terça-feira, 30 de outubro de 2012

SINTRA: 2007/2012 - 1851 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO...

Passaram 5 anos e não querem que, como sintrense, sinta vergonha? 

Respeitem - ao menos - a memória destes Homens e o património que nos legaram.


Estes Homens, talvez com dificuldades mas com dignidade, deixaram para a história de Sintra e do seu concelho o Fontanário Neo-Manuelino da Estefânia.

Hoje, os transitórios responsáveis pela nossa vida concelhia, ainda não terão compreendido o que aquela peça histórica representa para os sintrenses e a nossa vida colectiva.

Se o compreendessem, se o vivessem, se dos postos onde foram empossados conseguissem respeitar o que liga um povo aos seus bens, não teriam decorrido 1851 dias sem que o fontanário regressasse ao local de onde foi retirado.

Foi na primeira quinzena de Outubro de 2007 que a parte superior da fonte foi roubada. Hoje, apenas resta o passeio arranjado e esta marca:


Dois  ou três dias depois, por ordens de alguém que, até hoje, não deu a cara publicamente, a parte restante do fontanário (peanha e cubas) foi retirada, alegadamente para recuperação.

Até hoje, o nosso Fontanário não voltou ao seu local, nem surgiram notícias públicas a informar o que quer que seja sobre o local onde se encontra e data de recolocação.

Estranhamente, nem a Junta de Freguesia em cujo território isto se passa, presta as informações devidas para sossego dos verdadeiros amigos deste património.

Sintra não merecia isto. Nada justifica a ofensa à história.

O nosso património e as honradas figuras do passado exigem respeito.





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SINTRA: A QUEM INCOMODA A (ÚNICA) ZONA PEDONAL?

Por esse mundo fora, os responsáveis locais - servindo pessoas - criam zonas pedonais muitas vezes aproveitadas para diversos eventos culturais e artísticos.

Istanbul, TUR - rua pedonal com 2 km de extensão

Em Istanbul, cidade com 14 milhões de habitantes, a rua pedonal parte da Praça Taksim e nela apenas circulam o eléctrico e viaturas específicas de apoio local.

 Christchurch, NZL, rua pedonal

No centro de Christchurch, apenas o eléctrico circula na rua reservada a peões, permitindo esplanadas e acessos fáceis a estabelecimentos comerciais.

Salzburg, AUT

Em Salzburg há mesmo uma rede pedonal, sem carros, para usufruto dos visitantes.

Tantos outros exemplos justificariam como os peões são considerados lá fora.

Isso no resto do mundo, porque em Sintra, ciclicamente, surgem arremessos contra a única rua pedonal existente, por sinal bem fora da área dita nobre que é a Vila Velha.

A zona pedonal - única concessão feita em Sintra ao direito dos peões - corre sempre o risco de ser vista como verdadeiro incómodo para alguns automobilistas.

Se a cultura dos locais tiver como figurino dar lugar ao automóvel, não vale a pena citar-se ou dar exemplos de como se faz lá fora.

Para terminar, retomo um artigo meu, com o título "SINTRA, dê-se espaço aos peões" publicado em Junho de 2004 no Jornal de Sintra, do qual se destaca:


"A passagem do eléctrico – compromisso já assumido - trará nova vida ao local, devendo os parceiros comerciais ter esse facto na devida conta, com resposta às necessidades dos futuros clientes. Sendo certo que a Estefânia não tem donos, é bom que o comércio local não se constitua em fonte de contestação sempre que algum empresário ou comerciante queira oferecer aos visitantes alternativas de comércio ou utilização do espaço.

Substituir o pavimento por outro mais seguro e adequado à história do local e a intensificação de medidas coercivas para a recuperação de imóveis degradados, têm sido subscritas por técnicos camarários.

Claro que têm surgido à mistura com as justas ansiedades, frequentes alusões à abertura da circulação automóvel, talvez porque já nos tenhamos esquecido da confusão que existia antigamente.

