quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SINTRA: 2007/2012 - 1790 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO...

Com a regularidade que as preocupações justificam, hoje comemoram-se 1790 dias de espera pela recolocação, no devido lugar, do Fontanário Neo-Manuelino da Estefânia, cuja parte não roubada foi retirada sem que a tenhamos voltado a ver.

Para que a possamos avaliar devidamente quando voltar ao local, aqui vai a foto:


Escrevo assim porque tenho reservadas esperanças.

Segundo me disse um conhecido sintrense, a peça recuperada ou uma sua réplica já se encontra pronta num conhecido atelier, o que na devida altura se apurará.

De qualquer forma, a corresponder à realidade, ficam naturais expectativas sobre a data da eventual recolocação da peça referida, evento que não servirá, de certeza, para uma acção de propaganda. Cinco anos de silêncios são demasiado tempo para que se possam associar méritos. Aliás, gerir bem é uma obrigação dos autarcas. 

Esperemos que esta contagem termine, para satisfação de quantos - verdadeiramente amantes do património sintrense e da sua conservação - se têm preocupado e exigido o regresso do nosso fontanário.

O que menos se espera é que, ao fim de tanto tempo, se queiram retirar dividendos...


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SINTRA...A BELA, E O "MONSTRO" CINTADO...

Pessoa amiga sugeria que, faltando louvores à iluminante peça surgida quase em frente aos Paços do Concelho, o Senhor Presidente da Câmara – mais dia, menos dia – mandará removê-la. Seria uma medida cautelar para que a passagem de Fernando Seara por Sintra não fique assinalada com um negro candeeiro.

Poderia ter sido um candeeiro bonito, elegante, a condizer com as exigências sintrenses, mas grande e negro…que tristeza. Fosse como este e quem não gostaria?

 Mormon Square, Salt Lake City, USA 

Será pois uma sorte para Sintra acabar com o pesadelo daquele monstro negro, com tamanho despropositado para o lugar, com alma interna de espião e cordas vocais atingidas por qualquer vírus que nem uma fífia musical lhe permite. 

Não basta referir o desajuste da localização ao candeeiro. Damos como exemplo locais onde peças parecidas foram correctamente colocadas em espaços estudados, embelezando-os. Nenhum deles com licenciatura para vigilância.

Portão de entrada do Palácio Presidencial - Bucareste, RO

Frente ao Capitol, Estado Utah, USA

Parque em Salt Lake City, USA

Mistério que se mantém: comprado ou oferecido?

Equipado para ser espião, o candeeiro é confuso: para se realizar precisa de energia eléctrica nas horas em que a rede pública está desligada; os botões para accionar música ou emitir SOS foram tapados com uma disfarçada cinta negra.

Perguntava-se quanto tinha custado à Câmara Municipal (aos contribuintes, claro) tão elaborada peça? A resposta eliminava custos.

Ao credível TudoSobreSintra (aqui, p.f.) uma fonte do gabinete de comunicação da Câmara assegurou que “o poste foi oferecido (…)".

Apesar das ofertas obrigarem a prévia aceitação em reuniões de Câmara deliberativas, até hoje – salvo algum grande lapso da minha visão – nada consta das Deliberações tomadas nas últimas Sessões.

A ter sido oferecido, mas não aceite ainda, como é possível já estar instalado?

Para descansarmos, é urgente que surja um rápido e completo esclarecimento.

Talvez antes de ser desmontado…




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SINTRA: POR UM AUTOCARAVANISMO COM ESTRUTURAS

"Há quem ainda não tenha entendido qual o principal problema desta situação ... O que se pretende é que a CMS crie infra-estruturas adequadas para este tipo de prática, seja campismo ou autocaravanismo, de forma a evitar o que está acontecer actualmente! Nunca eu vi, e viajo bastante, turistas a dormir num colchão em pleno centro histórico de um destino considerado Património Mundial da Unesco... (Anónimo)"

A mensagem foi deixada ontem. Reflecte, com rigor, o que está em causa.

Algumas mensagens recebidas nos últimos dias, não respeitando os princípios de educação e com termos ofensivos, não podem representar - de forma alguma - o espírito da esmagadora maioria dos verdadeiros autocaravanistas.

Na realidade, não basta que se comprem autocaravanas com os mais complexos equipamentos para se estacionar por aí. Há regras, há regulamentos locais, há princípios a observar. 

