quarta-feira, 29 de maio de 2013

SR. PRESIDENTE DA CÂMARA DE SINTRA

Por certo, só dificuldades de agenda impedirão que V.Exa. acompanhe as operações de bloqueamento de viaturas, desde há uns tempos levadas a cabo em Sintra pela Polícia Municipal, prática que não poderá desconhecer..
 
Teria a oportunidade de avaliar - em directo - os transtornos e prejuízos causados a pessoas que, acreditando nas campanhas, sonharam visitar Sintra, sem imaginarem os momentos pouco felizes por tanta dedicação às multas.
 
Não é que não existam desrespeitos por parte de alguns automobilistas. Mas poderia existir um aceitável equilíbrio que só prestigiaria as instituições.

Obrigada que está à boa imagem, a Câmara deveria prevenir as infracções como prova de boa fé. Isto é, onde não se deve estacionar use-se a sinalética adequada e não a sua omissão, porque a muitos turistas o Código português não diz nada.
 
Ainda anteontem, no Largo Dr. Carlos França - sem qualquer sinal proibitivo - o bloqueamento foi aplicado, alegadamente porque "sendo uma via com dois sentidos, o estacionamento não permite o cruzamento de duas viaturas".
 

Visível o espaço disponível para circulação rodoviária
 
Em sentido diferente será a interpretação do Artº. 49º. do mesmo Código, que proíbe "parar ou estacionar a menos de 5 metros para a frente e 25 metros para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos de transporte (...)".
 
Com efeito, como mostra a foto que segue, a não aplicação do Código  permite parqueamentos rentáveis, sem preocupações pela congestão da circulação no local sempre que os autocarros são obrigados a parar no meio da via.
 
Artº. 49º. do Código da Estrada não se aplica aqui?
 
Em tese, estando V.Exa de Presidente de Câmara há quase 12 anos, não se resolveram os problemas do Centro Histórico relacionados com acessibilidades, excesso de trânsito, falta de estacionamento e parques dissuasores.
 
Em consequência, milhares de visitantes não chegam a poder saír dos carros onde se deslocam - estranha forma turística de visitar um lugar tão nobre - e, se o fazem, correm o risco de aumentar o pecúlio camarário. 
 
Neste quadro, as acções bloqueadoras - nalguns casos e locais - talvez devam depender de ajustamentos na sinalética, evitando-se desagrados oponíveis ao TURISMO de Sintra, pelas acções que, sendo legais, não são facilmente entendíveis.
 
E a Autoridade Municipal com tantas outras frentes para se dedicar...
 
 
 
 
 
 

sábado, 25 de maio de 2013

CASTELO DE SIGMARINGEN, respeita a HISTÓRIA DE PORTUGAL

No passado Sábado, graças aos baixos preços que a DB Bahn oferece aos fins-de-semana, saí cedo de Munique para ir até Sigmaringen - cidade capital do distrito com o mesmo nome - no estado federal de Baden-Württemberg na Alemanha.
 
Nas margens do Danúbio, a bela cidade de Sigmaringen tem um imponente Schloss ligado à história de Portugal, por nele terem vivido a rainha D. Estefânia, a infanta D. Antónia de Bragança e D. Augusta Vitória que casou com D. Manuel II. 

A bela entrada do Castelo
 
Pátio interior do Castelo
 
Frente à rampa da entrada, antes da porta interior, como uma sentinela, temos do lado esquerdo um brasão português, com a coroa, sete castelos e as cinco quinas.
 
As importantes ligações de Portugal à nobre famílias dos Hohenzollern-Sigmaringen
 
Percorrem-se os corredores e as belas salas e salões do schloss recordando a que viria a ser a nossa rainha D. Estefânia, casada com D. Pedro V e que, nascida noutro castelo de Sigmaringen, nestes espaços viveu em criança.
 
Avança-se e vemos os quartos, as camas, os aposentos onde a infanta portuguesa D. Antónia de Bragança, filha da nossa rainha D. Maria II, partilhou a vida com seu marido o principe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen.
 
Envoltos nas recordações, parece-nos sentir os passos da princesa Augusta Vitória, que também em Sigmaringen casou com o nosso rei D. Manuel II.
 
