eleições de 2005, já que as condições para o seu cumprimento eram ideais. Confiei num segundo mandato que seria a concretização de tudo o que, acreditando, serviria Sintra.

Com que nos deparámos?

Os sintrenses, ao invés de assistirem à concretização de promessas directas ou induzidas, foram sendo salpicados por entrevistas, reportagens, frases bonitas, Byron e Herculano, sem que os saltos evolutivos tenham surgido.

Os exemplos dados de promessas não concretizadas não são marginais à gestão sustentada do território, já que poderia influenciar qualitativamente o desenvolvimento de Sintra. Arrastadas no tempo, acabamos por ficar na mesma.

Desiludido, nas eleições de 2009 afastei-me de apoiar o Sr. Dr. Fernando Seara, não estando em causa as simpatias pessoais que ele justifique, mas a prática política de promessas não executadas, situação que não podia ser escamoteada. 

Nessa campanha, Fernando Seara diria: "A câmara está disponível para comparticipar o hospital público em Sintra. Pelo que me foi dito, esta opção está definida no Plano de desenvolvimento estratégico do Amadora-Sintra para 2010". Onde está?

Foram 12 anos de promessas efectivas e alusões a outras,  que não se viriam a concretizar. O Eléctrico Histórico beneficiou de um mecenato de 2.500.000 de euros para a sua recuperação. Descarrilou a promessa de chegar à Estação da CP.

Insistiu-se na invocação de apoios a famílias e crianças carenciadas,  talvez de bons resultados eleitorais, mas criando uma inadequada imagem miserabilista do concelho.

Muitas empresas foram fechando, sem estímulos à sua manutenção para garantir os postos de trabalho, a forma mais social de se apoiar as famílias.

Não admira, pois, que em Agosto de 2004 existissem - oficialmente - 17.213 inscritos no Centro de Emprego, número que no mesmo mês de 2013 atingiu os 22.098.

Os transportes públicos rodoviários e ferroviários pioraram, causando transtornos aos utentes. A Coroa Urbana continua a chegar só ao Cacém. Os transportes rodoviários são caríssimos e os idosos não beneficiam de descontos.

Neste quadro, Sintra caiu no ranking dos municípios portugueses do 5º para o 129º lugar, o que é totalmente desadequado ao prestígio e à imagem de todos nós. 

Em tese, quando o Sr. Dr. Fernando Seara apresentou a candidatura a Lisboa, certamente entusiasmado, deve ter desvalorizado importantes pormenores - alguns aqui lembrados - e que foram marcos da sua passagem por Sintra.

"12 anos a cumprir escrupulosamente as obrigações que assumiu com os munícipes de Sintra" (Seara dixi...). Interessante...



Nota: Nestes 12 anos, foi total o envolvimento e a confiança política em Marco Almeida, seu Vice-Presidente, candidato dito "Independente" que até à última Sessão Camarária em 9 deste mês, não se desligou da Coligação do PSD e CDS.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

FERNANDO SEARA E MARCO ALMEIDA, 12 ANOS EM SINTRA

INDEPENDENTE = "que goza de independência; que não está sujeito; autónomo" 

O artigo publicado em 13 de Maio de 2011 (que agora se republica) talvez possa ajudar ao estudo de especialistas sobre as dependências que se tornam independência de vocação eleitoral uns tempos antes das campanhas.

O pedaço ("Eu tenho a obrigação aqui de dizer que, por sua indicação (...)" destrói todas as veleidades de um candidato se desligar de 12 anos no poder dizendo-se "Independente" enquanto representou - até ao último dia - o Partido da eleição.

E quando se souber, oficialmente, das Contas e  Passivo Exigível da Câmara Municipal, pensemos em como se distribuíram milhões cujo efeito na qualidade de vida dos munícipes se diluiu como "cinza de um cigarro que se apaga". Dinheiro nosso...

Do artigo faz parte um vídeo que pode ver clicando aqui .

 "SEARA PASSA A PALAVRA ou O TESTEMUNHO? 

Se não estivéssemos perante eleitos para cargos na administração local, justificando respeitos bilaterais, seria levado a pensar que o vídeo abaixo sugerido não passava de uma peça de teatro, por sinal mal ensaiada.
 
O primeiro acto sugere a preparação da cena, que se inicia com a manifesta gratidão pelo “total apoio da nossa autarquia".
 