Evidentemente que as nódoas caem em qualquer pano, não se excluíndo que um grupo restrito acabe por afectar a imagem de um todo merecedor do maior respeito.

Durante muitos anos fui praticante da vida ao ar livre, mas sempre em parques devidamente habilitados, licenciados, fugindo de tudo a que habitualmente se chama "selvagem".

Claro que isso tem custos. Os espaços garantem condições de apoio e segurança, que se terão de reflectir nos utentes. Mas, caramba, gastar milhares em equipamentos e depois não se procurar um parque adequado para a estadia? Correr riscos para quê?

As regras locais terão de ser aplicadas e não serei eu a inventá-las: tenho-as visto e abaixo reproduzo algumas, para mostrar como o autocaravanismo também é limitado noutras paragens. Só a primeira foto é no nosso país.

Exija-se, isso sim, que a Câmara Municipal de Sintra resolva, incentive e facilite a criação de parques adequados a caravanas e autocaravanas.




Se a Câmara Muncipal de Sintra tivesse, no devido tempo, procedido de harmonia com os Regulamentos e, mesmo na sua falta, decidido no sentido de respeito pela zona histórica, não existiriam imagens como algumas das apresentadas. Outras ficam para depois.

Com votos de autocaravanismo com estruturas adequadas, as minhas saudações aos verdadeiros e cumpridores praticantes.




quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SINTRA: AUTO-CARAVANISMO E DELIBERAÇÕES MUNICIPAIS

As proporções assumidas com a prática de auto-caravanismo no centro da Vila de Sintra, pelo que conheço, é um desrespeito único nas Vilas e Cidades incluídas em Patrimónios da Unesco. A Unesco deve ser avisada.

Não basta os auto-caravanistas passarem a palavra, uns a outros, de que em Sintra se pode fazer tudo. Agora, são os campistas a chegar, sacos, mantas ou colchões, tudo pronto para dormirem na Volta do Duche e redondezas.

As imagens são desta manhã, quando – pela certa – tinham desistido de ver o céu estrelado, que há dias alguém comentava ser uma felicidade extrema.

No parque de estacionamento. Pequeno-almoço

No caminho para o Museu Anjos Teixeira

Como se deixa o pequeno crocodilo crescer, um dia Sintra será comida pelo desprestígio que esta “evolução” turística representa, facto que poderá ser indiferente a autarcas passeantes por estas terras, ansiosos por um destino final que não omitem perseguir.

Grave é existir Regulamentação aplicável que não deve ser para respeitar. Terá de lamentar-se o tempo ocupado pelos Senhores Deputados Municipais no estudo e ajuste de diplomas…que vão para onde?

O Senhor Presidente da Câmara e o seu Vice-Presidente – pelo menos – devem conhecer os Regulamentos de Acampamentos Ocasionais (aprovado pela AMS em 8.2.2008) e de Trânsito e Estacionamento do Município de Sintra (AMS 23.11.2011) em vigor desde 12.1.2012.

O primeiro, estabelece as regras de acampamentos ocasionais, envolvendo caravanas, auto-caravanas, tendas e lonas.

O segundo (art.º 8º, ponto 9) determina: “A circulação de auto-caravanas no município de Sintra é livre (…) sendo o seu parqueamento fora dos parques de campismo e caravanismo, condicionado a áreas específicas devidamente delimitadas, nos termos de deliberação da Câmara Municipal de Sintra”.

QUE DELIBERAÇÃO?

No Regulamento de Trânsito, o art.º 30º – Classes de Veículos – é inequívoco: “Podem estacionar na zona de estacionamento de duração limitada, devendo respeitar os espaços (…): “ a) Os veículos automóveis ligeiros, com excepção de auto-caravanas; (sublinhados meus).

Noite bem passada na Volta do Duche. De dia lá continuaram...

Estaciona-se onde não se pode, dorme-se onde calha, tudo indiciando a incapacidade autárquica para deliberar ou actuar em conformidade.

O que se passa começa a ter contornos demasiado graves para nos calarmos.

Até quando?

Sintra não merecia isto.


sábado, 18 de agosto de 2012

SINTRA: TURISTAS OU SEM-ABRIGO?


