sexta-feira, 5 de julho de 2013

COMO FOI POSSÍVEL PORTUGAL CHEGAR A ISTO?

Ultrapassa os limites do imaginável. Em cada dia, o nome de Portugal anda pelas bocas do mundo pelas piores razões, citado pela existência de políticos podres, fétidas figuras que nos envergonham.

Esta segunda encenação com os actores Passos Coelho e Paulo Portas, que faz parte das comédias da baixa política e muito utilizada em bandos desavindos, é trágica para um país com quase 900 anos de história e orgulho.

Na peça, fingindo-se um casal cujo matrimónio está em risco, retomam o convívio cúmplice aparentando um amor cada vez mais sólido, "reforçado", perto da paixão, sossegando a sogra encavacada  que vai trincando uns pastelitos em Belém.

Após os novos banhos nupciais, em que não se sabe, politicamente, que partido come o outro, o (des) governo apontará baterias para os trabalhadores e reformados, sacando-lhes mais 4 mil milhões de euros, enquanto os distribui pela banca e afins.

Lá fora, as pessoas ficam incrédulas com estas manobras indignas de um governo que, em vez de servir o seu povo, brinca, desrespeita, e faz manobras de diversão.

Um amigo meu, (R), estrangeiro que foi cooperante em Timor, telefonou-me a perguntar: "Qué pasa con su país?". Expliquei-lhe e, do outro lado, "cómo es posible?"
 
K. Jürgens, dizia-me há dias em Munique, que se não fosse meu amigo há alguns anos me chamava mentiroso (lügner), porque não acreditava nas patifarias que por cá são feitas aos trabalhadores e reformados.
 
Temos o triste património de bando de maus políticos, espalhados por vários patamares da administração, que se entendem no direito ao saque, à patifaria, à arrogância e à satisfação das sua ambições pessoais desmedidas.
 
SINTO-ME ENVERGONHADO. PELA MINHA PÁTRIA. PELA MINHA GENTE.
 
Não há resquícios de dignidade em gente que detém o poder e dele vive. Vendem a alma, vendem-se por um lugar, perpectuam-se porque a viscosa lama em que se movem é a forma virtuosa de viver, perseguindo sempre objectivos bem precisos.
 
Os abutres, uns operacionais e outros solidários, vingam-se  da liberdade que outros alcançaram, dos direitos adquiridos e da liberdade conquistada.

Não faltará muito e a repressão violenta aparecerá.
 
POLITICOS SÉRIOS - QUE OS HÁ - SÃO "ABAFADOS" PELA ESCÓRIA
 
Progride a sociedade do nepotismo, dos fiéis servidores nomeados com chorudos pagamentos, dos assessores e adjuntos sem funções atribuídas, mas que fazem e fizeram favores para justificar os prémios.

Gente sem ética política - por vezes até fora da política sem muito dela - aparece, agita-se, mostra-se, exibe-se, para na inutilidade se mostrarem como não o sendo.

Neste meio, nesta vilanagem política onde por vezes apenas se notam umas pontas da pior escória, muitos políticos sérios ou são afastados ou, por moral, preferem afastar-se esperando por melhores dias.

Neste quadro agrava-se a instabilidade dos desfavorecidos - reformados e trabalhadores -  perseguidos economicamente com perda de direitos, julgando os governantes que por essa via conseguirão formas de escravatura agilizadas, pela via democrática.

O que se passa nestes dias, demissões e não demissões, o "vou-me embora" e o "depois volto", o "congresso que se vai realizar e é adiado", dá suporte a que os portugueses digam que tudo foi combinado por interesses alheios ao país.

Enquanto o povo sofre, como é possível que Portas e Passos, que Cavaco, Passos e Portas, se comportem assim para com o seu povo e ainda os vejamos a rir, felizes, enquanto ajudam a destruir a Pátria?

ISTO TEM DE ACABAR!





 

1 comentário:

António disse...

Depois deste fabuloso alerta sobre a má qualidade da polítca e dos políticos deste país,muito mais haveria a acrescentar, no entanto, fica bem espelhada a imagem da política actual, com a agravante da passividade dos intervenientes prejudicados.
Entendo que, só foi possível Portugal chegar a isto, pela má qualidade e quantidade de comediantes e actores, muito estudiosos mas incompetentes, que a incubadora dos partidos tem produzido e fornecido ao longo do tempo, Com muita culpa dos mais altos responsáveis da Nação.