Fernando Seara entra de frente na imagem e diz “é com muito gosto que vim cá, mas vim cá a título particular. Quem representa a Câmara é o Sr. Vice-Presidente, portanto eu vou sair daqui e vou para o título particular" , seguindo-se a saída de cena.

Notam-se risos e alguém diz: "é uma situação assim um bocado...".

No acto seguinte, o Vice-Presidente saúda "o cidadão professor Fernando Seara que está aqui, claro que não está aqui como…apenas como cidadão, é o Presidente da Câmara" e, de forma laudatória, aborda a dedicação presidencial no campo social e em apoios financeiros: - "este ano, também com investimentos a concretizar na área desportiva...".
 
Aos 2m e 38s do vídeo, as palavras dirigem-se ao Presidente da Câmara que tinha dito ir sair dali, mas continuava a "título particular".
 
A apoteose surge aos 2 minutos e 51 segundos, quando o Vice-Presidente se dirige ao Presidente (que não tinha saído) e completa: - "Eu tenho a obrigação aqui de dizer que, por sua indicação, nos últimos três anos e meio a CMS quer em infra-estruturas próprias, como por exemplo o complexo desportivo da Educa que foi comprado e recuperado em cerca de 4.000.000 de euros, quer também em apoio a infra-estruturas desportivas dos clubes, já foram investidos por parte da Câmara Municipal de Sintra 8.500.000 euros”.
 
Caído o pano, pensei se o aludido “complexo desportivo da Educa” era o mesmo que justificou o pedido de empréstimo bancário de 4.800.000 euros e se chamava Fitares.
 
Se é o mesmo, terá sido mais barato? Se sim, onde foram aplicados os restantes 800.000 euros?
 
POLÍTICOS Á DERIVA com MILHÕES PARA DESPORTO
 
Fazendo fé nas palavras ditas, temos a desportiva aplicação de 8.500.000 euros durante os últimos três anos e meio, quando os mesmos autarcas salientavam - a partir de Maio de 2009, com eleições à vista - as dificuldades e abertura de 5 refeitórios escolares aos fins-de-semana, para responder às carências de alunos.
 
Aliás, em 13 de Julho de 2010, aquando da visita do Presidente da República a algumas escolas, Fernando Seara terá afirmado "que andou a rapar tudo o que era possível no orçamento da autarquia, para reforçar as verbas para a educação, isto é, para o apoio social (...)". E o Vice-Presidente esteve lá.
 
Para ajudar à imagem miserabilista que foi lançada sobre todo o concelho, no encerramento da IV Jornada do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, Fernando Seara, na qualidade de Presidente da CM de Sintra afirmou:
 
"Sentimo-nos à deriva, objecto de medidas contraditórias que se vão sucedendo e destruindo, durando algumas menos do que a cinza de um cigarro que se apaga. Sentimo-nos carentes de horizontes e de rumo, inseguros e ansiosos".
 
Coisa estranha: - Por esta altura já os 8.500.000 euros andavam a ser distribuídos, sem cautelas de poupança nem a rapar o que quer que fosse.
 
São os tais mistérios sintrenses, mesmo que agora – passadas as eleições – já não se fale nas crianças carenciadas."
 
 
O endereço do vídeo sugerido:
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 


sábado, 21 de setembro de 2013

SINTRA: TIVE ESPERANÇAS...QUE LIGASSEM AOS MUNÍCIPES

Depois de ter manifestado a minha esperança na recuperação dos Azulejos e Estufa do  Casal de S. Domingos (p.f. clique), fiquei na expectativa do oneroso investimento camarário que, de uma vez por todas, acabaria com a degradação notada no local.

É que, há tantos anos assim, a pouco mais de 100 metros dos Paços de Concelho, a imagem que se segue ilustra os autarcas dos últimos 12 anos e o seu empenho na respeitabilidade dos bens públicos.

Foto tirada em 2007

Trata-se de instalações camarárias, de uma entidade que deveria ser exemplar, para ter a indispensável autoridade na conservação dos edifícios e espaços particulares.

A recuperação dos azulejos seria cara? Quanto? 250 euros? Então o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Fernando Seara, que ainda pensou comprar as ruínas da Quinta do Relógio por mais de 6 milhões de euros, não dispôs de uma verba tão pequena?

O Sr. Presidente já viu pela certa. O Vice-Presidente, por cá há 12 anos, entre corridas às escolas para dar livros e associações de idosos, já deve ter visto. O Vereador do Turismo, zelador da boa imagem sintrense também por lá passa...