Não é de acreditar que os moradores da Heliodoro Salgado, agora com edifícios recuperados, vivam saudosos da antiga poluição, causada por viaturas que apenas atravessariam Sintra a caminho das praias.
 
Se alguns residentes, que não da Heliodoro Salgado, querem usá-la para evitar o trajecto da Portela, então que o digam abertamente, para que não se viva no meio de confusões que ninguém aproveita.

Se excluirmos, por uma questão de boa-fé, que o objectivo nuclear do “limite da paciência” não passa pela abertura da circulação automóvel, então não ficam muitas mais questões por resolver.

Destaca-se, no entanto, a exigência de construção de parques periféricos dissuasores, com transportes públicos que respondam às necessidades dos visitantes e residentes. Mas este é um problema de toda a Sintra e não específico da Estefânia.

Diga-se, a propósito, que em fins-de-semana, principalmente, o parque de estacionamento junto ao Urbanismo está quase vazio, embora se encontre a menos de 100 metros da zona pedonal.

Não deixará, nestas condições, de ser curioso que se invoque Sintra e seu Património pelas mais diversas razões, mas se desvalorize a existência de zonas para peões.

Andamos pelo mundo, falamos de cidades históricas e classificadas pela Unesco, onde existem grandes zonas libertas de automóveis que deram lugar ao culto pela flor, com esplanadas cheias de vida e de convívio, mas não conseguimos conciliar a nossa vida com a micro zona pedonal da Estefânia.

Num ponto de vista que se afigura mais justo, é fundamental que se dê, sim, cada vez mais espaço para os peões."


Talvez tudo tenha ficado um pouco mais claro...até uma próxima tentativa...



domingo, 28 de outubro de 2012

FOTÓGRAFO AMBULANTE NA SERRA DA PENEDA...

Hoje volto à Serra da Peneda, no Alto Minho. Um dia de Sol em 1993.


Passados 20 anos, talvez lá viva, ainda, este fotógrafo ambulante que apanhei de costas quando fazia uma pausa à espera de clientes.

Quando o fotógrafo ambulante aparecia, de tripé e máquina ao ombro, com o balde que lhe dava apoio técnico para as revelações, aguçava-nos a curiosidade.

No expositor, curiosas fotos chamavam a atenção: belas jovens em fato de banho, casais apaixonados, famílias ou um simples retrato de militar.

Figura presente nas nossas praias e jardins, entre um banho no líquido ácido que transportava e o abanar que se seguia para secar, apareciam os nossos rostos para que, num dia distante, até duvidassemos de termos sido nós.

Esta a imagem que o fotógrafo ambulante nunca captou: a dele próprio, num ambiente de calma, conversando, uma venda de produtos agrícolas da nossa terra, uma vendedeira a preceito.

Que contraste com tudo o que hoje nos envolve.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

REVISITAR LISBOA...PERCURSOS ANTIGOS (I)

Revisito regularmente Lisboa pela memória que temos e pelos sonhos que lá ficaram.

Parto num combóio diferente do que, há quase 60 anos, funcionando a vapor, fazia o percurso quase no mesmo tempo, gratificando os passageiros com apitos, com o pouca-terra...pouca-terra, as descargas de vapor e fuligem pelas carruagens.

Nas estações, em dias certos, havia por lá umas caixas castanhas nas gares, que eram depois metidas no furgão da composição e tinham...o dinheiro da receita das bilheteiras. Um vez, na Cruz da Pedra, o combóio foi assaltado e levaram a massa...

Em Campolide, sempre que lado a lado corriam os combóios de duas linhas (Sintra e Azambuja), a rapaziada do meu tempo fazia o treino de saltar de um para o outro, sempre que os varandins das carruagens verdes ficavam pertos. Era a aventura...

Lá ia eu ao "Rossio 11", no Diário de Notícias, colocar a resposta a algum anúncio para quem quizesse trabalhar. Nessa época as cunhas eram raras.

Em 1953, a caminho do trabalho, habituei-me a todos os dias namorar as montras da Casa Chineza, logo ali à entrada da Rua do Ouro, onde os folhados - para mim inacessíveis - me provocavam.

