sábado, 30 de junho de 2012

SINTRA: TRILOGIA AUTÁRQUICA DA DEDICAÇÃO (*)


2007/2012 –  PASSARAM 1729 DIAS E, DO FONTANÁRIO, NADA…

Descontando eventuais passagens por Sintra em pequenos ou para comer umas queijadas, pode estimar-se, sem grosso engano, que o Presidente da Câmara, Dr. Fernando Seara e o seu Vice-Presidente, Dr. Marco Almeida – entre as eleições em 2001 e a retirada do Fontanário Neo-Manuelino em 2007 – passaram junto ao local mais de um milhar de vezes.

Ter-se-ão apercebido, estou certo,  que no Largo Afonso de Albuquerque, à direita de quem desce, quase em frente à PT,  existia uma peça histórica, centenária, que integrava o riquíssimo património sintrense que a imagem representa.


Decorridos quase cinco (5) anos após a remoção do Fontanário, dita “para recuperação”, não se duvide que os mesmos Autarcas terão passado pelo local outras mil vezes. Será possível que ainda não tenham dado pela falta?

Assim sendo, o interesse público obriga a que se saiba,  inequivocamente, se ambos os Autarcas – ou apenas um – foram os decisores da remoção, alegadamente para recuperação, da parte do fontanário que não foi roubada em 2007.

Face ao tempo decorrido, que ultrapassa o tempo normal e admissível para a recuperação, os dois Autarcas – ou pelo menos um – estão vinculados a prestar contas desse bem, esclarecendo os munícipes sobre a recuperação do Fontanário.

Nestas questões de bens públicos, o pior que se pode fazer é admitir que uma esponja temporal fará esquecer as populações. Aliás, estranhamente, o local foi rapidamente "tratado"  como se nunca lá tivesse existido o que quer que fosse.

Só os munícipes, verdadeiros amigos de Sintra e do património, sentem sem hipocrisias vãs quanto gostam dele, pelo que aos Autarcas, mesmo de passagem, é exigida a recolocação do Fontanário e a responsabilização pelo atraso.

Decorridos tantos anos, o esclarecimento cabal do que se passa com o Fontanário é uma imposição das boas práticas democrática e autárquica.


NOTA: Para completar a Trilogia e devida avaliação dos fregueses e munícipes, não se deveriam omitir declarações do actual Presidente da Junta de Santa Maria e São Miguel – em cujo território, durante mais de 100 anos, o Fontanário foi motivo de orgulho da população.

Com efeito, apesar do roubo parcial e a remoção da parte restante terem ocorrido no seu mandato, as afirmações feitas pelo mesmo ao Jornal de Sintra (Edição de 16.12.2011) foram no sentido de que a “ocorrência tinha decorrido no decurso do anterior mandato presidido por José António Pinto Vasques (…)”.

Ora, o Senhor Pinto Vasques, grande e estimado sintrense, tinha falecido dois anos antes do roubo…


(*) Dedicação: Chavão-Promessa utilizado na última campanha eleitoral autárquica.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

SINTRA: PARQUE DAS MERENDAS E QUINTA DA AMIZADE

Quem se embrenhar pelos diversos carreiros do Parque das Merendas recolhe imagens únicas e que lhe ficarão na memória para sempre. Este o meu desafio, já que são tão poucas as pessoas que têm conhecimento da sua existência.

Há sempre algo que nos delicia, que nos cativa enquanto admiradores da natureza.


Curiosamente, quem se sinta constipado ou com dificuldades respiratórias, poucos munitos depois de por lá andar já se sente outra pessoa...ainda por cima livre.

Caminhando, subindo e descendo, vemos a torre da Quinta da Amizade, de muita beleza e de que a foto anexa dá uma imagem muito pálida, porque o sol, àquela hora, não ajudava.


Percorrendo o caminho, junto ao muro que separa a Quinda da Amizade do Parque, podemos ver este belo brasão junto a uma das portas de acesso.


Actualmente, com dois portões abertos (o principal junto ao Largo Ferreira de Castro e mais acima em plena Estrada da Pena) pode entrar-se por um e sair pelo outro. 

Vale sempre a pena.

domingo, 24 de junho de 2012

SINTRA, DO PARQUE DAS MERENDAS *

AS NOSSAS RAÍZES SECULARES...


São estas seculares raízes sintrenses que nos dão força. 

Tanto parasita se abrigou, até hoje, nelas. Ao longo dos séculos têm sofrido de múltiplas agressões de espécies oportunistas.

As nossas raízes continuarão firmes através dos tempos.


As raízes, da nossa história, podem servir hoje de degraus para diversos patamares, mas na sua liberdade nunca serão cortadas.

São raízes profundas, marcadas pela resistência, vivas. Continuarão fortes através dos tempos, com escolhos ou sem eles. 


As nossas raízes terão a riqueza própria, serão a abundância que esta cornucópia representa, sem olhar às espécies que delas queiram retirar a seiva.

Sintra, das raízes seculares...