O Presidente da Junta de Santa Maria e S. Miguel, agora candidato "Independente" talvez nem se tenha apercebido ou, imbuído da colectiva "Dedicação", ficou à espera que outros resolvessem um problema que também era seu pelo defesa do território.

Desculpar-me-ão os senhores autarcas, mas isto ultrapassa a cultura do desleixo, podendo mesmo configurar a indiferença pelo património e pelos munícipes. 

O Painel desfigurado e a degradada estufa existentes num espaço de que a Câmara Municipal é proprietária, só podem indignar.

INDIGNAÇÃO é muito mais do que ter-se "vinagre nas veias".






 

domingo, 15 de setembro de 2013

SINTRA: SEI EM QUEM NÃO VOTAR PARA A UFSMSMSMSPP...

CONTRA OS QUE DESTRUÍRAM A MINHA FREGUESIA

Eles andam por aí. Alguns até se dizem "Independentes". Querem fazer-nos esquecer que estiveram na primeira linha de colagem e seguidismo ao que Fernando Seara e Marco Almeida fizeram para satisfazer Relvas e a Lei de Extinção de Freguesias.

Distraídos, usam as palavras "dar continuidade", quando só o podem fazer indo contra a quase milenar e riquíssima história dos territórios sacrificados e suas gentes.

Falam da "participação democrática da sociedade civil", quando não quiseram escutar a sociedade civil para relevantes temas da vida colectiva e agravamento dos problemas locais, optando por mais afastamento em vez de proximidade.

Foram eles que fizeram a UFSMSMSMSPP, nome híbrido que apadrinharam, uma figura territorial sem nexo, desligada dos residentes e seus interesses, mas cujos objectivos - cada vez mais claros - nada têm a ver com o Poder Local Democrático.

As populações, umas mais que outras, foram traídas.

Como é possível, e com que interesses, pessoas que se vincularam à história das suas freguesias, se misturem contra naturam com os "ajustados" à Lei que traiu aquilo que foram os princípios do Poder Local democrático, de proximidade aos residentes?

Um candidato agora "Independente", que nada soube dizer - durante anos - sobre um Fontanário Histórico desaparecido a 200 metros da sua Junta, propõe-se "promover a realização de eventos que visem a projecção de Sintra nos diferentes continentes"...

NÃO VOTAREI EM QUEM - NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL - APOIOU A LEI DE EXTINÇÃO DE FREGUESIAS E QUE DELA SE POSSA APROVEITAR.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SINTRA: NA DESPEDIDA DE ANA GOMES

No passado dia 9 (segunda-feira), segundo o Calendário previsto, realizou-se a última Sessão de Câmara (obviamente privada) antes das Eleições de 29 deste mês.

Como o Senhor Presidente de Câmara cancelou a última Reunião Pública, calendarizada para 21 de Agosto, os munícipes ficaram impedidos de intervir.

Daí que - por aqui - envie uma saudação de despedida muito especial para a Sra. Dra. Ana Gomes, Vereadora, cuja candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Sintra tive a honra de publicamente apoiar.
 
É meu total convencimento que, se tivesse sido eleita Presidente da Câmara, Sintra teria dado largos e indispensáveis passos para o desenvolvimento económico de que carece, com reflexos na melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes.
 
Ana Gomes não foi eleita para Presidente, mas cumpriu o seu mandato de Vereadora com elevado esforço, já que em simultâneo desempenhou funções internacionais que prestigiaram Portugal no conceito das nações.
 
Respeitada Embaixadora de profissão, Jurista e Eurodeputada, Ana Gomes tem desempenhado elevadas missões em nome da União Europeia, onde ajusta a sua dinâmica e competência à seriedade de quem sabe estar na politica. 
 
Não seria a Presidência da Câmara de Sintra o trampolim para outras ambições, mas sim uma missão mais a desempenhar, com o elevado sentido de responsabilidades que coloca em todos os seus actos.
 
A Dra. Ana Gomes ensina como se deve estar na politica. Faz parte da História. É uma cidadã do mundo no sentido mais alto do termo.

Sem exibicionismos, enquanto participou na solução de muitos e graves problemas que ocorreram e ocorrem por este mundo fora, procurou cumprir a sua eleição como Vereadora, estando presente nas reuniões da sua Câmara Municipal.

O meu reconhecimento à Sra. Dra. Ana Gomes, que gostaria de ter tido como Presidente do meu concelho - que também é o dela - numa confiança total do que seria a sua gestão e rigor a todos os níveis.