Senhor Dr. Fernando Seara, Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Senhor Dr. Marco Almeida, Vice-Presidente e Vereador do Ambiente

Não podem V.Exas. desconhecer que, por ausência de decisões adequadas e rápidas, o parque de estacionamento automóvel do Rio do Porto, ligado ao Centro Histórico, está a converter-se  – vamos a ver se definitivamente – numa área de auto caravanismo selvagem.

Receia-se, até, que as autoridades recebam indicações para não intervir, pois se assim não fosse a situação de forma alguma se arrastaria como está a suceder.

O deixar arrastar, desta forma, um problemas que teria sido facilmente resolvido à nascença, permite diversas exprapolações sobre as capacidades efectivas de gerir um território modesto como o de Sintra. Como seria se a situação fosse complexa? 

Ontem, pela manhã, quem passasse no local,  para visitar o Museu Anjos Teixeira ou procurar um lugar para estacionar o carro,  deparava-se com estas imagens:

A manhã ia alta, mas o local acolhedor

Por falta de autoridade camarária, uma zona nobre de Sintra passou a dormitório ao ar livre

Neste lado do parque eram...12 os dormitórios


É disto que V.Exas.,  os dois mais altos responsáveis autárquicos,  entendem ser adequado ao prestígio de Sintra e da sua riqueza histórica?

Ou será que estamos perante um novo paradigma de contornos eleitorais, de dedicação a Sintra ou fora dela,  como um novo patamar de desenvolvimento turístico?

Os sintrenses – e talvez os lisboetas – gostariam de saber.

Sintra não merecia isto.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PARQUES DE SINTRA, A DINÂMICA DO TURISMO SINTRENSE


A recente decisão do Conselho de Ministros que atribuiu à Parques de Sintra a gestão do Palácio Nacional de Sintra, do Palácio Nacional de Queluz e da Escola Portuguesa de Arte Equestre, passou discretamente nos media sintrenses.

Compreende-se. A equipa gestora do prestígio turístico e preservação da história e natureza sintrenses encontra-se em Monserrate, sem precisar de influenciar canais televisivos ou mostrar-se em artigos promocionais.

A Administração liderada pelo Professor António Lamas, com os Administradores Executivos João Lacerda Tavares e Manuel Simões Carrasqueira Batista, ao dar passos gigantescos na defesa do nosso património e no desenvolvimento cultural, ganhou o direito à prova de confiança governamental.

O êxito da Administração completa-se com uma equipa de jovens quadros e colaboradores inequivocamente dedicados a Sintra e não ao seu umbigo, entregues – com entusiasmo – à dinâmica cultural e ambiental que só prestigia a nossa terra.

Alardes ridículos ou exibições publicitárias não têm cabimento no grupo.

Gerir bem sem espalhafatos ou cultos de personalidade

Não se passa um mês, uma semana, sem novidades estruturais ou de oferta. Os parques evoluem ao ritmo da vida, recuperando do atraso pelo qual responsáveis anteriores deveriam prestar contas públicas.

Hoje, independentemente dos lugares ocupados na gestão dos Parques e Palácios, os líderes da Parques de Sintra não fomentam o “vem cá entrevistar”, “a entrevista televisiva” ou o passeio a cavalo para se mostrarem. Empenham-se.

Daí que o crédito tenha ultrapassado fronteiras, que a confiança se tenha consolidado, que os apoios internos e especialmente externos surjam, permitindo a visibilidade de Sintra no que ela tem de melhor.


É na Parques de Sintra que está a dinâmica turística

Preocupa-se esta Instituição com a forma de receber os visitantes. Exemplar, se tivermos em conta que a Câmara Municipal deveria ser a primeira entidade com tais preocupações, infelizmente pouco sentidas a vários níveis.

Não fosse a evolução das áreas onde a Parques de Sintra tem responsabilidades e a estagnação de Sintra seria escandalosa. Quando a Câmara, apesar de alertas, numa paragem de autocarros perto do Posto de Turismo oferece aos visitantes a degradante imagem de contentores, por vezes com lixo à vista, está tudo dito.

Façamos votos para que as responsabilidades da gestão do Eléctrico de Sintra também passem para a PSML. Seria o corolário do prestígio do nosso histórico meio de transporte, alavancando-o ao efectivo serviço do Turismo Sintrense.