Poucos anos depois, passei a frequentar quase diariamente, esta casa centenária, onde se podia beber, a qualquer hora, o melhor café de saco de Lisboa:

Continua a ter montras com as melhores iguarias

No chão, em calçada portuguesa, a identidade

Quando vou a Lisboa nunca falho. É o meu primeiro percurso para comer pelo menos um dos fabulosos pastéis de bacalhau que lá fazem. Não conheço melhores. 

Revejo pessoas que lá trabalham há dezenas de anos, especialmente a D. Arminda que me pergunta sempre: "Quantos pastéis quer levar?". 

Depois sigo outros caminhos e recordações...que fazem parte da vida.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

SINTRA: CÓDIGO DA ESTRADA NÃO SE APLICA?


Artigo 49.º do Código da Estrada – Proibição de paragem ou estacionamento: “É proibido parar ou estacionar a menos de 5 metros para a frente e 25 metros para trás dos sinais indicativos da paragem dos veículos de transporte colectivo de passageiros (…)”.

Vejamos esta paragem que, por sinal, mesmo na sua frente tem uma máquina para pagamento de parqueamento, sem que fosse criada a protecção ao transporte público:

Volta do Duche, Sintra
  
A menos de 100 metros da Câmara Municipal, parece que destas coisas ninguém se apercebe, a menos que Sintra goze de algum estatuto de excepção que escapará às mais bem intencionadas entidades.

Nenhuma das autoridades actua para cumprimento do disposto no Código da Estrada?

A Polícia Municipal, de tão atarefada com o bloqueio de rodas aos carros que esgotam o tempo de parqueamento, nem se aperceberá desta situação que, tudo indica, é ilegal.

Estranha-se é que a GNR – que faz cumprir o Código e muito bem, no Largo Afonso de Albuquerque, em Sintra, caso algum automobilista estacione no recorte destinado aos transportes públicos – neste caso não actue.

Terá o Código sido contrariado por alguma disposição camarária? Sintra será um território liberto da aplicação integral do Código da Estrada? Ou só parcialmente? 

Porque na vida deve haver uma dose de humor, fica uma foto da forma como arranjam estacionamentos em Sintra, provavelmente uma fórmula única no mundo:

Volta do Duche, Sintra, perto da Câmara. Dois autocarros não podem cruzar-se aqui 

Felizmente, respeitando o espírito do lugar, na altura da foto ainda não existia o tal candeeiro de cinco lanternas, vocacionado para espião mas que dizem não o ser.

E Sintra sem passar disto…



domingo, 21 de outubro de 2012

SINTRA...A PRETO E BRANCO...(*)

Nos lagos do Parque da Pena, Sintra


(*) - O "piqueno" veste roupagem diferente para...não dar nas vistas...

Nota: Tal como aqui foi escrito no dia 18/10, agora o bilhete para aceder à Serra tem o custo de 2,75 euros, em vez dos anteriores 5 euros quando se era obrigado a comprar bilhete de Ida e Volta, mesmo que não se quisesse voltar. 





quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SINTRA: ACESSO À PENA, MAIS BARATO...

DEFENDER OS UTENTES DEVERIA SER OBRIGAÇÃO AUTÁRQUICA...

A AMTL – Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa deu-me conhecimento de que, desde 15 do corrente, o acesso à Pena, utilizando a carreira 434 da Scotturb, terá o custo de um só percurso – 2,75€ – igual ao que é praticado na descida:

 
A anómala situação foi divulgada em tempos num jornal local e retomada neste blogue em Junho de 2011sem que se conheçam quaisquer actos ou medidas da Câmara Municipal e dos responsáveis pelo Turismo tendentes à justa adequação do preço.

Face à aparente indiferença do Município de Sintra e sua Área de Turismo, que deveriam providenciar a correcta aplicação dos tarifários,  o assunto foi exposto à Autoridade Metropolitana que agora deu razão à reclamação apresentada.

Desta forma, o cidadão atento torneou, com êxito,  o notório desinteresse que os políticos, tantas vezes, manifestam perante pequenos e grandes problemas.