A Dra. Ana Gomes terá sempre um elevado cargo à sua espera em Portugal, para bem do nosso futuro como povo livre e onde queremos viver condignamente.

Fico à espera de Ana Gomes, no meu País.


 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SINTRA: QUEM VIER ATRÁS QUE LIMPE A CASA?

HISTÓRIA COMPLEMENTAR DAS "EMBRULHADAS"

Agora que, ao que parece, ninguém foi responsável pelo que aconteceu nos últimos 12 anos, talvez seja altura de alertar os autarcas que se seguem para as despesas a orçamentar a título de limpeza e outros compromissos que fiquem em carteira.
 
Nas Escadinhas do Hospital, em pleno Centro Histórico, também houve casas "embrulhadas", não se conhecendo outras virtudes senão alegrar os olhos de quem passava e iludir os eleitores para a campanha autárquica de 2005.

 
O tempo, na sua ingratidão, encarregou-se de desfazer o painel pintado por um artista plástico que não merecia ver assim a sua obra destruída e abandonada.
 

 
Nesta fase, sem o painel, tivemos o "bucólico" que nem Byron ou Herculano viram, mas onde qualquer distraído passeante pode ver "estrelas" pouco agradáveis.  
 
 
Nestas escadas passam diariamente residentes, turistas, pessoas que olham a apreciar estas estruturas, cada vez mais integradas no espírito da "Dedicação" que um dia seria prometida aos sintrenses e por aqui conservada. 
 
Passados 2 mandatos, 8 anos, 96 meses, 2920 dias, sem que alguém se manifestasse com vocação para retirar estas estruturas, será que um destes dias se publicita a adaptação a baloiços ou se instalam aparelhos para cultura física? 
 
A menos que se trate de algum compromisso assumido com os sintrenses.
 
E quanto custou tudo isto ao erário público e aos sintrenses?
 
NINGUÉM EXPLICA? 
 
 
 

domingo, 8 de setembro de 2013

SINTRA: SR. DR. FERNANDO SEARA, O CANDEEIRO FICA?

A história do candeeiro nunca terá sido bem contada.

Talvez, antes de deixar o cargo de Presidente da Câmara, o Sr. Dr. Fernando Seara esclareça tudo sobre o candeeiro negro - como que de mau augúrio - instalado em Junho de 2012 quase em frente dos Paços do Concelho.
 
 Completamente desenquadrado do local e do espaço
 
Trata-se de um candeeiro pesado e negro, equipado para ser espião, constando que possui dois botões, um que nos daria a música de que precisamos e outro que serviria para outros fins mais alarmistas, pouco entendíveis no local. 
 
Agora que já acende, porque raio a cinta continua a tapar os botões?
 

 Verdadeiro cinto de castidade, impedindo o acesso aos botões

Segundo uma "fonte do gabinete de comunicação da Câmara" ao Tudo sobre Sintra (10 de Julho de 2012)  o "poste foi oferecido por uma empresa do concelho", mas passados 14 meses ainda não terá sido aceitado em Reunião de Câmara.

A confirmar-se que foi oferecido, porque não foi ainda à Reunião de Câmara para ser votada a doação? A menos que a informação prestada não corresponda à verdade, o que seria extremamente grave.

Se foi comprado, quanto custou aos contribuintes.

A confirmar-se o gosto pela continuação no local, então uma modesta sugestão:

- Que na próxima (e última) Sessão de Câmara deste mandato, Extra Ordem de Trabalhos, seja proposto dar ao candeeiro o nome do promotor de tão relevante obra. Porque em Sintra não se deve só lembrar Byron e Herculano... 
 
Nestas coisas há sempre nomes disponíveis para brilhar. 
 
 
 ««»»
 
 
Lviv - Candeeiros nos quatro cantos da Praça do Mercado (à esquerda é a Câmara Municipal)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O CONFUSO TACHISMO NA VIDA AUTÁRQUICA...

Quando se aproximam eleições autárquicas, logo surgem figurinhas que, perdendo conceitos de seriedade, se aproximam do candidato que julgam vir a ganhar.
 
Imbuídos de entusiasmo forte, alheios a que a corrida aos lugares dá alimento à corrupção, pessoas que muito considerámos desfazem-se da confiança concedida.

Até há quem, entre dúvidas e prevenindo a incerteza do vencedor, surja a apoiar um e pisque o olho a outro, num investimento barato que pode ser premiado.