Em honra da princesa D. Antónia, um dos espaços mais nobres do castelo é a Galeria Portuguesa, onde ocorrem jantares de gala, celebrações e concertos. 
 
Devido a restrições fotográficas, recorro a este postal para mostrar a Galeria Portuguesa
 
,Antes da saída, passamos pela riquíssima colecção de armas e armaduras.
 
Fora do castelo, em ruas limpas e locais históricos com esplanadas, a economia funciona, com milhares de pessoas a ocupar todos os espaços livres.
 
Junto-me a elas, sento-me e bebo uma  Dunkelweizen da Erding...
 
Breve passeio para as últimas fotos da cidade e do Castelo de Sigmaringen.
 
Um recanto
 
Capela no Monte em frente à cidade
 
Ciclovia e zona pedonal nas margens do Danúbio
 
Vista da cidade com o castelo bem destacado
 
Regressei à bahnhof de Sigmaringen para os 250 quilómetros do regresso a Munique.
 
Não consegui desligar-me do respeito que, ainda hoje, merecemos por esse mundo fora, com reflexo no acolhimento aos que emigram para trabalhar.
 
O nosso desprestígio - hoje - assenta numa cáfila de políticos quase apátridas, que nos envergonham e procedem de tal forma que - lá fora - ninguém acredita.
 
 
Nota: O bilhete de ida e volta para 4 pessoas (por ser fora da Baviera) custou 44 euros...11 euros por pessoa!
 
 
 
 
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

SINTRA: X ANIVERSÁRIO DE CICLOVIAS VIRTUAIS...

Prezados Leitores e Amigos deste blogue,

Por favor cliquem aqui antes de lerem o texto que se segue. Não por haver novidades, mas pela aconselhável eliminação - prévia - do desconforto estomacal.

Celebram-se hoje 10 anos sobre a data em que Fernando Seara, estando de Presidente de  (ou da) Câmara, prometeu 92 quilómetros de Ciclovias em Sintra.

Meditemos - envergonhados - pela facilidade com que nos deixámos enganar, como se de um jogo da laranjinha se tratasse.

Naquele dia - vê-se agora como mise-en-scène - os convidados acreditaram na verdade das intenções, quando no fundo eram utilizados para a ampliação das falsas promessas gravadas no CD distribuído, como que a fazer-nos pedalar em sonhos.

Recordo-me de ter olhado para trás e - pelo menos, pareceu-me - ter visto alguém dos média de boca aberta, não por falta de ar mas a retemperar-se para espalhar a boa nova que tornaria os sintrenses alvo de inveja por parte de outros povos. 

Foto publicada no Jornal de Sintra

Encerrada a cerimónia, sabendo melhor do que ninguém da verdade de tal promessa, o Presidente da Câmara que apresentou um projecto que não viria a cumprir, ainda se sentiu tão realizado que logo ali deu umas pedaladas.

Quem esteve presente, quem escutou directamente a promessa, alguma vez iria admitir que tinha sido usado para um objectivo que não se viria a realizar?

Serão precisas mais palavras sobre a capacidade de invenção e de meios a que muitos políticos são capazes de recorrer?

Há limites de respeito pelos munícipes.

Sintra e os sintrenses não mereciam ser assim tratados.


Para a história dos últimos 12 anos em Sintra:
Presidente da Câmara: Fernando Roboredo Seara
Vice-Presidente: Marco Almeida



sábado, 18 de maio de 2013

COLÉGIO MANUEL BERNARDES, A COMUNHÃO HÁ 63 ANOS

DIA DA COMUNHÃO SOLENE DOS ALUNOS...

Recordo, como se fosse hoje, as emoções que sentimos naquele Dia 18 de Maio de 1950 e todo o entusiasmo com que na aula nos preparámos.

A quinta dos Azulejos, no Paço do Lumiar, estava repleta de pais, familiares e amigos dos alunos. Era a nossa Festa, a grande Festa da Comunhão Solene.

Na Rua do Lumiar, um alfaiate tinha exigido a minha presença por diversas vezes, para que o fato, feito de encomenda, estivesse adequado ao solene acto.

Elegantemente vestido, fato, calças à golf, camisa e gravata


Uns dias antes, o Padre Augusto Gomes Pinheiro, fundador e director do Colégio, homem de grande autoridade e respeito, exigia que todos soubéssemos as orações, para que o acto fosse dignificado e nos sentíssemos cumpridores de uma missão.