Não basta falar-se do Romantismo, é preciso ir-se mais longe porque o turismo – se bem administrado – é um segmento poderoso para o desenvolvimento económico.

A situação agora resolvida era violenta e injusta para os utentes, desagradável para a imagem turística, constituindo – no campo ético – uma exploração injustificada que deveria ter sido rapidamente proibida pela autoridade autárquica local.

Os autarcas são decisores que devem estar atentos ao que se passa no território, conhecer os problemas, não lhes ficando nada mal que atentem no que os cidadãos fazem para os alertar. Só assim evoluem as sociedades.

Este pequeno episódio dá para ver como funciona Sintra e o seu Turismo.

Os utentes, a partir de agora, passam a pagar apenas o trajecto que utilizam.







terça-feira, 16 de outubro de 2012

SINTRA: MUDE-SE O SENTIDO DO TRÂNSITO...


Desde que são autarcas em Sintra, os Senhores Presidente da Câmara,  o seu Vice-Presidente e Vereador do Ambiente e  o Vereador do Turismo, circularam junto a este painel de azulejos mais de mil vezes, sem risco de exageros.

Ao fim de vários anos de passagem,  algo pode ter contribuído para não se aperceberem do estado do painel existente no Casal de S. Domingos, na Rua Alfredo Costa, virado para o edifício da Área Financeira, tudo Património Municipal.

Sendo de admitir que, para os autarcas, o painel tal como está não constitua uma atracção turística, que razões existirão para a arrastada degradação?  

Há quem sugira que, se o trânsito mudasse para sentido ascendente, ajudaria os autarcas - que prometeram dedicação a Sintra - a ver o painel. Com o trânsito actual em sentido descendente o painel fica-lhes de costas, numa perspectiva insuperável.

 

Dez metros abaixo, à direita, na mesma área, outra relíquia é oferecida a turistas e munícipes, desta vez relacionada com a antiga estufa. A foto até beneficia o aspecto geral que gera múltiplas ilações pelo abandono e indiferença dos responsáveis.

Como foi possível que Sintra chegasse a este ponto? Nem nos espaços camarários a preservação do bem é garantida?

Esta não seria uma recuperação tão onerosa que exigisse um empréstimo bancário de milhões. Então o que é? Falta de visão? De empenho?

E tanta gente, com os mais diversos rótulos, títulos, e acessórios do género, a passar ao lado, num silêncio pouco entendível face ao que está patente e nos envergonha.

Sintra não merecia isto.

Sintra, não sendo terra de passagem, deve mudar quem a governa.

Cada vez se justifica mais um sintrense a gerir Sintra.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

SINTRA: CANDEEIRO NEGRO ADENSA MISTÉRIOS...


Em 6 de Julho deste ano mostrámos o misterioso candeeiro que, estilizado para espião, teria o equipamento sob a lanterna mais alta, tapado com meia cereja luzidia.

De supetão, num espaço público junto à Câmara, a desenquadrada peça deixou muita gente atónita. Logo alguém propalou virtudes, entre o alertar das autoridades e difusões  musicais...com muita música, talvez até de sereias flautistas.

Talvez por pudor, apuseram sobre os botões uma cinta também negra, castrando o candeeiro dessas outras virtudes...

Passaram mais de três meses e lá continua o candeeiro cintado, fazendo aumentar os mistérios pela sua colocação, esperando-se que tenha a remoção como destino.

Quem suportou os custos da energia consumida?

Com o contador de energia eléctrica instalado num estabelecimento de restauração contíguo, admite-se que não foi a Câmara Municipal  a entidade contratante.  

No entanto, se o foi, a que titulo pagará a respectiva factura de energia?

Quem é o legítimo dono do candeeiro?

Segundo uma "fonte do gabinete de comunicação da Câmara" ao Tudo sobre Sintra (10 de Julho de 2012)  o "poste foi oferecido por uma empresa do concelho".

Excluída uma onerosa compra - face ao dito pelo "gabinete de comunicação da Câmara" - o candeeiro não deixou de ser instalado no espaço público.