O candidato que quer votos a todo o custo, acena com bondades que nunca serão pagas de seu bolso. Esquece quando, poderoso, se vingava de quem o criticasse.

O outro, candidato a um lugarzito, entre assessor sem trabalho e administrador sem perfil, nem pensa na nódoa, desde que paga. Na feira dos princípios, vinga o preço.
 
Um terceiro lote, menos apercebível, busca benesses mais modestas e, de bandeira ao alto, publicita o poderoso, esquecendo-se  de desprezos anteriores.

Confrange o tachismo emergente, à luz do dia (ou da noite), que acaba por fundir na mesma peça de podridão política o candidato e os candidatos.

E mais nos desilude quem - devendo a um partido ter sido autarca - embora livre de novas opções, colabore no mau gosto de apresentar um adversário comendo qualquer coisa que, certamente, não foi paga com remuneração de assessor.
 
Defensor de um (ou uma) sintrense para a Câmara Municipal, não manifesto o meu apoio a nenhum candidato - SEI EM QUEM NÃO VOTO - mas o recurso a métodos eticamente menos aceitáveis, só desvaloriza os autores e prejudica o seu candidato.

Faço questão de salientar que, na minha opinião, o candidato não se identifica com tais práticas, competindo-lhe chamar a atenção aos seus directos apoiantes.


 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SINTRA: HÁ SEMPRE QUEM GOSTE DISTO...


 
É óbvio que, quase de certeza, há quem goste disto. E, se tanto se justificar, até sob o título de "Independente" não deixará de preservar esta qualidade ambiental. 
 
Ora, se há quem goste do que acima se mostra, razoavelmente gostará do que se segue, porque não se conhecem medidas adequadas para prevenir que isto suceda nem para as devidas reparações. É apenas a 100 metros da Junta de Freguesia.
 
Nenhuma das duas fotos fez parte da exposição patrocinada pela Junta de Freguesia
 
Estaremos perante gostos, esquisitos é certo, mas nestas coisas, a questão principal prende-se com a indiferença do órgão que deveria zelar pela qualidade das infra-estruturas de uma zona que deveria ser prestigiada. 
 
Agora, juntando as fotos, temos uma infeliz panorâmica da zona pedonal, situada a 100 metros da sede de uma Junta cujo Presidente anunciou que vai concorrer como "Independente", assim a modos de não ter nada a ver com isto.
 
 
Imagens de futuro? Não. New look da "Dedicação", a travestir-se de "Independente".
 
JÁ SEI EM QUEM NÃO VOU VOTAR PARA A UFSMSMSMSPP (*)
 
 
 
(*) Sigla da nova entidade dita "UNIÃO", na destruição da proximidade entre eleitos e eleitores. Lamentavelmente, aqueles que apoiaram a Lei da Extinção de Freguesias, não só concorrem como se fazem defensores dos residentes nos territórios extintos.
 
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

SINTRA: O INFERNO DE D. MARIA DO CÉU...

D. Maria do Céu e marido, chegaram a Sintra em 1970, vindos do Alentejo profundo à procura de trabalho. Por cá ficaram à espera de melhores dias e de filhos.
 
Sacrificaram-se, compraram uns tantos avos de terra, suficientes para a casinha sonhada e, metendo mãos à obra, picaretas, pás e baldes com cimento, fizeram-na. A Maria do Céu ficou com uma casa pobre e uma rica hérnia para recordação.
 
Ao longo dos anos, ela e Francisco, de clandestinos passaram a habitantes, depois a eleitores, um dia foram chamados de munícipes e, mais recentemente, especialistas em linguagem autárquica, falam neles e citam-nos como “fregueses”.
 
Maria do Céu e o marido (há algum tempo falecido) não mais deixaram a freguesia de S. Pedro, incluída na matriz urbana de Sintra e orgulho que diziam no Alentejo.
 
Viver perto e tão longe
 
Há pouco mais de 10 anos, a Maria do Céu e vizinhos tinham transporte directo até à porta da sua Junta em S. Pedro, pagando um só bilhete na carreira 467.
 
Autarcas de arribação – esvoaçantes na dedicação que não definiram a quem – pouco preocupados porque se deslocam em viaturas que nós mantemos, autorizaram o desvio da carreira que passava à porta da Junta, obrigando os utentes a transbordos.
 