Foi meu Padrinho o Padre Albertino Robles Monteiro Barroso, também professor e adjunto do director, que nesses dias andava atarefadíssimo.

A festa foi de arromba. O grande banquete no ginásio oferecia as mais variadas iguarias, quase todas elas novidade para mim, desde salgados a doces, comida especialmente confeccionada pelos cozinheiros e pasteleiros do Colégio.

Desse dia guardo, com todo o carinho, o cartão da minha querida professora Alice, carinhosamente tratado por nós como a "menina Alicinha", que abaixo reproduzo:


  


Que melhor prenda poderia esperar uma criança com 11 anos, oferecida pela professora que, para nós, era a fonte de admiração e respeito?

Passados 63 anos, saúdo a memória da Professora, mulher que só se dedicou aos seus alunos e à mãe, com ela residente no Largo do Paço.

Tenho para com o Colégio Manuel Bernardes uma grande dívida de gratidão, que não poderia deixar de manifestar nem acabará.

Com saudade, envio uma saudação ao Colégio que foi e continua a ser um marco determinante no ensino.

E um abraço a quantos partilharam comigo a sua amizade.






quarta-feira, 15 de maio de 2013

SINTRA: CASAS "EMBRULHADAS" VÃO A HASTA PÚBLICA…*.

No dia 10 deste mês, o Jornal de Sintra publicou um anúncio assinado por Fernando Roboredo Seara que, estando de Presidente da Câmara Municipal, dá conhecimento de uma hasta pública para a venda de diversos patrimónios municipais.

Em último lugar, constam as casas pombalinas da Volta do Duche, o que indicia a existência de interessados na aquisição das ruínas, provavelmente contando com comparticipações públicas na reconstrução e posteriores (chorudas) mais-valias:

 
 
É curioso que a Câmara de Sintra - dona dos dois imóveis históricos que nos últimos anos se degradaram acentuadamente - na alienação chame especialmente a atenção para o ponto 7. das Condições da Hasta Pública, como parcialmente se reproduz:
 
"(...) sendo que no caso de estarmos perante situações que possam envolver derrocada ou constituam qualquer perigo para pessoas e bens devem os respectivos adquirentes iniciar os procedimentos tendentes à eliminação de tais perigos (...) e o prazo de 5 dias a contar da outorga da respectiva escritura pública(...)". 
 
 
Para a história de Sintra e dos políticos ilusionistas
 
Quando Fernando Seara foi eleito em 2001, criou-se a convicção - por ser desejado e ter-lhe sido manifestado - de que as casas pombalinas seriam recuperadas.
 
O tempo foi passando e, próximo das eleições de 2005, numa provável inspiração ilusionista, os autarcas no poder gastaram um elevado montante para que um artista plástico pintasse diversos painéis, sendo as casas "embrulhadas" nalguns deles.
 
Pode ver-se como enormes painéis esconderam a realidade do local 

Na altura, enfunando as velas da ilusão, foi dito que, nas casas, nasceria um museu dedicado e com obras da escultora, medalhista e artista plástica Dorita Castel-Branco.
 
Nos quatro (4) anos seguintes, o Executivo liderado por Fernando Seara nunca deu sinais de querer recuperar este património, vindo a ocorrer derrocadas e a progressiva destruição dos onerosos painéis, obras de arte a respeitar.
 
Em Março de 2009, a imagem chocante dos painéis e da casa
 
Não se pense que faltava dinheiro para recuperar este património que confiámos à Câmara para que zelasse por ele. Com efeito, desde o início de 2009, ano de eleições, não faltou dinheiro do erário público para eventos e subsídios.
 
Logo em Janeiro de 2009 foi atribuído o "apoio financeiro" de 200.000 euros a um clube. Em Julho era divulgado outro apoio financeiro de 245.000 euros, para requalificação de um campo de futebol.
 
Resumindo, até às eleições de 2009, por alto, tivemos várias maratonas (uma delas da poesia...), mundialitos, atletismo e Gala do Desporto, medalhas para recordar.
 