Sucede que a oferta teria de ser aceite pelo Executivo Camarário, mas em mais de três (3) meses, com seis (6) Sessões Camarárias realizadas,  de nenhuma surge a informação de ter sido deliberado aceitar a oferta. Que se passa, então?

Quem autorizou a instalação? Quem é o legítimo dono do candeeiro?

Quem responde pelos danos que o candeeiro possa causar a terceiros?

A situação é preocupante e a Câmara deve esclarecer os contornos desta confusa colocação, antes que algo menos agradável possa ocorrer.

Na eventualidade de algo, com origem no candeeiro e suas instalações (física e eléctrica), causar danos patrimoniais e corporais a terceiros,  a quem se devem atribuir as  responsabilidades civis daí decorrentes?

À Câmara Municipal? Ao dono efectivo do bem? Ou a ambos solidariamente?

Em tese, a gestão do território não pode andar ao sabor destas coisas, pelo que temos a maior ansiedade por o assunto ser rapidamente esclarecido e resolvido.

Obviamente que o Senhor Presidente da Câmara estará atento.

Até quando?


 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

PASSOS…É BOM TERMOS CUIDADO COM ELE…


Logo que tomou posse, Passos Coelho mandou “lixar” o que prometeu em campanha eleitoral e iniciou a repressão económica sobre trabalhadores e reformados.

Ele e sua equipa de tecnocratas, com um sentido esquisito de patriotismo, meteram ombros à tarefa hercúlea de destruir as conquistas democráticas e direitos dos trabalhadores, aproximando-nos de uma sociedade escravocrata.

Grosseiramente, Passos associado ao CDS, com o pastoso falar do financeiro Gaspar, cortaram férias, aumentaram horas de trabalho, subtraíram reformas e salários, além de agravamentos nos impostos que não sabemos quando pararão.

Direitos conquistados após a implantação da República, que o regime fascista não conseguiu acabar, são agora sistematicamente atacados e retirados.

Mórbido, castiga quem trabalha ou trabalhou, enquanto que as grandes fortunas – muitas ganhas com a crise – ficam à rédea solta. A sanha é tal que os grandes grupos económicos se vêem obrigados a fingir que discordam dele…

Virgem de trabalho árduo, mas com boa reforma já na calha, inverteu as responsabilidades do Estado enquanto fiel depositário das contribuições pagas pelos cidadãos para as suas reformas, não cumprindo com elas.

Passos Coelho, espelha uma fúria inaudita contra tudo que cheire a conquista de Abril, talvez com trauma pela consequente descolonização. As medidas que toma sugerem sempre um processo de vingança em curso.

“Custe o que custar” (apoiantes de Salazar nas eleições de 1958)

É hoje claro que Passos Coelho apenas quis chegar ao poder, a qualquer custo.

O Presidente da República, que o deveria ter demitido às primeiras medidas oponíveis à palavra dada em campanha eleitoral, aceitou as falsidades com naturalidade.

Seguiram-se os truques. Rodeado de técnicos, Passos Coelho teria de saber que cortar subsídios era inconstitucional. No entanto, contou com a familiaridade política do PR e, face à demora do Tribunal Constitucional, esbulhou-nos em 2012.

Outro truque foi a polémica sobre a TSU, usada como lebre para que o Conselho de Estado aderisse às medidas extremamente graves que estão em curso.

Passos Coelho e a sua gente, usam a democracia para a destruição económica da classe média, com graves reflexos na natalidade. A equidade de que fala é pura falácia.

O rictus facial de Passos Coelho já não é o que era. Mostra tiques de que, mais dia, menos dia, os cães poderão ser atirados contra manifestantes, a tinta azul lançada, a repressão física a copiar o que era feito no período fascista.

Passos Coelho, não pode ser visto como amigo do POVO.

O POVO o derrotará, porque disto já o POVO sofreu 48 anos.



domingo, 7 de outubro de 2012

SINTRA: DOMINGO EM MONSERRATE...

