sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

TROIKA E USO PRIVADO DE VIATURAS OFICIAIS...

GOVERNO CALA…TROIKA CONSENTE…

Sem orgulho, sei que fui escolhido por um perigoso trio para, da minha justa pensão, ser esbulhado por uma Taxa de Solidariedade que não sei a quem se destina.

O trio – mais um poderia falar-se em quadrilha – conhecido por PPG-CS, não só entendeu tirar-me directamente o que me era devido, como ainda me impediu de ser eu o solidário, com direito à dedução fiscal em sede de IRS.

Não há justificação que corte a raiz da indignação – e não só – pela sanha persecutória contra os pensionistas de direito, porque trabalharam até à idade limite e descontaram segundo o que foi previsto nas Leis.

Solidário”para utilização de viaturas oficiais?

Sem sabermos o destino da obrigatória “solidariedade”, uma das hipóteses é ela servir de suporte, entre outras coisas, ao uso privado de viaturas oficiais, em manifesta falta de respeito pelos solidários.

São frequentes as situações que nos fazem pensar sobre a estirpe de políticos que à nossa custa pululam, cada um à sua maneira, mais à direita ou mais à esquerda, mas que procedem da mesma forma.

Numa revista de jet-set – à saída do aeroporto – um presidente de câmara e sua esposa, regressados de férias, recorrem ao carro municipal com motorista, talvez um direito estabelecido mas cuja ética se contesta.

Noutro caso, recentemente, uma viatura camarária estacionava a um domingo num hospital privado, conduzida pelo Vereador que, também e enquanto Deputado da República, não teve pejo em aprovar mais impostos e cortes em salários e pensões.

Mas estas são apenas duas pontas de um gravíssimo problema que custa milhões aos contribuintes, cuja condescendência escandaliza face à realidade portuguesa.

Claro que estes usos, segundo os beneficiados, enquadrar-se-ão nos seus direitos, sendo pouco sabido se adquiridos, decididos ou assumidos.

Na verdade, no ponto de vista ético – salvo melhor opinião – numa altura em que os portugueses comuns são massacrados com impostos e outras penalizações, estas mordomias chocam a opinião pública.

E os utilizadores? Sentir-se-ão confortáveis com estas provas de poder? As imagens são perversas para a independência exigível.

Naturalmente que o Governo dos senhores Passos, Paulo e Victor deveria pôr cobro a esta falta de respeito pelos contribuintes e dinheiro público.

Se lhes falta coragem institucional, então façam um Relatório à Troika e ela, depois, proporá o corte em nome da moral pública.

Ao menos, que munícipes e contribuintes sejam respeitados.




 

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