Em tese, a Parques de Sintra cumpre as suas obrigações, podendo dizer-se – sem receio de desmentido – que é ela a verdadeira impulsionadora e responsável pelo Turismo de Sintra e pela manutenção do mais rico património sintrense .

De pessoas como estas é que Sintra precisa.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

SINTRA: “TURISMO” ENTUPIDO...

As imagens são de hoje, mas podiam ser de outro dia. Onde as responsabilidades cabem à Câmara Municipal de Sintra, tudo se pode esperar, como iremos mostrar.

Entupido na Visconde de Monserrate e Volta do Duche

O Executivo Camarário e a sua promitente dedicação não resolveram  – em 11 anos – os problemas de estacionamentos ou parques periféricos. Sintra converteu-se numa Vila de “passe” de carros, com milhares a poluí-la, sem que os passageiros desçam. 
  
Entupido na Estefânia
   
O parque do Rio do Porto, que poderia aumentar em número de estacionamentos, ou como hoje é prática noutros Centros Históricos da Unesco, converter-se em zona de lazer com esplanadas e restauração, está a ser ocupado por caravanismo selvagem.

Aqui estão oito caravanas

Lavagem da louça do pequeno-almoço

Mais quatro caravanas

Será este o turismo que os responsáveis querem?

Causa estranheza que, umas vezes, se faça a exaltação de Sintra como segundo território municipal em termos de população, pretensamente para enfatizar o quanto de difícil é a sua gestão. Depois nada se faz em prol da satisfação de quem nos visita.

O Vereador do Turismo, acumula a função com a de Deputado da República, pelo que está limitado nas suas possibilidades. Outro Vereador, das Obras Municipais e Trânsito, quando surge nos ecrãs é mais por ligações ao seu clube de futebol.

Os Vereadores do Turismo e Obras Municipais (ambos do CDS) deveriam ter respondido pelo funcionamento de Eléctrico, mas as TVs foram para outro lado. Curiosidades...

Com o cenário descrito, da responsabilidade camarária, é fácil deduzir que, ao invés de progredir, o turismo de Sintra tem perdido muitas das suas características. As soluções não estão em andar de trem, mas com estudos adequados por equipas conhecedoras da realidade sintrense e inversão das práticas utilizadas.

Alguém se preocupa em receber bem os visitantes?

Referimos os visitantes que, de carro, não conseguem parar em Sintra e abalam. Talvez alguém, depois, os contabilize nas estatísticas, mas são muitos milhares que poderiam ajudar o comercio local se por cá parassem uma parte do dia.

Falemos dos que, vindos de comboio, chegam à estação da CP. Depois de 40 minutos de viagem, talvez sintam necessidade de ir a sanitários. Onde existem eles? Por vezes no parque de estacionamento fronteiro à estação – lá no canto…Nem para esse fim a Câmara avançou com soluções.

Com que impressão e agrado ficarão os turistas que, mesmo junto à paragem onde aguardam transporte para a Serra, são agredidos com contentores de lixo e mau cheiro, encostados ao monumento que é a Igreja de S. Martinho?


Uma amiga, guia turística sueca, hoje queria viajar no eléctrico. Tive de lhe dizer que hoje não. Que de terça a quinta-feira o público em geral não o pode utilizar. Disse-me: “Feliz terra, onde podem ter esses luxos…até que a crise chegue”.

É assim que a Câmara Municipal recebe quem nos visita? É assim que se promove a qualidade turística? É assim que se desenvolve o concelho?

Sintra não merecia isto.

Um sintrense para Sintra. Chega de carreirismos.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SINTRA: "O ESTRANHO CASO DE UM CANDEEIRO"


Estive ausente de Sintra e só agora tive acesso a um texto de OPINIÃO publicado no Jornal de Sintra, edição de 27 de Julho de 2012, subscrito pelo Arquitecto Diogo Lino Pimentel, figura muito conhecida e estimada em Sintra.

