História para uma campanha eleitoral
Começou a ser contada em 31 de Maio de 2011, passados 1324 dias sobre a data em que foi retirada a maior parte do fontanário neo-manuelino da Estefânia, em Sintra.
Primeiro, em Outubro de 2007, uns gatunos, levaram a parte superior da fonte que estava no Largo Afonso de Albuquerque, sabe-se lá se por encomenda.
Poucos dias depois, segundo informação oficial de 27.9.2010, “(...) os serviços camarários recolheram toda a restante estrutura, aguardando-se a concepção da cantaria em falta, após o que será, instalada a fonte no seu local de origem”.
Até hoje, decorridos 1577 dias, nada mais se soube, ou antes, mais nebulosa ficou a história da fonte…uma peça centenária do património sintrense.
Para a devida avaliação dos leitores, direi que no Jornal de Sintra de 16 de Dezembro findo, sob o título “A fonte centenária continua em parte incerta”, a notícia dava conta do contacto havido com o presidente da Junta de Santa Maria e S. Miguel, Eduardo Casinhas, “que nos informou que a ocorrência tinha decorrido no decurso do anterior mandato presidido por José António Pinto Vasques”.
Ora, em 6 deste mês de Janeiro, no mesmo Jornal de Sintra, a filha do Senhor José António Pinto Vasques esclareceu: “o meu pai faleceu em 31.07.2005 (…) pelo que a informação prestada pelo actual presidente da Junta, Eduardo Casinhas ao Jornal de Sintra, não espelha a veracidade dos factos” (…).
Não tendo sido desmentida a notícia do JS, é incrível como o bom nome e a memória de Pinto Vasques, um ilustre e dedicado sintrense falecido dois anos antes destas ocorrências, ainda foram envolvidos na história. Que feio!
Que mistérios envolverá a recolocação da fonte no seu devido lugar?
Ao fim de 1577 dias, os sintrenses continuam à espera do fontanário!
ALGUÉM VAI TER DE PRESTAR CONTAS…