* Por ausência de sinalética adequada este Parque quase não é visitado. Não será altura dos responsáveis tomarem as medidas indispensáveis a que seja visitado e conhecido? Que tristeza... 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A CORJA DA POLÍTICA: UM PERIGO REAL



Todos os dias, quando os cidadãos se sentam à sua mesa na hora das refeições, não se apercebem da corja de políticos que à mesma se têm instalado, comendo mais e  melhor que a família e os filhos.  

Trata-se da corja invisível que nos tem desbaratado, hipotecado, distribuído o nosso dinheiro segundo conveniências encobertas. Vive à custa dos nossos impostos, fogem às suas profissões de raiz, mas adquirem chorudas pensões cujo sustento pagamos.
 
Vivem na desenvoltura das bazófias e, ao cheiro de eleições, posicionam-se na linha da partida, arredando os concorrentes para trás, de forma a serem os primeiros a captar os favores das cliques partidárias.

Mostram-se por aqui e por ali. Quantas vezes perderam a ética da vergonha.

São capazes de tudo para a gestão da imagem, tantas vezes comprada durante anos com dinheiro público, melhor, os contribuintes pagam a promoção da corja que os irá estrangular de forma indecorosa.

A corja compõe-se de alminhas desinteressadas, que se “sentem motivadas para defender os interesses”…das vítimas. “Esta terra é o meu amor”, “não há outro lugar na terra”, “o meu coração está cá”, são erudições que políticos rascas não enjeitam, sem que os lábios cedam ao rictus que denuncia os dentes mentirosos.

Vale tudo para que a promoção atinja um clímax intimista. Até se despem de roupas e preconceitos se tanto se tornar necessário.

A corja arrasta-se, oferece-se, vende-se, espera ser olhada, gratificada com mais um mandato que garantirá lugares, amigos desqualificados empoleirados.

A corja agita galináceos, galinhas poedeiras não só a adulam como garantem segui-la para onde quer que vá, sem “preço”. As populações, pagantes, observam os cenários.

Acoitada em leis protectoras, a corja para rodar e ter êxito obriga-se a esbanjar, a ter rótulos para distribuição do que não é dela, endividando-nos para garantir benesses de que o oportunismo político se aproveita.

Nós, os contribuintes, obrigados a pagar os desmandos, sem que se visionem medidas que acabem com o regabofe, que metam a corja na cadeia.

A corja mexe-se. Corre. Não falha inaugurações, presenças, cerimónias. Espera a nomeação. Escolhe como rodar, porque a Lei facilita o embuste.

A corja enrola-se e desenrola-se. Ao contrário da serpente, não agita o guizo da cauda como aviso do perigo que representa para a sociedade.

Daí que a corja tenha levado o país para a gravíssima situação que se vive.

Entre nós, a corja não nos larga há centenas de anos. Deitou a cabeça de fora no primeiro quartel do século dezanove e não mais regressou ao buraco. Está de tal modo forte e fortalecida que nem precisa de hibernar...

É urgente que esta corja seja afastada do poder, cedendo o lugar a políticos de uma nova geração, para que a dignidade e lisura políticas possam sobreviver numa sociedade verdadeiramente democrática ao serviço do seu povo.



sábado, 16 de junho de 2012

HARLEY-DAVIDSON A MÍTICA MOTA

Um pouco por todo o mundo estão a realizar-se concentrações e eventos relacionados com as motas Harley-Davidson, a mítica mota que encantou e continua a encantar gerações.

Recordo que a antiga PVT (Polícia de Viação e Trânsito) tinha muitas destas motas, consideradas das mais seguras de sempre.

Aqui fica mais uma homenagem à mota dos sonhos, que se tem mantido ao longo dos anos como um dos mais ambicionados meios de transporte em liberdade absoluta.


Boulevard de Las Vegas, Las Vegas EUA

E boas viagens por esse mundo fora.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

ELÉCTRICO DE SINTRA, OITO ANOS DEPOIS...

Fez no passado dia 4 de Junho oito anos que o Centenário Eléctrico de Sintra foi (re)inaugurado.

Com pompa e circunstância, contando até com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio, esse dia criou legítimas esperanças de que um dos nossos orgulhos históricos passaria a andar, forte, nos carris.


De então para cá, o Eléctrico de Sintra tem sofrido altos e baixos, mais baixos do que altos, com várias paragens pelas mais diversas razões.

Com o mecenado da empresa que construiu o Fórum Sintra, que "ofereceu" dois milhões e meio de euros, o Eléctrico voltou aos carris, mas de formas não muito regulares.

Sendo um forte atractivo turístico,  os responsáveis pelo seu funcionamento (Câmara Municipal de Sintra) entenderam que - ao público - só deveria estar disponível nalguns dias da semana. Isto é, quem visita Sintra, para utilizar o nosso Eléctrico, terá de escolher os dias...estranha forma de turismo...

Agora está de novo parado para tristeza dos sintrenses e de quem ama este tão querido meio de transporte.

Lembre-se que há algum tempo até foi chamado de "comboiozinho" por uma repórter pouco esclarecida...alcunha que foi corroborada ao mais alto nível.

Lembre-se um grupo de artistas que actuaram no dia 4 de Junho de 2004.



Este é outro exemplo da "Dedicação" aos bens históricos de Sintra...