Imagens que muitos turistas levam de Sintra
 
Como classificar a posterior actuação política dos autarcas que, em 2009, usaram como suporte promocional a promessa de "Dedicação"? Aquelas casas em ruínas, tão bem expostas aos turistas, têm dado de Sintra uma imagem inadmissível.
 
Em Setembro de 2010, apenas um pouco do painel se mantinha no lado direito da foto

Em Novembro de 2011, já "desembrulhadas"

Em Novembro de 2012, este era o espelho da "Dedicação" a Sintra
 
 O anúncio agora publicado, com que o Executivo Camarário talvez pretenda eximir-se ao pouco empenho na defesa das casas pombalinas, não pode corresponder aos desejos de quantos são interessados - somente - na defesa do património sintrense.
 
Fica a grande expectativa de quem irá, visivelmente, adquirir as casas.
 
ANTES DAS ELEIÇÕES DE CERTEZA..."DEDICAÇÃO" À PORTUGUESA.
 
AGUARDEMOS!!!...
 
 
 
Para a história de Sintra:
 
Presidente da Câmara - Dr.Fernando Roboredo Seara
Vice-Presidente - Dr. Marco Almeida
Vereador do Turismo - Dr. Lino Ramos
 
 
* Talvez a Parques de Sintra Monte da Lua as possa salvar.
 
Nota: Sobre estas casas já existe outro artigo:
 
 
 
 

domingo, 12 de maio de 2013

SINTRA, OS CARDOS TAMBÉM SÃO FLORES...

E que belas flores, tão selvagens...
 
 
Como são belos os campos, salpicados de cardos nascidos em liberdade...

 
Bom Domingo, e
 
Aproveitem os campos de Sintra, há sempre um belo cardo à espera de si.
 
 
 
 


segunda-feira, 6 de maio de 2013

SINTRA: "PRIVILEGIADOS" PELA "DEDICAÇÃO"...

É natural que, para os responsáveis políticos que nos prometeram "Dedicação" a rodos, esta foto represente uma ninharia das sua virtudes e realizações.
 
É, no entanto, uma prova da passagem por Sintra e pela Freguesia de S. Pedro, de políticos cujo gabarito aqui se espelha. 
 
Que alegria permitem aos residentes, logo pela manhã bafejados pelo colorido das flores e pelo lixo acumulado bem perto.
 
 
Compreende-se porque todos se renderam à Lei de Relvas para não lutarem contra a extinção desta tão histórica freguesia de S. Pedro de Penaferrim.
 
ANTES DE TEMPO ABANDONARAM-NA...
 
Para a História, com o alto "patrocínio" de:
 
Presidente da Câmara: Fernando Seara; Vereador do Ambiente: Marco Almeida; Presidente da Junta: Fernando Cunha.
 
 
 
 
 
 
 


quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º. DE MAIO - MOSCOVO, 1972 (MOCKBA-1972)

На пути к Красной площади в Москвa - 1972

Abri, hoje, o meu baú de recordações. Como foi o 1º de Maio em Moscovo?

 
Na assistência, não faltou um cravo vermelho

O desfile popular, descia a avenida Tverskaya, a caminho da Praça Vermelha..

Muitos milhares assistiam ao desfile ao longo da avenida.


A entrada na Praça Vermelha foi para todos o momento mais emocionante, aquele em que os participantes no desfile mais vibravam na sua determinação.

Primeiro de Maio, um dia de festa, com passeios familiares pelas margens do Rio Moskva, enquanto  na ponte Bolshoy muitos confraternizavam.
 
Também foi um dia de luta: Os Operários pediam melhores máquinas e segurança no trabalho, as mulheres queriam mais creches junto das fábricas onde trabalhavam e mais tempo para estarem junto dos filhos, todos pediam melhores habitações.
 
 
Com o Kremlin como fundo
 
, Uma visita obrigatória: A maravilhosa Igreja Ortodoxa dentro do Kremlin.
 
Foi um dia muito especial no coração do povo e do Internacionalismo.
Um 1º. de Maio que nunca será esquecido pelos mais velhos que o viveram.

Hoje, por todo o nosso País, centenas de milhar de trabalhadores, paradoxalmente com a maior parte sem trabalho, celebrarão mais a luta para o derrube deste Governo sem Pátria que nos destrói em cada momento.

BOM DIA PARA TODOS.