Monserrate não precisa de palavras.

A recuperação feita pela Parques de Sintra - Monte da Lua, empresa de capitais públicos onde a Câmara Municipal de Sintra apenas detém 15%, permite-nos ter confiança no futuro do Parque de Monserrate, depois de tantos anos mal tratado.

Imagens que ficam gravadas para sempre:








Para desfrutar de belos momentos de prazer ambiental e cultural, não deixe de visitar o Parque de Monserrate e o Palácio, avaliando tudo o que lá tem sido feito.

Estou certo que ficará com vontade de voltar dado o aprazível lugar.


NOTA: Sendo munícipe de Sintra, aos domingos de manhã a entrada é grátis. Leve a identificação de eleitor para o comprovar. 



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

5 DE OUTUBRO, UM INCÓMODO PARA A REPÚBLICA?


Não sei se a eliminação do feriado do 5 de Outubro se relaciona com afinidades monárquicas ou ajuste de contas com a implantação republicana. Mas acabar com o dia de hoje, uma data histórica relevante, terá contornos poucos visíveis. 

Esta moeda, de prata, recorda a data em que, do regime monárquico, passámos a viver numa Republica. Será que Passos Coelho acha que não foi importante?

  
Que devo fazer à moeda enquanto símbolo? Boto-a fora? Para o lixo? Ou guardo-a à espera que, numa nova democracia, os responsáveis politicos saibam - porque é de saber que se trata - que na vida dos povos há datas indeléveis?

Nem que fosse em ouro me deixaria influenciar pelo hediondo anúncio - que o governo não cala - que promove a venda do precioso metal pelas pessoas em dificuldades, para depois ser exportado com reflexos nas estatísticas da balança de pagamentos. 

Devemos renegar a implantação da República que custou vidas?

Quais terão sido, no fundo, as intenções de governantes que, num regime republicano, decidiram eliminar o feriado ligado à liberdade republicana. Vamos perceber porquê.

No seguimento da implantação da República, desenvolveu-se a alfabetização do povo, criaram-se associações de índole cultural e recreativa, bibliotecas. 

Com a República, surgiram leis de protecção dos trabalhadores, entre elas direito à greve, descanso, máximo de 48 horas de trabalho semanal e constituíram-se sindicatos.

Hoje, com as medidas governamentais sempre oponíveis a quem vive do seu trabalho, se o governo promovesse a celebração livre e fraterna das liberdades e direitos alcançados na República, estaríamos perante uma tremenda contradição.

Se vivessemos numa democracia normal, o povo sairia à rua para festejar e celebrar a sua liberdade civica e social, sabendo que os governos têm a duração limitada.

Passos Coelho, ao acabar com o feriado do 5 de Outubro, um dia histórico, mostra claramente que a pretensão é que o evento não seja lembrado pelo povo.

Passos Coelho é que não ficará na história.




terça-feira, 2 de outubro de 2012

2 DE OUTUBRO: DIA INTERNACIONAL DA NÃO-VIOLÊNCIA


Hoje celebra-se o Dia Internacional da Não-Violência, deliberado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

A data foi estabelecida como homenagem a Mahatma Gandhi, um dos mais históricos pacifistas, nascido a 2 de Outubro de 1869 na Índia.

Em Portugal, a repressão económica que o governo exerce sobre quem vive do seu trabalho origina lutas sociais que estão em ascenso. A determinação na luta tem sido exemplar pela eliminação de qualquer tipo de violência.

A não-violência dos trabalhadores terá muito mais êxito na luta para derrubar os governos, já que retira os argumentos justificativos da repressão física sobre os manifestantes.

Também nas famílias, nos jovens, a falta de perspectivas de futuro é uma porta aberta para a violência, devendo fazer-se os maiores esforços para a evitar.

Só a Não-Violência tem lugar na sociedade em que vivemos, reforçando a determinação para derrubar os governos inimigos do povo.

Comemoremos, fraternamente, este Dia em que esperamos uma sociedade mais justa.

NÃO A TODA E QUALQUER VIOLÊNCIA!