Com duas fotos, o texto é suficientemente elucidativo:

"No centro de Sintra, junto ao edifício dos Paços do Concelho, nasceu um monumental candeeiro de iluminação pública. Porquê tamanho desperdício tão descabido e desproporcionado? Para iluminar? Porquê se o Largo estava suficientemente iluminado? E logo o candeeiro foi nascer à beirinha do passeio, a um lado do Largo, entalado entre as hortênsias e o lancil, - aquele "monumento" que alguém terá pensado para o centro de algum outro largo ou de uma rotunda grande, como hoje há tantas!
Claro que no centro do Largo Vergílio Horta não cabia, porque já lá está um chafariz (seco!). Por isso o "monumento" terá modestamente nascido no gaveto, ainda que não tenha dispensado um porte de gente grande e importante iluminando tudo à roda, seja parede de casa,  a meia dúzia de degraus que dão a volta ao gaveto, ou (menos) os asfaltos do fim da Volta do Duche e da mini-rotunda do Largo.
Em causa não está tanto que o desenho do candeeiro seja retrógrado, como é. É mais o dano da sua presença, a sua inadequação ao sítio, a manifesta desproporção das suas dimensões, o modo como foi implantado, o exagero da sua altura, e a desnecessidade da sua existência. O candeeiro-monumento recém-nascido é um excesso, alheio a qualquer razoabilidade. Não haverá musgo que nos valha ou nevoeiro que o esconda!

Nota: Alguém me disse que se carrega num botão e o candeeiro toca musica. Não quis acreditar, e também não quis experimentar, por medo que seja verdade!

Diogo Lino Pimentel (arquitecto)"

Depois de abordarmos o mistério da bola de cristal (p. favor clique para rever) e ajudarmos à história do candeeiro vigilante (rever aqui, por favor) , é gratificante apurar que mais alguém se preocupa com tão desadequada obra...

Temos de o baptizar. Quem o decidiu merece juntar o nome à obra.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SINTRA: JARDIM DA ABRUNHEIRA, VITÓRIA DOS HABITANTES

NO passado dia 2, segundo notícias, foi inaugurado um jardim na Abrunheira, chamado "Jardim do Forno", com a presença feliz de muitos que, ao longo do anos, poucos sinais deram de interesse na construção dessa necessária estrutura.

Foto do jardim do Forno (ainda se lê "preto no branco" na empena do prédio)

Neste blogue, em 9 de Abril de 2011 (por favor, releia aqui) resumiu-se a história do terreno que, cedido à Câmara Municipal de Sintra em 7 de Maio de 1991 alegadamente para a construção de uma escola primária, se manteve abandonado 20 anos!!!

Dois pormenores curiosos: - 1) O espaço (3220 m2) não se ajustava a uma "escola primária". 2) Nos prédios adjacentes (construídos pelos cedentes do terreno), as empenas poderiam ter varandas, mas parecem mais aptas para novas construções.

Gastos com dois Projectos

O Jardim agora construído obedece a um novo projecto, substituindo o que foi feito pelo Departamento de Obras Municipais em 2001 (há 11 anos). Custos duplicados, para um mesmo fim, provavelmente por razões de planeamento.

Vitória dos habitantes! Exigiram aquilo a que tinham direito!

Com o terreno abandonado há mais de 16 anos, em 27 de Maio de 2007 (portanto há mais de cinco anos...) foi entregue à Câmara uma Petição assinada por mais de 200 habitantes onde se pedia um destino social ou cultural para o terreno. Sem resposta.

Em 10.4.2008 (há quatro anos), quando era Vereador da Cultura o Dr. Luís Patrício, escreveu-se e sugeriu-se ao Senhor Presidente da Câmara que o espaço fosse aproveitado em "conjunto com ofertas culturais, nomeadamente uma biblioteca pública e espaços de leitura".  Sugestões que não foram satisfeitas.

O Jardim agora construído constitui uma vitória dos habitantes que nunca abdicaram de ter um espaço seu, devidamente adaptado ao usufruto colectivo, em vez de ser uma zona degradada e, por vezes, perigosa na perspectiva da sanidade pública.

Mesmo não envolvendo uma oferta cultural relevante (a cultura é sempre cara...) se os habitantes não exigissem nada teria sido feito e talvez o terreno estivesse a caminho da devolução aos cedentes...permitindo a eventual continuação da construção. 

A todos os habitantes que lutaram a minha sincera saudação.

Valeu a pena lutar.


O dito site camarário, divulgador dos feitos do Executivo, sem espaço para a Oposição, a propósito desta obra informa: "Trata-se de um terreno com uma área aproximada de 7500m2...". Mais do dobro...quem terá sido o informador?