Hoje, a Maria do Céu, viúva com baixa pensão, pagante de IMI e taxas de “passagem” para tudo, para chegar junto da sede da sua Freguesia foi e voltou a pé num trajecto de 4 quilómetros para cada lado, com 32º de temperatura e sol aberto.

Como a transportadora não tem tarifa para idosos nem aplica a bilhética por tempo de viagem, os transbordos obrigam a novos bilhetes, custando uma só viagem 3 euros e 30 cêntimos. Na Ida e Volta gastam-se 6 euros e 60…inacreditável…

Estes custos, superiores ao uso de viatura particular ou ao recurso a táxi, têm efeito perverso, reflectindo-se no abandono de transportes públicos por parte dos utentes.
 
Neste quadro, terem prometido melhores acessibilidades sem acabar com os vícios que têm sido admitidos, não passou de torpe falácia.

Nesta paragem D: Maria do Céu descansou do inferno que são as suas deslocações
 
Em Sintra, um modelo tão parecido com o brasileiro
 
Os últimos acontecimentos no Brasil, iniciados com o preço dos transportes, justificariam que autarcas e políticos repensassem no problema que têm criado com a sua indiferença pelo que se passa por cá no que concerne a transportes públicos.
 
Uma pérola informativa, constante do site da SCOTTURB, é elucidativa: "No dia 17 de Junho de 2013 entram em vigor os horários de inverno não escolares das carreiras (...). Desta forma, eliminaram carreiras que serviam outros utentes.
 
Em boa verdade, sabe-se lá com que cobertura, a transportadora rodoviária que serve Sintra faz o que a deixam fazer. Até "estende" a Sintra o feriado de 13 de Junho, só aplicável em Cascais, causando inegáveis transtornos aos utentes sintrenses.
 
Alterações frequentes de carreiras, quase sempre implicando transbordos, redundam numa confusa oferta em que o mealheiro dos módulos está sempre de ranhura aberta e com apetite para comer umas unidades.
 
São feitas e eliminadas carreiras, chegam as férias e limitam as circulações, como se os utentes não estudantes não pagassem passes e não tivessem direito a aceder a sua casas ou postos de trabalho e à sua vida na comunidade.
 
E a Câmara Municipal tolera isto tudo, quase sem valer a pena fazer reclamações.
 
D. Maria do Céu, descansou as pernas na paragem do Ramalhão, pouco passava do meio-dia, viu descerem logotipos azúis e amarelos, em serviço pela certa, sem que olhassem para ela - munícipe pagante - que viria a retomar o caminho a pé.
 
Sozinha, passou pelos bombeiros, desceu até ao Bairro da Colónia Penal, Rua Dr. António Macieira, Rua da Colónia, mais um pouco e estava em casa.

Sentou-se a meditar: há 12 anos tinha votado neles, que lhe prometeram melhores transportes públicos e comodidades para idosos.

Mentiram-lhe prometendo "Dedicação". A indignação sentou-se com ela.





 

domingo, 1 de setembro de 2013

CASCAIS AQUI TÃO PERTO...

Tem sempre o maior interesse um passeio por Cascais.
 
Bela apresentação à chegada
 
O cheiro do mar continua a ser provocadoramente agradável, acompanhando-nos ao longo da passeata matinal que nos "desenferruja" as pernas e os olhares.
 
Um apetecível mergulho
 
Em Cascais é possível termos vistas largas, horizontes não toldados, sabermos que estamos numa Vila - é verdade, Cascais também é uma Vila - de encontros fáceis, com milhares de visitantes que visitam lojas e frequentam dezenas de restaurantes.
 
Cascais não se atafulha de carros e todos podem parar para dar uma "volta a pé".
 
Um marco histórico para os amantes da bola

Se quiser, verá o local onde em Outubro de 1988 se fez a primeira apresentação pública do então "novo jogo chamado "foot-ball"".
 
Perto, terá o Museu da Presidência (sem  ver Cavaco Silva, diga-se desde já) e uma excelente exposição de Maria Keil.
 
Tem transportes públicos assegurados até tarde, pois a transportadora rodoviária (comum a Sintra e Cascais), garante 60% das suas circulações totais, reservando para Sintra - que tem três vezes mais território - apenas 40% das mesmas. Autarcas...
 
Aproveite, vá até Cascais almoçar. Deixo-lhe esta sugestão:
 
Com esta fabulosa vista...come-se um rodízio de peixe
 
Compreende-se, pois, o êxito da vida em Cascais.
 
Um bom Domingo para todos.